Os
fenômenos que envolvem
Espíritos a nenhuma fé
estão restritos
Os fenômenos que
envolvem Espíritos são
universais e existem
desde que o mundo é
mundo. Pode-se dizer que
todo fenômeno espírita é
mediúnico, mas nem todo
fenômeno mediúnico é
espírita.
E podemos afirmar que as
obras literárias
psicografadas ou de
estudos do Espiritismo
são também espíritas na
medida em que elas se
enquadram na filosofia
das obras da Codificação
de Kardec e na moral dos
evangelhos de Jesus (“O
Evangelho segundo o
Espiritismo”, que contém
textos, “ipsis litteris”,
dos quatro evangelhos
escolhidos por Kardec, e
com comentários de
vários Espíritos sob a
ótica evangélica). É,
pois, um erro grave
pensar que toda obra
mediúnica psicografada,
psicofônica, intuitiva
ou inspirada por algum
Espírito seja espírita.
Inspirei-me, para fazer
esta matéria, no livro:
“Espiritismo –
Fundamentos Históricos e
Doutrinários”, de Milton
Felipeli, Letras &
Textos Editora, da
Fraternidade Francisco
de Assis (www.fraternidadeassis.com.br),
Vila Prudente, São
Paulo, SP. Recomendo-o
para os que querem
aprofundar seus
conhecimentos no
Espiritismo, que pode
ser encontrado também na
Editora e Distribuidora
de Livros Espíritas
Chico Xavier (contato@editorachicoxavier.com.br,
Telefone 0800.283.7147).
Todas as pessoas são um
pouco médiuns. Mas nem
todas têm uma
mediunidade especial,
ostensiva, que são Paulo
chamou de dons
espirituais (do espírito
do indivíduo). Daí que
quando alguém ora em
línguas, é o próprio
espírito dele que ora (1
Coríntios 14: 14), não
sendo, pois, o Espírito
Santo trinitário, como
muitos pensam. Na
Bíblia, o Espírito Santo
é o de cada um de nós.
“Eu farei levantar-se
entre vós um homem de um
Espírito Santo chamado
Daniel.” – Daniel 13:45,
da Bíblia Católica, pois
na Protestante o Livro
de Daniel só tem 12
capítulos. É que Lutero
tirou 7 livros da Bíblia
e mexeu em outros.
A mediunidade,
realmente, não é
privilégio de pessoas
espíritas. Todas as
religiões têm médiuns. E
ela é o fenômeno
responsável pela grande
verdade do contato com
os Espíritos dos mortos.
O próprio Papa João
Paulo II disse na
Basílica de São Pedro,
no dia de finados de
1983: “O diálogo com os
mortos não deve ser
interrompido porque, na
realidade, a vida não
está limitada pelos
horizontes do mundo”
(Revista Veja, página
93, de 6 de março de
2005).
Como vimos, não tem,
pois, fundamento bíblico
a comunicação com os
“diabos” e o Espírito
Santo trinitário. Aliás,
“diabos” (“diabolos” em
grego) nem Espíritos
eles são. E demônios são
Espíritos humanos e
podem ser bons, maus e
imperfeitos, como nos
mostra o estudo
hermenêutico da Bíblia e
da Vulgata Latina de São
Jerônimo.
Ficamos por aqui, hoje,
com o texto paulino (Efésios
1:17): “Rogo ao Deus de
nosso Senhor Jesus
Cristo, o Pai da Glória,
que vos dê um espírito
de sabedoria e revelação
no pleno conhecimento
dele”.