Pedidos
Não peças aos amigos
espirituais que te
rasguem um veio de ouro.
A fortuna imerecida pode
sepultar-te o coração na
cova da preguiça.
Não peças aos
benfeitores da Vida
Maior que sejas
conduzido ao leme do
poder. A autoridade
inoportuna pode
encurralar-te no fogo da
violência.
Não peças aos
instrutores de outras
esferas que te ofertem
segredos da perfeição
corpórea. A beleza
efêmera pode situar-te
no vício.
Não peças aos
mensageiros divinos o
privilégio da posse. A
posse mal conduzida
atrai os milhafres
(1)
da usura.
Não peças aos
companheiros
desencarnados os
enfeites da fama. A
fama, sem alicerces
respeitáveis, atrai as
víboras da calúnia.
Não peças aos emissários
do Senhor os regalos do
conforto excessivo. A
escravidão do conforto
excessivo atrai os
gafanhotos da inveja.
Pede a todos eles que te
amparem o próprio
aperfeiçoamento, porque,
aprimorando a ti mesmo,
perceberás que a
existência na Terra é
estágio na escola da
evolução, em que o
trabalho constante nos
ensina a servir para
merecer e a raciocinar
para discernir.
(1)
Milhafre: ave de rapina
europeia, falconídea.
Do cap. 52 do livro
Seara dos Médiuns,
de Emmanuel, obra
psicografada pelo médium
Francisco Cândido
Xavier.