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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 306 - 7 de Abril de 2013

CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 
 

Influenciação espiritual


“Influem os Espíritos em nosso pensamento, e em nossos atos?" – “Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem." (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 459.)

"As almas se reúnem, obedecendo às tendências que lhes são características e à circunstância de que cada Espírito tem as companhias que prefere. (Missionários da Luz / André Luiz / F.C. Xavier / FEB - Capítulo 11: Intercessão.)

O tema se prende a esclarecimentos sobre a influenciação espiritual, visto como se faz necessária uma compreensão mais abrangente da extensão desta realidade densamente povoada de sutilezas. Habitualmente publico artigos sobre vivências mediúnicas pessoais, e originadas em testemunhos alheios, porque é importante que, na divulgação das realidades espirituais, comentemos fatos renovados ao longo dos anos, de feição a comprovar que a presença – participação dos habitantes das esferas invisíveis ­– é contínua e sem nenhuma cerimônia, e quer nos parecer que a Espiritualidade aprecia que assim seja por diversificadas razões.

Uma é a necessidade de que a humanidade reencarnada, a pulso de conviver com estes acontecimentos, adquira maturidade para discernir entre influências obsessivas ou benéficas, bem como a infinidade de nuances existentes em cada caso. Como diz André Luiz no excerto de abertura deste texto, agrupamentos espirituais se formam a partir de sintonias. Assim, fácil depreender que, de um para outro lado da vida, nada muda nos critérios pelos quais os seres se reúnem, como já nos acontece aqui, nos períodos das reencarnações. Disso advém que, também no interesse de acompanhar com sincero zelo e amizade os nossos progressos nas experiências de melhoria íntima na matéria, possuímos mais de um antigo familiar, amigo ou conhecido de outras vidas nos inspirando e auxiliando, paralelamente aos mentores encarregados de zelar pelos tutelados, por compromisso firmado antes do regresso de cada um de nós, durante todo o estágio na carne. Não obstante, percebe-se da parte do espírita imaturo a avaliação não criteriosa de certos conceitos. Uma cristalização preocupante em torno de interpretações equivocadas do assunto na Doutrina espírita.

Como consta no primeiro excerto deste artigo, afirmam os Espíritos, através de Kardec, que o mundo invisível influencia os que vivem na matéria mais do que podemos imaginar. Mas há que se ter cautela com as minúcias inúmeras inerentes a esta realidade! Se na questão 469 a espiritualidade nos esclarece que evitamos da melhor forma a influenciação nociva de Espíritos, estacionados em estado evolutivo inferior, perseverando no Bem, todavia, e embora a grande verdade contida nesta orientação, devemos evitar a percepção errônea de se enxergar má influenciação espiritual em qualquer exemplo de companhia espiritual por vezes bem-intencionada, apenas porque não se enquadra, aquela vivência, ao que ingenuamente se concebe como a assistência digna de nota dos anjos aureolados de luz – almas de grande estatura evolutiva! – que, de fato, se ocupam em auxiliar a humanidade em seus sofrimentos mais graves.

Assevera Rodolfo Calligaris: "pensar é vibrar, é entrar em relação com o Universo espiritual que nos envolve, e, conforme a espécie das emissões mentais de cada ser, elementos similares se lhe imanizarão, acentuando-lhe as disposições e cooperando com ele em seus esforços ascensionais ou em suas quedas e deslizes" (Páginas de Espiritismo Cristão, FEB, cap. 53). Assim, na hierarquia das sintonias espirituais de cada momento, contaremos com aqueles amigos do mundo invisível que nos apoiam e incentivam nas menores quanto maiores iniciativas de valor, e de molde a nos encaminhar a um estado autêntico de felicidade. Haverá o mentor espiritual constante na sua permanência ao nosso lado, nos inspirando e amparando nos momentos mais críticos da caminhada, quanto também o parente de vidas passadas de coração bondoso, a nos incentivar nas pequenas minúcias benéficas do cotidiano. Uma antiga mãe, irmão ou cônjuge.

