Celebrando a
Páscoa
Todos os anos,
ao chegarmos a
esta época, a
sociedade cristã
relembra o
episódio de
maior
importância na
história
religiosa da
humanidade: a
paixão de
Cristo,
comumente
representada por
sua imagem
martirizada em
uma cruz.
Influenciados
pelo
capitalismo,
aproveitamos a
data do
aniversário da
ressurreição de
Jesus para
trocarmos
chocolates das
mais variadas
formas e
sabores, pagamos
caro pelo típico
bacalhau
presente na ceia
das famílias
mais abastadas e
cometemos,
então, o pecado
capital da gula.
Associamos a
imagem do Cristo
morto às
conveniências do
egoísmo de uma
sociedade que se
preocupa em
lucrar em todas
as oportunidades
e esquecemos que
Jesus nasceu e
tem nascido
todos os dias,
em diferentes
épocas e
lugares, nos
corações dos
homens que
descobrem o seu
amor.
Comovemo-nos com
as inúmeras
peças teatrais
que reproduzem a
via sacra de
Jesus, malhamos
indignados a
figura de Judas,
o traidor, e não
lembramos que o
próprio Cristo,
traído, nos
ensinou o
perdão.
A cada ano nos
distanciamos um
pouco mais dos
ensinamentos do
Mestre, talvez
descrentes pelas
consequências de
nossas próprias
atitudes e
ignorando que o
homem interior é
capaz de se
renovar sempre.
A luta nos
enriquece de
experiência, a
dor aprimora
nossas emoções e
o sacrifício
tempera-nos o
caráter. Mas não
basta apenas ter
as aparências da
pureza, é
preciso antes de
tudo ter a
pureza de
coração.
É necessário
promovermos a
mudança sincera
de nossas
atitudes,
amadurecer
nossos
sentimentos vis,
através dos
princípios que
ele nos deixou.
E parafraseando
Chico Xavier,
Jesus não nos
exigiu nada, não
nos impôs
grandes
sacrifícios, só
pediu para que
nos amássemos
uns aos outros.
Deixemos, então,
a imagem daquele
Cristo morto e
crucificado para
darmos lugar ao
Cristo vivo em
nossas vidas. O
nosso Jesus está
sim, de braços
abertos, olhando
por cada um de
nós.
Feliz Páscoa!