Sexo e Destino
André Luiz
(Parte
26)
Damos continuidade ao
estudo da obra
Sexo e Destino,
de André Luiz,
psicografada pelos médiuns
Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1963 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Em 82 anos de
existência do instituto
“Almas Irmãs”, qual o
percentual dos que,
partindo dali, conseguem
vencer nos compromissos
da reencarnação?
18%, eis o percentual
dos que atingem a meta
em face dos compromissos
que enfrentam na
reencarnação. Segundo
dados fornecidos pelo
instituto, de cada 100
estudantes que retornam
à experiência corpórea,
18 saem vitoriosos, 22
melhorados, 26
imperfeitamente
melhorados e 34 onerados
por novas dívidas.
(Sexo e Destino, 2ª
parte, capítulo IX, pp.
267 e 268.)
B. Como o sexo é
considerado na
Espiritualidade
superior?
Na Espiritualidade
superior o sexo não é
considerado unicamente
por baliza morfológica
do corpo da carne,
distinguindo macho e
fêmea, definição
unilateral que, na
Terra, ainda se faz
seguir de atitudes e
exigências tirânicas,
herdadas do
comportamento animal.
Entre os desencarnados,
a partir daqueles de
evolução mediana, o sexo
é categorizado por
atributo divino na
individualidade humana,
qual ocorre com a
inteligência, com o
sentimento, com o
raciocínio e outras
faculdades menos
aplicadas nas técnicas
da experiência humana.
Quanto mais se eleva a
criatura, mais se
capacita de que o uso do
sexo demanda
discernimento pelas
responsabilidades que
acarreta, porque
qualquer ligação sexual,
instalada no campo
emotivo, engendra
sistemas de compensação
vibratória, e o parceiro
que lesa o outro, até o
ponto em que suscitou os
desastres morais
consequentes, passa a
responder por dívida
justa.
(Obra citada, 2ª parte,
capítulo IX, pp. 271 a
273.)
C. Por que nascem
homossexuais?
Falando sobre os
homossexuais, Félix diz
que inúmeros Espíritos
reencarnam em condições
inversivas, seja no
domínio de lides
expiatórias ou em
obediência a tarefas
específicas, que exigem
duras disciplinas por
parte daqueles que as
solicitam ou aceitam.
Disse ainda que homens e
mulheres podem nascer
homossexuais, do mesmo
modo que são suscetíveis
de retomar o veículo
físico na condição de
mutilados ou inibidos em
certos campos de
manifestação, aditando
que a alma reencarna,
nessa ou naquela
circunstância, para
melhorar e
aperfeiçoar-se e nunca
sob a destinação do
mal, o que significa que
os delitos, em quaisquer
posições, correm por
nossa conta.
(Obra citada, 2ª parte,
capítulo IX, pp. 273 e
274.)
Texto para leitura
126. Apenas 18%
vencem nas lutas do
mundo -
Comparando as
finalidades do
instituto aos centros de
cultura superior
existentes no mundo,
Belino explicou que os
Espíritos ali se
rearticulam, aprendem,
refazem, restauram, mas
sempre, de modo geral,
com o objetivo de
retornar ao mundo, a fim
de incorporarem em si
mesmos o valor das
lições recebidas.
Acrescentou que, a não
serem as reencarnações
compulsórias, o problema
do regresso requeria
considerações
específicas e
preparações adequadas,
razão pela qual muitos
companheiros do "Almas
Irmãs" se corporificavam
na Terra com programas
domésticos
preestabelecidos, de
maneira a hospedarem com
os seus próprios
recursos genésicos os
colegas afins. Do
instituto, esses
colegas, que se lhes
indicavam na posição de
filhos para o futuro, os
resguardavam e
defendiam, até a
ocasião em que lhes
fosse possível mergulhar
na carne,
constituindo-se, dessa
forma, famílias
inteiras, em provas e
edificações redentoras.
Aquele hospital-escola
qualificava-se, pois, na
condição de posto
avançado da
espiritualidade
construtiva, sustentando
permanente contacto com
a vida humana. Cada
indivíduo reencarnado
com vínculos no "Almas
Irmãs" ali se encontra
devidamente fichado, com
todo o histórico do que
está realizando na
reencarnação obtida, no
qual se lhes vê o
balanço dos créditos
conquistados e dos
débitos contraídos.
Belino referiu-se,
então, a pedido de
André, aos resultados de
tal esforço: em 82 anos
de existência do
instituto – que possuía
habitualmente uma
população oscilante de
cinco a seis mil pessoas
– de cada 100
estudantes o
educandário apresentava:
18 vitoriosos nos
compromissos da
reencarnação, 22
melhorados, 26
imperfeitamente
melhorados e 34
onerados por dívidas
lamentáveis e dolorosas.
