WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 302 - 10 de Março de 2013

MARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BRAGA
acervobraga@gmail.com

Brasília, DF (Brasil) 

 
 


Quo Vadis?


De colega do movimento espírita, recebi de presente de aniversário certa feita o DVD do Filme “Quo Vadis?”, de 1951, épico do diretor Mervin LeRoy, baseado em livro de Henryk Sienkiewicz. O filme tem como personagem principal meu homônimo, Marcus Vinicius, o que motivou o referido presente.

Trata-se de um filme épico de uma beleza ímpar e que traz em seu nome uma expressão latina que vem do Novo Testamento (João, 16:5), na fala de Jesus: "E agora vou a aquele que me enviou; e nenhum de vós outros me pergunta: Aonde vais?". “Quo Vadis?” é “Aonde vais?” e o título do filme advém de uma cena onde o Tribuno Marcus Vinicius se encaminha para sair de Roma e Pedro, o apóstolo, faz a pergunta título, relembrando seu compromisso com a causa do Cristianismo.

Inicio este artigo com a referência a esse brilhante filme para provocar a reflexão sobre uma máxima espírita, que é o “Conhece-te a ti mesmo”, frase entalhada no templo de Delfos, na Grécia antiga, e citada na pergunta 919 de “O livro dos Espíritos”. A reflexão proposta é que o “Conhece-te a ti mesmo” pode trazer em si uma dose de determinismo. Sou assim, nasci assim, eu sou sempre assim... - na frase imortalizada da modinha para Gabriela, de Dorival Caymmi.

Penso que nas nossas reflexões diárias, olhando o teto antes de dormir, devemos transcender o “Conhece-te a ti mesmo”, estático e introvertido, e adotar o “Quo Vadis”. Sim, importa avaliarmos ao final de cada dia o que estamos nos tornando, que decisões temos adotado que têm nos levado a determinadas atitudes.

As tendências não são coisas estáticas, deterministas. São forças pujantes e construídas ao longo de nossas encarnações na interação com a vida encarnada e desencarnada. A vontade nos diz para onde vamos a cada dia, frente aos desafios, construindo a nossa encarnação, lutando com as tendências herdadas e sonhando com a melhora futura, perguntado cotidianamente pelo Cristo: “Quo vadis?”.

A cada decisão nos tornamos o homem novo que o Cristo espera de nós ou perpetuamos o homem velho, empedernido nas estagnações. Conhecer a ti mesmo, mapear o que somos, demanda algo mais no processo evolutivo, a força e a coragem para transformar nossas tendências nas atitudes desejadas.

A evolução não se faz no mundo contemplativo e sim na luta diária com os nossos irmãos encarnados, aprendendo a amar e demonstrando a lição aprendida. Assim, o criminoso aprende a virtude e o vilão se converte em herói, nas pequeninas mudanças de atitudes que nos conduzem a momentos de inflexão, das transformações relevantes, onde somos chamados a subir mais um degrau da evolução.

Nas orações noturnas, no momento em que sopesamos o dia, pensemos nos caminhos adotados, até onde eles nos levarão, dado que, se o que somos é o nosso passado, o que seremos no futuro depende das decisões no nosso presente. Não nos iludamos! Cada reencarnação é uma aposta de Deus em nós, na nossa capacidade de superar a nossa inferioridade e de avançar mais rápido pelas decisões certas, ou mais lento pelas decisões erradas.

Importa-nos a coragem para encarar de frente as nossas tendências e sobre ela trabalharmos. Fugir disso pode ser se afogar no mar de nossas dificuldades. Muitos anseiam descobrir seu passado reencarnatório para ficarem ali, admirando suas faltas, esquecidos de que a vida nos impele a avançar, a partir do ponto em que nos encontramos.
        

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita