Apenas alguns
lembretes
O ano de 2012 se
foi e,
felizmente, os
profetas do
apocalipse e
catastrofistas
de plantão
erraram
clamorosamente
nas suas
lúgubres
previsões.
Afinal de
contas, a Terra
continua
singrando pela
Via Láctea na
sua trajetória
consistente,
serena e
majestosa como
sempre. É
verdade que a
casa terrena
está seriamente
abalada pela
incúria humana,
apesar dos
insistentes e
racionais apelos
e argumentos
verbalizados por
figuras
eminentemente
responsáveis.
Mesmo assim, a
voracidade
consumista e o
irresponsável
depauperamento
dos recursos
naturais não dão
mostras de ter
chegado ao fim.
Em resumo, os
seres humanos
continuam com a
sua conduta
destruidora e
inconsequente.
Não é por outra
razão, aliás,
que o Ano-Novo
começou com os
conhecidos
transtornos de
sempre como, por
exemplo, as
chuvas
torrenciais e
devastadoras nas
regiões serranas
do estado do Rio
de Janeiro, a
seca inclemente
do Nordeste, sem
falar da
violência
generalizada que
assola os quatro
cantos do país.
São velhos
problemas
aguardando,
basicamente,
mudanças nos
corações
humanos, pelas
vias do cultivo
ao bom senso,
empatia e a
prática da
sabedoria.
Enquanto isso, o
meio ambiente
nos envia uma
conta cada vez
mais pesada,
embora ela seja
absolutamente
justa.
Seja como for,
não podemos e
nem devemos
esperar um
Ano-Novo fácil.
Sejamos
realistas: as
evidências
apontam para
anos cada vez
mais difíceis.
Por isso, não
nos iludamos com
devaneios sem
sentido. Os
macroproblemas
estão e
continuarão
afetando a todos
em maior ou
menor
intensidade. Na
verdade, eles
fazem parte do
cenário da nossa
encarnação atual
e é nele que
teremos de
mostrar o nosso
valor e
progresso
espiritual.
Lembremos que a
esmagadora
maioria de nós
não está aqui
para a execução
de missões
especiais, mas
para se depurar
por meio de
provas
redentoras.
Note, a
propósito,
quantas famílias
(inclusive
ricas) estão
enfrentando
situações
altamente
dolorosas na
atualidade?
Prova inconteste
de que nas leis
divinas não há
exceções e nem
privilégios.
Vale recordar, a
propósito, que
companheiros
respeitáveis da
doutrina estão
passando por
experiências
espinhosas com o
seu testemunho
de fé, paciência
e resignação –
como é,
inegavelmente, o
caso do nosso
querido Raul
Teixeira.
Assim sendo, se
o quadro geral
tende a
permanecer, ao
que tudo indica,
inalterável a
curto prazo,
então só nos
resta
enfrentá-lo com
disposição,
determinação e
confiança em
Deus. E já que
estamos no
início de um
novo período
anual, algumas
providências
pessoais nos
parecem
indispensáveis.
Partindo da
premissa acima
esboçada, seria
de muito bom
alvitre não nos
descuidarmos de
controlar as
nossas
emoções a
fim de que elas
externem, pelo
menos na maior
parte do tempo,
vibrações
positivas de
tolerância e
compaixão de
nossa parte.
Não é novidade
para ninguém que
muitos estão
perdendo o
controle e, em
decorrência,
permitindo que
reações
violentas lhes
invadam o ser.
Pessoas
aparentemente de
bem, de um
momento para o
outro, praticam
atos que beiram
a animalidade
mais hedionda. É
evidente que
existe uma série
de coisas
acontecendo à
nossa volta nos
estimulando, não
raro, à perda da
razão. Ou seja,
o trânsito
caótico das
grandes cidades,
o péssimo
transporte
coletivo
oferecido sem
qualquer noção
de conforto, o
custo de vida
alto, a falta
quase
generalizada de
empatia e
respeito, o
estresse no
trabalho, o
desamor, enfim.
Todavia, a
virtude da
paciência é
essencial no
mundo moderno.
Pois, então,
procuremos
respirar a
longos haustos
nos momentos
mais críticos,
mentalizando a
entrada de
substâncias
benéficas e
apaziguadoras em
nosso organismo
e, ao mesmo
tempo, expelindo
outras
perniciosas. Em
situações de
altercação ou
injustiça, se
for o caso, é
melhor fazer o
papel de “bobo”
do que chegar às
vias de cometer
um crime ou
violência contra
quem quer que
seja. É melhor
ser ele (a) o
agressor do que
nós... Tem muita
gente perturbada
andando pelo
mundo disposta a
causar dor e
sofrimento por
simples prazer.
Por isso, o
recurso da
oração deve
ser empregado
constantemente.
Pelas razões
expostas,
portanto,
devemos –
talvez mais do
que nunca –
“vigiar e orar”
de modo a evitar
as tentações,
conforme nos
alerta o
evangelho. Tal
providência nos
abastecerá de
forças para não
reagirmos em
situações
extremas, de
inspiração para
as nossas
decisões e de
calma para
enfrentarmos
todas as
circunstâncias
desfavoráveis.
Por outro lado,
como seres já
iniciados nas
coisas do
Espírito e na
continuidade da
vida
além-túmulo, o
cultivo do
dever e da
responsabilidade
deve ser visto
como diretrizes
de vida. Nesse
sentido, como é
fato que vivemos
num país onde
certos valores
universais não
estão ainda
suficientemente
entranhados,
observa-se à
exaustão graves
deficiências na
saúde, segurança
pública,
educação,
legislação,
gestão de
serviços
públicos e na
vida em
sociedade em
geral. É triste
admitir, mas a
sensação é que
pouca coisa
funciona como
deveria.
Por isso,
torna-se
extremamente
relevante
desenvolvermos a
noção de
busca da
excelência.
Não importa qual
seja a nossa
ocupação,
procuremos fazer
dela um meio de
reluzir as
nossas
qualidades e
habilidades
servindo –
na mais pura
acepção do termo
– com amor, e
devoção e como
autênticos
colaboradores de
Deus, os que
dependem do
nosso esforço.
Há
igualmente a
questão da
ética e da
moral. Se
já cogitamos
sobre a vida
espiritual e a
paz de
consciência,
então precisamos
estar
completamente
alinhados com
tais
imperativos. Às
vezes, por
razões
desconhecidas
somos arrastados
para graves
exames de
coerência sobre
tais pontos.
Aliás, temos
visto
hodiernamente
pessoas
importantes
falharem
dramaticamente
na execução
dessas
dimensões. E
falhar, aqui, é
falhar na
perseguição do
bem, isto é, o
objetivo máximo
e intransferível
estabelecido
pela divindade
para todos nós.
Cumpre
ressaltar, por
fim, que a Terra
precisa de
pessoas
comprometidas de
corpo e alma na
implementação do
bem, a
fim de que as
graves
distorções e
aberrações
existentes sejam
definitivamente
banidas de suas
paisagens.
Portanto, nos
empenhemos para
fazer ao longo
do ano a nossa
parte para um
mundo melhor,
mas começando
por nos
aperfeiçoando.