Amanhecer de uma
nova era
Na obra “Justiça
e Amor”, ditado
pelo Espírito
Camilo, por
intermédio da
mediunidade de
José Raul
Teixeira, há uma
importante
orientação que
merece maiores
reflexões
(capítulo VI –
Jesus e a
violência).
Diz o referido
Espírito que:
“São tempos
difíceis e
definidores,
esses tempos
atuais. São
oportunidades
para que as
almas encarnadas
na Terra possam
escolher de que
lado anelam
ficar, se na
luz, se nas
sombras”.
À luz da
religião
espírita,
sabemos que
estamos vivendo
um período de
transição
planetária, no
qual a Terra irá
progredir na
escala dos
mundos, vindo a
se tornar um
planeta de
regeneração,
cuja
característica é
o desejo do bem.
Na questão 185
d´O Livro dos
Espíritos, os
benfeitores
espirituais
asseveram que os
mundos também
estão submetidos
à lei do
progresso e que
a Terra sofrerá
uma
transformação,
tornando-se um
paraíso
terrestre quando
os homens se
houverem tornado
melhores.
Na atualidade,
estamos vivendo
o ápice das
provas e
expiações, o que
é perfeitamente
perceptível
através dos
desencarnes
coletivos, dos
cataclismos
naturais, do
aumento da
violência, da
criminalidade e
dos conflitos
emocionais.
Por essa razão,
o Espírito
Camilo afirma
que são tempos
difíceis.
Obviamente que
há um motivo
para o aumento
das citadas
ocorrências
dolorosas, que
têm como causa a
imperfeição
moral da
criatura humana.
É sabido que a
Terra avançou
muito no campo
da ciência e da
tecnologia,
todavia, essas
nobres
conquistas não
foram
suficientes para
trazer plenitude
e paz à criatura
humana, de forma
que chega a hora
de o planeta
evoluir na
esfera moral, a
fim de que
possamos
finalmente
vivenciar a
proposta de amor
preconizada por
Jesus, que,
aliás, tratou da
temática da
transição
planetária no
conhecido Sermão
Profético.
As ocorrências
dolorosas
atingem a todos,
mas tem um
impacto
importante nos
indivíduos
moralmente
neutros, que são
aqueles
incapazes de
fazer o mal a
alguém, mas
também são
incapazes de
fazer o bem ao
semelhante,
sendo que suas
condutas de
neutralidade
atrapalham a
marcha de
progresso da
Terra.
Os que praticam
o mal por prazer
e não se
modificam serão
“banidos” da
Terra e irão
reencarnar em
mundos mais
atrasados, onde
ajudarão no
progresso em
virtude do
conhecimento de
que são
portadores e,
futuramente,
mais evoluídos,
poderão retornar
à Terra.
Aqueles que já
se converteram
ao bem aqui
permanecerão e
continuarão a
fomentar a
importância do
amor, sobretudo
através do vigor
do exemplo
pessoal,
contribuindo
efetivamente
para a transição
planetária.
Infelizmente, os
neutros
representam a
grande maioria
na Terra. São
aqueles que
levam uma vida
materialista,
acomodada e
muitas vezes
pautada pelo
“ter” e pela
busca da
satisfação dos
instintos
primários
(comer, dormir e
reproduzir).
Quando sofrem o
impacto da dor
(um dos motivos
de estarmos
vivendo o auge
das provas e
expiações),
muitos acabam
revendo seu
estilo de vida e
buscam
verdadeiramente
a Deus,
transformando-se
interiormente, o
que
possibilitará
que a Terra se
torne um mundo
de regeneração.
Diante da
transição que
vivenciamos,
duas questões
são cruciais e
relevantes. Qual
o papel da
doutrina
espírita neste
momento? Qual a
missão do
espírita neste
período de
amanhecer de uma
nova era?
A primeira
pergunta nos
remete ao Livro
dos Espíritos,
quando os
Espíritos
responsáveis
pela codificação
afirmam que a
grande missão do
Espiritismo é
iluminar
consciências e,
por
consequência,
fomentar a união
da ciência e da
religião.
Conforme também
consta d´O Livro
dos Espíritos, o
progresso
intelectual
levará o homem
ao progresso
moral, ainda que
não seja de
forma imediata
(questão nº.
780).
O Espiritismo
tem instigado a
ciência a
investigar as
verdades
espirituais
constantes do
seu conteúdo
doutrinário,
que, até hoje,
não foram
desmentidas
pelos
pesquisadores
científicos.
Há muitos
cientistas que
após tentarem
estudar a origem
da vida, e
porque não
encontram
respostas no
acaso, acabam
migrando para o
teísmo e afirmam
que Deus é o
autor da vida.
Há pesquisadores
que estudam a
reencarnação e
comprovam suas
teses, como, por
exemplo, Ian
Stevenson e Dr.
Hemendra Nath
Banerjee, que
estudaram
principalmente a
história de
milhares de
crianças que se
recordavam das
vidas passadas e
davam
informações
precisas sobre
essas vidas,
confirmadas
depois pelos
aludidos
pesquisadores.