Ninguém na Terra,
acrescentou o amigo,
pode avaliar a
expectativa, a ternura,
o esforço e o
sacrifício com que os
amigos desencarnados
torcem pelo triunfo ou
pelo aprimoramento
pessoal dos afeiçoados
em serviço no mundo, nem
imaginar a desolação que
lhes sacode o ânimo,
quando não logram
abraçá-los de volta. É
que os companheiros
fracassados passam
automaticamente, após a
desencarnação, às zonas
inferiores, onde, por
vezes, se demoram por
muito tempo em
desequilíbrio ou
devassidão, havendo ali,
porém, vários casos de
Espíritos que foram
rematriculados depois
dessas refregas. (Cap.
IX, pp. 267 e 268)
127. Nas aulas o
sexo é o tema central
- Belino exaltou, em
seguida, os prêmios
atribuídos aos
vencedores. Os
aprendizes que se
laureiam, através do
aproveitamento
substancial dos recursos
fornecidos pela
organização, ali se
honram com admiráveis
oportunidades de
trabalho, em estâncias
superiores, conforme os
desejos que expressem.
Levado a conhecer os
salões de aula, onde o
sexo, por tema central,
merecia o maior apreço,
André encantou-se com a
simpatia dos
professores. As
matérias eram
professadas ali em
regime de
especialização. Cada
faculdade atendia
determinada
especialidade. Sexo e
amor. Sexo e matrimônio.
Sexo e maternidade.
Sexo e estímulo. Sexo e
equilíbrio. Sexo e
penalogia. Sexo e
evolução. E outras
discriminações. As
turmas de alunos eram
muito numerosas, mas os
assuntos "sexo e
maternidade" e "sexo e
penalogia" tinham a
preferência geral. O
primeiro reunia
centenas de criaturas
que se endereçavam aos
ajustes de lar, na
Terra; o segundo
enfeixava enorme
quantidade de Espíritos
conscientes que
examinavam a melhor
maneira de afligirem a
si mesmos determinadas
inibições, para se
corrigirem de hábitos
deprimentes no curso da
reencarnação. Muitos –
informou Belino –
chegam a deixar
escritas nos arquivos
da casa as sentenças
que lavram contra si
mesmos, antes de se
envolverem nas
provações necessárias
ao aperfeiçoamento que
demandam. Félix, em
companhia do Irmão
Régis, seu substituto
eventual, acolheu os
amigos amavelmente. O
ambiente em que os
alojara ressumava
simplicidade sem
negligência, conforto
sem luxo. Por trás da
sua poltrona, uma tela
muito grande retratava
nobre matrona em prece
nas regiões inferiores.
A venerável mulher
elevava os braços para o
céu e, em torno dela,
magotes de Espíritos
conturbados se rojavam
no solo, entre
consolados e
estarrecidos. Era uma
lembrança de magnânima
servidora do Cristo,
consagrada no mundo
espiritual ao socorro de
corações mergulhados
nas trevas. (Cap. IX,
pp. 268 a 270)
128. O sexo no
plano espiritual
- A missionária, a quem
Félix devia o primeiro
contacto com a verdade,
oitenta anos atrás,
chamava-se Irmã Damiana.
O quadro, confeccionado
a pedido dele próprio,
não o deixava esquecer
as responsabilidades e
encargos de que fora
investido, e a lama em
que um dia se afundara e
de que fora arrebatado
por aquela missionária
engrandecida no Espaço,
a serviço dos infelizes.
Na sequência da
conversa, Irmão Régis
falou sobre o profundo
respeito dedicado ali
aos estudos do sexo, em
face da desconsideração
com que autoridades da
Terra habitualmente o
menoscabam; e sublinhou,
com humor, que os homens
são contraditórios,
porquanto, sempre ávidos
de consertar uma tomada
em desajuste,
normalmente sonegam a
Deus o direito de
socorrer e reabilitar os
seus filhos em
desequilíbrio emotivo.
Félix aproveitou o
ensejo para dizer que na
Espiritualidade Superior
o sexo não é considerado
unicamente por baliza
morfológica do corpo da
carne, distinguindo
macho e fêmea, definição
unilateral que, na
Terra, ainda se faz
seguir de atitudes e
exigências tirânicas,
herdadas do
comportamento animal.
Entre os desencarnados,
a partir daqueles de
evolução mediana, o sexo
é categorizado por
atributo divino na
individualidade humana,
qual ocorre com a
inteligência, com o
sentimento, com o
raciocínio e outras
faculdades menos
aplicadas nas técnicas
da experiência humana.
