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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 299 - 17 de Fevereiro de 2013

MARCOS PAULO DE OLIVEIRA SANTOS
mpoliv@bol.com.br
Taguatinga, DF (Brasil)

 
 

 

Breve comentário acerca
do carnaval


“A palavra carnaval, derivada do latim carnem levare (abstenção da carne): pois a festa sempre foi comemorada no período que antecede a quaresma, quando se praticava a abstinência da carne. Como diversão popular, o carnaval assume as peculiaridades dos lugares onde ocorre. Todos os carnavais são reminiscências das festas dionisíacas da Grécia Antiga, das bacanais de Roma e dos bailes de máscara do Renascimento.” (1)

Vivemos numa sociedade em que os meios de comunicação de massa detêm enorme poder de influenciação a ponto de, praticamente, ditar os costumes do cotidiano. Diante das constantes invitações deles acerca do carnaval é praticamente impossível passar incólume e não tecer alguns comentários sobre a festa momesca à luz do Espiritismo.

Reza a tradição que o carnaval é um desdobramento dos festejos saturnais, realizados em Roma, em homenagem ao Deus Saturno. Tais festividades eram caracterizadas pelas orgias, sacrifícios, mesas lautas e desregramentos de toda ordem. Outra deidade de profunda influência no carnaval foi Baco, responsável pelo vinho, pela ebriedade, pelos excessos, sobretudo sexuais, daí a expressão "bacanais". 

Ao largo do tempo, tais festejos ajustaram-se às idiossincrasias de cada povo. E passaram a fazer parte do calendário católico, como um evento "religioso".    

“(...) nas sociedades do Brasil, tudo não passava de gracejos, de pilhérias, nas largas horas de brincadeiras e folguedos, que reuniam amigos, vizinhos, familiares, que se travestiam, muitas vezes, procurando cada qual mostrar-se mais interessante, chamativo, original, visando satirizar os multiplicados problemas sociais de cada época, bem como denunciá-los, tanto quanto levantar questões sobre personalidades discutidas da política, ou ainda as formas de imitar a própria Natureza, no que fosse possível." (Brito, 2004, p. 91).

Nada temos contra a manifestação cultural em si que, aliás, é muito bonita, rica de detalhes históricos, sociais, antropológicos. E acreditamos que seja possível brincar, divertir-se! Todavia, no decurso do tempo, as festividades, muitas vezes ingênuas dos bailes e dos clubes, ganharam vulto! Tornaram-se grandiosas, remontando ao primitivismo e aos desregramentos de toda ordem. O que antes não passava de sátiras, críticas sociais, brincadeiras, passou a ser palco de depravações de todo tipo. A psicosfera ambiente contaminou-se sobejamente de propósitos infelizes, paixões inferiores, sensualismo, vibriões mentais...

Os apontamentos de Thereza de Brito acerca do carnaval, por intermédio da sublime mediunidade de José Raul Teixeira, na obra Vereda Familiar, trazem valorosas considerações sobre esse momento. Diz-nos esse Espírito:

“Muita gente se expressa com honestidade, asseverando que vai para o carnaval sem intenções malévolas, vai apenas pela distração, pela empolgação, pelo movimento. Entretanto, a sintonização está formada. Mergulhados nas mesmas energias em que todos se encharcam, em franca cadeia de interesses similares, toda a gente se mantém no mesmo caldo de nutrição psíquica. Assim, a boa intenção contrasta com a inutilidade e materialidade dos referidos interesses, não tendo, então, o bem-intencionado a inocência ou a escusa que a si mesmo se atribui” (p. 92).

A pergunta que se deve fazer é: quais as consequências das festas para o país e as pessoas envolvidas?

Se ampliarmos o olhar constataremos que o número de acidentes automobilísticos aumenta em decorrência do consumo de bebidas alcoólicas; o número de abortos também se eleva em virtude da relação irresponsável e a consequente gravidez indesejada; o índice de doenças sexualmente transmissíveis se eleva, tanto que, como medida paliativa, o governo distribui preservativos para a festa (o que é a ratificação de que a festa não é tão salutar como se preconiza); aumenta o número de violências de toda natureza; aumenta o consumo de drogas... O país, literalmente, para, por conta das festas. Tudo gira em torno disso! Há locais em que o mês de fevereiro inteiro é destinado ao carnaval. Até se criou a frase de que “No Brasil o ano só começa depois do carnaval!”.

Diante disso, constatamos que há mais aspectos negativos que positivos. Compete, portanto, nesse momento turbulento buscar atividades mais salutares: o passeio em família a lugares mais tranquilos, distante da balbúrdia; a leitura de obras edificantes; passeios culturais mais proveitosos (cinemas, teatros etc.); há grupos religiosos dos mais diversos matizes que se unem nesses dias de carnaval, para atividades lúdicas, orações, apresentações artísticas etc. Tais atividades auxiliam sobremaneira a espiritualidade no combate aos processos obsessivos, às violências, no auxílio aos desencarnes desse período...

Chegará o dia em que as festas de Momo darão lugar a eventos mais nobres. Por ora, compete-nos envidar esforços positivos contra uma psicosfera reprochável e que faz muito mal aos incautos.

As reflexões de Divaldo Franco são muito profícuas para todos nós. Eis três links que permitem acessar o que ele diz sobre o tema em foco:

http://www.youtube.com/watch?v=M5f-sKCO8Og

http://www.youtube.com/watch?v=fturCfqd-oU

http://www.youtube.com/watch?v=ycB6wQj_Pq8


Referências:

BRITO, Thereza de (Espírito); TEIXEIRA, José Raul. Vereda Familiar. 5. ed. Niterói, RJ: Fráter, 2004.

(1)  Fonte:  http://www.dicionarioetimologico.com.br

 

 


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