A imortalidade
da alma foi
comprovada pelos
eminentes
William Crookes
e Charles
Richet, por meio
de pesquisas
notáveis, que
estão
devidamente
documentadas. Na
atualidade, a
física quântica,
que tem estudado
as energias
sutis da vida,
afirma que o
Espírito é uma
energia pensante
que jamais
deixará de
existir.
No campo moral,
há excelentes
pesquisas que
identificam a
importância do
pensamento
positivo e dos
bons sentimentos
para a saúde do
corpo, ao passo
que o ódio, o
pessimismo, a
tristeza geram
abalos na área
do sistema
imunológico,
afetando
negativamente a
saúde da
criatura humana.
Dessa forma, a
partir dos
avanços da
ciência, que
ocorrem por
permissão
divina, os
homens terão
acesso às
verdades
espirituais, às
leis divinas que
regem nossa vida
no corpo e fora
dele, de tal
sorte que, em
razão do
conhecimento
haurido,
buscarão
conscientemente
o progresso
moral (questão
nº. 780-a –
Livro dos
Espíritos), por
ser a grande
meta da
existência
física.
Cabe-nos
verificar a
grandeza do
Espiritismo,
porque não fica
atritando-se com
a ciência, mas,
pelo contrário,
instiga a
pesquisa por ser
defensor da fé
racional,
repugnando a fé
cega, dogmática,
e afirma que, se
um dia a ciência
demonstrar que
um dos seus
postulados está
equivocado,
muda-se esse
ponto
doutrinário.
A outra pergunta
refere-se ao
papel do
espírita na
transição
planetária. A
resposta é
intuitiva, ou
seja, viver os
postulados
espíritas em
clima de
fidelidade ao
evangelho de
Jesus.
Sabemos pelas
revelações
espirituais que
muitos dos
Espíritos
missionários do
passado estão
reencarnando
massivamente
nesta época da
humanidade. Da
mesma forma,
alguns Espíritos
da estrela de
Alcione, da
Constelação de
Plêiades, que
são mais
moralizados do
que os
habitantes da
Terra, também
estão
reencarnando no
orbe terrestre,
tudo com o
escopo de
promover a
grande transição
do planeta.
Indico, dentro
dessa temática,
os livros
“Transição
Planetária” e
“Amanhecer de
Uma Nova Era”,
ambos ditados
pelo Espírito
Manoel Philomeno
de Miranda, por
intermédio da
mediunidade de
Divaldo Pereira
Franco.
Assim sendo, o
progresso da
Terra é
inevitável, mas
a grande questão
é: vamos cruzar
os braços e
aguardar a
renovação do
planeta ou vamos
cooperar com
Jesus neste
momento tão
especial da
Terra?
Anote-se que o
espírita, pelas
informações
constantes
colhidas no
Espiritismo, não
necessita
aguardar as
confirmações da
ciência, porque,
pelo uso da fé
racional,
compreende os
postulados da
sua religião, de
forma que é a
hora da plena
vivência do
amor, em todos
os seus
espectros.
Por essa razão,
o Espírito
Camilo disse que
este é um
momento de
definição,
cabendo-nos a
escolha de
trilhar pelas
sombras ou pela
luz. É a hora de
sermos o “sal da
terra”, conforme
a proposta de
Jesus. O sal,
mesmo em pequena
quantidade, tem
um sabor
marcante, de
modo que, onde
quer que nos
encontremos,
temos que levar
a mensagem da
alegria, do
otimismo,
fazendo ao outro
aquilo que
gostaríamos que
nos fosse feito.
Repetindo a
proposta de
Paulo de Tarso,
temos que ser
“cartas vivas do
evangelho”,
enxugando
lágrimas,
acolhendo
aqueles que
estão em
sofrimento
material e
espiritual,
renunciando,
algumas vezes,
aos momentos de
descanso, a fim
de que a nossa
vida se torne um
evangelho de
feitos.
Ser o “sal da
terra” também
implica não
entrarmos em
sintonia com os
modismos
doentios que
vigem em nossa
sociedade. O sal
tem a
propriedade de
proteção contra
a ferrugem, de
forma que é a
hora de
construirmos
novos padrões de
conduta,
pautados pela
ética do
evangelho,
consubstanciado
em não fazer ao
outro aquilo que
não desejamos a
nós,
libertando-nos
das “ferrugens
sociais”.
Allan Kardec, o
nobre
codificador do
Espiritismo, foi
sábio ao
conceituar o
verdadeiro
cristão como
sendo aquele que
luta contra as
suas más
inclinações,
procurando ser
hoje melhor do
que ontem e
amanhã melhor do
que hoje.
Em virtude da
consciência que
temos da
transição
planetária e da
missão que nos
cabe nesta hora
tão difícil e
definidora,
oremos a Deus,
rogando forças
para que
possamos
empreender o
“bom combate”, e
libertos do
egoísmo e do
orgulho,
empenhemo-nos
para amoldar as
nossas ações às
diretrizes do
evangelho, pois,
assim
procedendo,
estaremos
colaborando com
a construção do
mundo de
regeneração,
neste amanhecer
de uma nova era.