Quanto mais se eleva a
criatura, mais se
capacita de que o uso do
sexo demanda
discernimento pelas
responsabilidades que
acarreta. Qualquer
ligação sexual,
instalada no campo
emotivo, engendra
sistemas de compensação
vibratória, e o parceiro
que lesa o outro, até o
ponto em que suscitou os
desastres morais
consequentes, passa a
responder por dívida
justa. Todo desmando
sexual danificando
consciências reclama
corrigenda, tanto quanto
qualquer abuso do
raciocínio. Homem que
abandone a companheira
sem razão, ou mulher que
assim proceda, gerando
desregramentos
passionais na vítima,
cria certo ônus cármico
no próprio caminho,
pois ninguém prejudica a
outrem sem embaraçar a
si mesmo. Na Crosta,
disse Félix, os temas
sexuais têm sido
considerados na base dos
sinais físicos que
diferenciam o homem da
mulher, mas isso não
define a realidade
integral, porque,
regendo esses marcos,
permanece um Espírito
imortal, com idade às
vezes multimilenária,
encerrando consigo
experiências complexas,
a ponto de a Ciência
terrena proclamar,
presentemente, que
masculinidade e
feminilidade totais
inexistem na
personalidade humana, do
ponto de vista
psicológico. (2a
parte, cap. IX, pp. 271
a 273)
129. Homossexuais
e intersexos -
Félix acrescentou que
homens e mulheres, em
espírito, apresentam
certa percentagem mais
ou menos elevada de
característicos viris e
feminis em cada
indivíduo, o que não
assegura possibilidades
de comportamento íntimo
normal para todos,
segundo a conceituação
de normalidade que a
maioria dos homens
estabeleceu para o meio
social. Neves consultou
o benfeitor acerca dos
homossexuais e Félix
asseverou que inúmeros
Espíritos reencarnam em
condições inversivas,
seja no domínio de lides
expiatórias ou em
obediência a tarefas
específicas, que exigem
duras disciplinas por
parte daqueles que as
solicitam ou aceitam.
Disse ainda que homens e
mulheres podem nascer
homossexuais ou
intersexos, como são
suscetíveis de retomar
o veículo físico na
condição de mutilados ou
inibidos em certos
campos de manifestação,
aditando que a alma
reencarna, nessa ou
naquela circunstância,
para melhorar e
aperfeiçoar-se e nunca
sob a destinação do
mal, o que significa que
os delitos, em quaisquer
posições, correm por
nossa conta. Nos foros
da Justiça Divina, as
personalidades humanas
tachadas de anormais são
consideradas tão
carecentes de proteção
quanto as outras, tidas
como normais,
observando-se que as
faltas cometidas por
umas e outras são
examinadas no mesmo
critério e que, em
muitos casos, os
desatinos dos chamados
normais são
consideravelmente
agravados, por menos
justificáveis perante
acomodações e primazias
que usufruem, no clima
estável da maioria.
Aludindo aos
preconceitos que existem
nesse campo, Félix
afirmou que no futuro os
irmãos reencarnados,
tanto em condições
normais quanto em
condições julgadas
anormais, serão tratados
em pé de igualdade, no
mesmo nível de dignidade
humana, reparando-se as
injustiças assacadas,
desde muito, contra os
que renascem sofrendo
particularidades
anômalas. Nesse ponto da
conversa, alguém avisou
que Beatriz estava
pronta para recebê-los.
Félix apresentou-lhes,
então, suas irmãs Sara e
Priscila, que moravam na
mesma casa junto com o
benfeitor e irmão. (2a
parte, cap. IX, pp. 273
e 274)
130. Notícias de
Marita - O
instituto sustenta zonas
residenciais, além dos
edifícios reservados à
administração, ao
ensino, à subsistência
e à hospitalização
transitória. Aí se
acomodam famílias
inteiras, casais,
Espíritos em conjunções
afetivas e repúblicas de
estudiosos que se
visitam ou recebem
amigos de outras
organizações e de outras
plagas, efetuando
excursões edificantes e
recreativas ou atendendo
a empresas artísticas e
assistenciais, de
permeio com as
obrigações de rotina.
Félix informou que
Marita se encontrava
naquele mesmo sítio, num
parque destinado a
convalescentes. Ela
achava-se ainda bastante
traumatizada, conquanto
tranquila. Sua
desencarnação precoce
acarretara-lhe
prejuízos, mas ele
rogara de orientadores
amigos as possíveis
concessões, para que
fosse reposta, com
urgência, no ambiente
familiar do Rio, de modo
a que se não perdessem
medidas em andamento
para o resgate do
passado. O decesso
prematuro representara
fundo golpe no programa
estabelecido ali, anos
antes. Félix esperava,
contudo, reparar as
brechas, restituindo-a
ao convívio dos entes
caros, pela
reencarnação de
emergência. Neves
abordou a tese referente
ao dia determinado para
a desencarnação,
defendida por alguns
religiosos na Terra, ao
que Félix enunciou:
"Sim, não nos é lícito
desacreditar os
ensinamentos
religiosos. Há planos
prefixados e ocasiões
com relativa exatidão
para o deperecimento do
veículo físico; no
entanto, os
interessados costumam
alterá-los, seja
melhorando ou piorando a
própria situação. Tempo
é comparável a crédito
que um estabelecimento
bancário empresta ou
retira, segundo as
atitudes e diretrizes do
devedor. Não podemos,
assim, olvidar que a
consciência é livre para
pensar e agir, tanto nas
áreas físicas quanto nas
espirituais, mesmo
quando jungida às
consequências do passado
culposo..." E rematou:
"Qualquer dia é dia de
criar destino ou
reconstituir destino, de
vez que todos somos
consciências
responsáveis". (2a
parte, cap. IX, pp. 275
e 276)
(Continua no próximo
número.)