156 anos de
“O
Livro dos
Espíritos”
Em 18 de abril
de 1857, a
espiritualidade
maior sob a
égide de “O
Espírito da
Verdade”
apresentava ao
mundo, através
dos esforços e
dedicação de
Allan Kardec, a
primeira versão
de “O Livro dos
Espíritos”.
Nessa
maravilhosa obra
se alicerça a
Doutrina
Espírita com seu
tríplice aspecto
de filosofia,
ciência e
religião.
Tudo começou em
1855, quando o
professor
Hippolyte Léon
Denizard Rivail
recebe um
convite para
assistir a uma
sessão mediúnica
na casa da
senhora
Plainemaison,
onde acontecia o
fenômeno das
“mesas girantes
e falantes”. A
reunião o
impressionara
profundamente;
fora a primeira
vez que o
professor
presenciava uma
mesa se
movimentar,
aparentemente
sem qualquer
influência de
uma força
material
visível.
A partir de
então Hippolyte
teve
participação
ativa nesses
encontros.
Movido por seu
espírito de
cientista,
passou a visitar
diversas
residências onde
aconteciam os
prodígios
sobrenaturais,
adotando a
posição de um
pesquisador.
Através dessas
reuniões, chega
à casa da
família Baudin,
onde conheceu as
jovens irmãs
Julie, de 14
anos, e Caroline
Baudin, de 16,
as quais eram
dotadas da
faculdade
mediúnica de
psicografia. Por
meio dessas
jovens o
professor
iniciou seus
estudos. Mais
tarde,
juntar-se-ia ao
grupo a
senhorita Ruth
Japhet, de 17
anos. As três
médiuns foram os
principais
veículos de
comunicação dos
Espíritos para
elaboração da
codificação
espírita.
Em apenas 20
meses, Hippolyte
estudou os
fenômenos até
então
desconhecidos e
organizou uma
compilação das
perguntas
dirigidas aos
Espíritos que se
comunicavam por
meio das mesas,
sobre variados
temas, a maioria
deles acerca dos
principais
questionamentos
do homem, como
as célebres
questões “de
onde viemos?”,
“quem somos?”,
“para onde
vamos?” Essas
indagações foram
elucidadas por
uma legião de
Espíritos
nobres, dentre
eles Santo
Agostinho, São
Luís, São
Vicente de
Paulo, Sócrates
e Platão, os
quais se
empenharam em
esclarecer à
humanidade que a
verdadeira vida
é a vida
espiritual.
Após a reunião
de todas as
respostas e a
decisão de
levá-las ao
conhecimento de
quem se
interessasse
pelo assunto,
surgiu a dúvida
do título da
obra. Hippolyte
tinha a
consciência de
que a autoria do
livro era dos
Espíritos; o
pedagogo havia
sido apenas o
organizador do
trabalho, e
então, por
questões óbvias,
resolveu
intitulá-la de
“O Livro dos
Espíritos”.
Por meio de uma
conversa com um
dos Espíritos
responsáveis
pela
codificação,
Hippolyte Léon
Denizard Rivail
foi orientado a
utilizar o
pseudônimo de
“Allan Kardec”,
pois esse havia
sido seu nome em
uma de suas
reencarnações na
antiga Gália,
onde viveu como
um sacerdote
druida.
Assim surgiu “O
Livro dos
Espíritos”,
publicado pela
Tipografia de
Beau, em
Saint-Germain-en-Laye,
cidade vizinha a
Paris, obra que,
em sua primeira
edição, trazia
501 questões de
cunho filosófico
e científico,
com
consequências
morais e
religiosas.
Entretanto, ao
reunir novas
informações,
Allan Kardec fez
uma completa
revisão e
ampliação da
obra e em 1860
lançou a segunda
edição, então
com 1.019
questões, como a
que conhecemos
hoje em dia.
“O Livro dos
Espíritos” é um
verdadeiro
tratado de
conduta ética e
moral, baseado
nos ensinamentos
de Cristo e
esmiuçado pelos
Espíritos. Por
meio dessa obra,
milhares de
Espíritos
encarnados
encontram
respostas para
seus
questionamentos
mais íntimos e
retomam sua
caminhada em
busca do
progresso. Sobre
suas páginas,
lágrimas de
agradecimentos a
Deus são
derramadas todos
os dias e planos
errôneos de vida
são modificados.
O surgimento da
obra resultou na
criação de uma
doutrina
fundamentada nos
estudos
científicos,
sobre a
natureza, a
origem e o
destino dos
Espíritos, bem
como suas
relações com o
mundo material.
O Espiritismo
nos convida a
uma renovação
íntima
fundamentada na
crença da
existência de
Deus, na
imortalidade da
alma, na
comunicabilidade
entre os
Espíritos, na
pluralidade das
existências e
dos mundos
habitados.
Os anos se
passaram e “O
Livro dos
Espíritos”
permanece
ensinando e
auxiliando no
progresso moral.
Mesmo após
atravessar
períodos
conflitantes da
história, seu
conteúdo nunca
necessitou de
atualização, o
que vem
confirmar uma
das afirmações
mais conhecidas
de Allan Kardec:
“Fé
inabalável é
somente aquela
que pode encarar
a razão face a
face em todas as
épocas da
humanidade”.
Louvemos a Deus
e a Jesus por
permitir a
construção da
codificação
espírita;
rendamos graças
aos Espíritos
responsáveis
pela grande obra
e enalteçamos a
Kardec por
apresentar essa
maravilha à
humanidade!