Opinam, portanto! Participam de nossas atividades; dão seus pareceres – sempre respeitando o nosso livre-arbítrio, note-se! Mas, sintonizados por simpatia para com nossos gostos e sentimentos, haverão de nos encaminhar a alguma circunstância pequena que nos ofereça satisfação ou renovação de ânimo num instante depressivo; nos acalentarão e dirão palavras de reconforto em instantes de tristezas de ordem familiar, talvez nos antecipando a iminência de algum acontecimento feliz para breve, que nos felicitará sobremaneira na resolução de algum desafio, para o qual possuem vistas de cima, no conjunto das circunstâncias.

Amigos, sim! Solidários, bondosos, benfeitores – não necessariamente os ditos "Espíritos Superiores" constantes da segunda ordem da classificação Kardequiana, antecipando apenas aos Espíritos Puros em hierarquia –, mas compondo as classes extensas dos Espíritos Benévolos da quinta, de Sabedoria, da terceira, ou Sábios, da quarta! Ou ainda, como dito, antigas e grandes afinidades espirituais que só nos querem o bem, e nos auxiliam na medida de suas possibilidades reais, como acontece com as falanges médicas amparadoras sob as égides de Bezerra de Menezes ou do doutor Frederick Von Stein!

Nunca, porém, podem estes Espíritos, envolvidos com as nossas minúcias cotidianas, serem classificados como Espíritos inferiores ou obsessores, dado que o que distingue, ainda e sempre, a qualidade benéfica dos Espíritos, haverão de ser as intenções e benefícios decorrentes de suas participações nos nossos roteiros!

Discorro sobre o assunto também como esclarecimento aos fatos narrados em textos anteriores sobre a atuação de meus mentores, guias particulares e trabalhadores em parceria mediúnica na autoria de nossas obras psicografadas.

Pois já houve da parte de leitores imaturos a visão equivocada de, por ocasionalmente um deles exercer influência tida talvez como pueril em detalhes da rotina de meus dias, serem eles quase tachados depreciativamente como obsessores ou Espíritos inferiores!

Amigos! Assim como nós mesmos, a um só tempo, somos todo um universo amalgamado de preferências, do colorido vívido das escolhas e decisões, das de maior a menor importância, participando e sem sentir influindo de modo significativo nas vidas de nossos circunstantes com gostos, tendências e opiniões, devemos entender, por amor da verdade e da justiça, que esses que nos assistem a partir do mundo maior maravilhoso – e nossa autêntica morada – prosseguem sendo simplesmente o que são, nesta troca intensa que generosamente estabelecem conosco a partir da invisibilidade, para enriquecer os nossos percursos com a sua energia própria, luminosa e cheia de benefícios de opinião a nosso favor!

Se, portanto, aceitamos ouvir o conselho de uma amiga ou avó nos nossos afazeres culinários, por que considerar inferior a influência da irmãzinha de outra vida que, num momento solitário de fim de semana em casa, nos sugere colocar talvez menos sal num prato que preparamos com certa invigilância, em prol da saúde dos nossos entes queridos? Por que se alardear que o Espírito de um músico clássico que nos acompanha, e conosco forma parceria literária amorosa em prol da divulgação das novidades da vida nas esferas espirituais, não seja tão "superior" quanto um Espírito Puro, obviamente empenhado em responsabilidades de maior vulto para com a humanidade, apenas porque ele sugeriu à sua médium a loja certa para a compra de um colar delicado, para mimo de uma vaidade discreta que, ela mesma em si, não representa, em absoluto, pecado ou defeito de caráter nenhum?

Toda a Criação – com as suas campinas floridas, oceanos caudalosos e montanhas majestosas – é demonstração pródiga da grande vaidade divina em perpetuar suas maravilhas! Vaidade que se manifesta de maneira digna e discreta em prol do belo, em nós quanto no mundo, portanto, em tempo algum haverá de ser razão de condenação a quem quer que seja!

Não se conceberá que, noutros momentos, estes mesmos Espíritos estarão também em ações de auxílio maiores que, se não vêm a público, é que se dão dentro do dever maior de anonimato de todo praticante da caridade genuína, que conhece que alardear grandes feitos junto ao sofrimento alheio, isso sim, é engano lastimável de quem pretende se elevar à categoria espiritual dos iluminados, dos justos?!

Fica a reflexão. 
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita