Relembrando
Otília
Estão distantes
os dias nos
quais a
mediunidade de
materialização e
a de efeitos
físicos
aconteciam,
senão com a
intensidade que
se gostaria, ao
menos estavam
presentes e
dando mostras
comprovadas das
possibilidades
que vão muito
além do contato
com os que já
partiram do
nosso convívio.
Otília, sobre
quem as
referências
bibliográficas
disponíveis
pouco falam a
respeito, foi
alvo de severas
críticas, não só
da imprensa, mas
do próprio meio
onde a médium
desenvolvia suas
reuniões de
materialização e
de efeitos
físicos.
É de lamentar,
sem dúvida, que
essa médium, que
deixou a vida na
Terra aos 62
anos, tenha sido
submetida a
situações tão
constrangedoras
e deprimentes.
O jornalista
Jorge Rizzini,
que até outubro
de 2008 esteve
fisicamente
conosco, deixou,
dentre seu
acervo
literário, o
livro
Materializações
de Uberaba,
republicado pelo
Livro Fácil –
Nova Luz
Editora, em
1997, em que
relata os
pormenores
engendrados e
havidos contra
Otília. Foram
inúmeras as
ocasiões em que
ela foi colocada
dentro de jaulas
e acorrentada
pelos pés e
pulsos, cujas
chaves dos
cadeados ficavam
de posse dos
próprios
repórteres. Uma
verdadeira
afronta à
dignidade da
médium, que
prosseguia em
seu transe
oferecendo os
resultados que
deixavam
perplexos todos
os presentes,
pois fora dessa
‘jaula’,
construída
especialmente
para esses
testes, os fatos
se apresentavam
e se
desenrolavam
naturalmente.
Era a prova
clara de que a
médium não era
impostora nem
estava
empregando
artifícios ou
recursos
teatrais
atrelados a
espetáculos
mágicos.
Contemporâneo
desse episódio,
o Sr. Euclides
Corsi, da cidade
mineira de
Andradas,
espírita
veterano e hábil
carpinteiro,
hoje com 90
anos, participou
ativamente das
reuniões
mediúnicas no
Centro Espírita
Paz e Amor dessa
cidade, tendo
convivido,
portanto, com
Otília e
testemunhado sua
desenvoltura
como médium de
materialização e
de efeitos
físicos.
"Otília, numa só
noite, conseguia
trazer do outro
lado personagens
que ficavam no
ambiente. Chegou
a ter quatro
entidades:
Leocádio, que
assim se
identificara em
outras
comunicações da
Casa, embora sem
materializar-se,
circulava por
todo o ambiente
e sempre
conversando, e,
vez por outra,
transportava
pequena
circunferência
de madeira de
cerca de 50
centímetros de
diâmetro, que
trazia o desenho
de uma estrela,
para todos os
lados, ora
próximo ao forro
de madeira,
suspenso no
teto, e ora no
solo, junto das
pessoas; uma
indiazinha que
dizia chamar-se
Japi, algumas
vezes tocando
alegremente uma
gaitinha, sendo
apenas observada
sua discreta
silhueta; o Dr.
Alberto Veloso,
que fora médico
no Rio de
Janeiro e a mãe
de Otília, Irmã
Josefa, com a
materialização
de ambos
completa...”,
diz o Sr.
Euclides, cujas
imagens estão
vivas e claras
em suas
lembranças.
Otília da Costa
Diogo, nascida
em 11-2-1926,
desencarnou em
08-8-1988, na
cidade de
Andradas, no Sul
do Estado de
Minas Gerais,
onde seu corpo
está sepultado.