Que apresentam em comum os
verbos abolir,
colorir, demolir
e explodir?
Todos eles são verbos
defectivos que não aceitam,
após a consoante final da
raiz, as letras a e
o, mas apenas as
letras i e e.
Em face disso, não se
conjugam na 1ª pessoa
singular do presente do
indicativo e, por causa
disso isso, não existem as
formas do presente do
subjuntivo, porque, como
sabemos, essas formas
verbais derivam das formas
verbais mencionadas.
Eis as formas que compõem o
presente do indicativo dos
verbos citados:
Abolir
– aboles, abole, abolimos,
abolis, abolem. (Não existe:
abolo.)
Colorir
– colores, colore,
colorimos, coloris, colorem.
(Não existe: coloro.)
Demolir
– demoles, demole,
demolimos, demolis, demolem.
(Não existe: demolo.)
Explodir
– explode, explodes,
explodimos, explodis,
explodem. (Não existe:
explodo.)
*
Já que falamos em modo
subjuntivo, é bom saber que
esse modo apresenta formas
verbais para o presente, o
pretérito e o futuro. As
formas do presente do
subjuntivo é que não existem
nos casos citados; quanto às
outras formas, os verbos
mencionados conjugam-se
normalmente.
A palavra subjuntivo
[do lat. subjunctivu]
significa dependente,
subordinado. O modo
subjuntivo, também chamado
simplesmente de subjuntivo,
exprime baixo
comprometimento do falante
com o que está sendo dito.
Vejamos o verbo cantar. No
presente do indicativo,
dizemos: “Eu canto”. No
presente do subjuntivo: “Eu
cante”, frase que depende de
outra frase. Exemplo:
O pessoal quer que eu cante.
É essa dependência que
caracteriza o modo
subjuntivo.
No caso dos verbos
defectivos acima
mencionados, não é possível
construir uma frase
semelhante. Por exemplo, não
podemos dizer: “O pessoal
quer que eu exploda”,
simplesmente porque
“exploda” não existe.