Considerações
sobre o
terrorismo
Uma das coisas
mais chocantes
que os
historiadores do
futuro
provavelmente
encontrarão
dificuldades
para explicar em
relação ao
presente é o
binômio
terrorismo-religião
como instrumento
de contestação e
divergências.
Afinal de
contas, como
pode
racionalmente se
encaixar a ideia
de religião –
que geralmente
abarca
princípios de
respeito e
tolerância – com
o assassinato de
pessoas
inocentes?
Muitos
historiadores se
perguntarão:
Como puderam
pessoas
socialmente
incluídas se
engajar em atos
tão hediondos?
Notem que
deixamos de lado
as pessoas
situadas num
espectro oposto,
porque essas
certamente
seriam mais
suscetíveis à
manipulação.
Seja como for,
são perguntas
que ecoarão por
muito tempo em
nossas mentes em
busca de
respostas
plausíveis. Em
todo o caso, o
signo da
violência e da
barbárie, em
pleno século
XXI, ainda
contamina
considerável
continente de
mentes e
corações
perturbados.
Pessoas
inteligentes se
perfilam às
hordas do mal
causando
incomensurável
dor e sofrimento
por meio de
ações nefastas.
Os seus nomes
estão gravados
nos anais da
Terra como
Espíritos
doentes e
portadores de
alta
periculosidade
intrínseca, o
que lhes
impedirá de
viver em
sociedade por
muito tempo.
Mercê dos
avanços da
civilização
podemos
atualmente
externar o nosso
descontentamento
ou apoio a essa
ou aquela causa
sem medo de
represálias.
Trata-se de uma
conquista
extraordinária,
principalmente
para aqueles que
viveram um dia
sob o jugo da
repressão e do
desrespeito aos
direitos
humanos.
Portanto, nada
justifica a
prática da
violência contra
civis inocentes.
Nesse sentido, o
terrorismo é,
sobretudo, uma
demonstração de
covardia que
parte daqueles
que, sem ter
argumentos
convincentes,
usam da maldade
em larga
escala.
A violência só
atrai mais pesar
e desonra para
os seus
perpetradores
agora e depois.
Religiões ou
religiosos de
qualquer matiz
que incitam a
violência contra
os seus
semelhantes
podem estar
fazendo qualquer
coisa, menos o
papel que lhes
cabe perante
Deus e a
humanidade. Já
dizia o Apóstolo
João, com muito
acerto, aliás: “Amado,
não sigais o
mal, mas o bem.
Quem faz o bem,
é de Deus; mas
quem faz o mal,
não tem visto a
Deus” (III
João, 11).
Portanto, se não
somos ainda
capazes de “amar
o nosso
próximo”,
podemos ao menos
respeitá-lo em
seu direito de
ser ou pensar
diferente de
nós. Não somos
juízes
arbitrando sobre
a vida de
outros.
Felizmente, não
nos é facultado
tal direito.
Assim sendo, o
“vigiar e orar”
é – assim nos
parece – o
melhor meio de
nos precatarmos
quanto os
arroubos
inconsequentes
da alma. É
profundamente
triste ver
jovens – gozando
de plenas
condições de
liberdade, saúde
e oportunidades
– engendrar ou
tomar parte em
tão dolorosos
acontecimentos.
E só Deus pode
avaliar o grau
de
comprometimento
para o bem-estar
espiritual
dessas almas tão
contaminadas
pelo sentimento
de ódio e
desprezo pelos
seus irmãos.
Por conta disso,
hoje não há
lugar seguro na
Terra,
especialmente
quando há grande
aglomeração
humana. Ao
andarmos em
certas partes do
mundo, e sem nos
darmos conta,
podemos estar
sendo
eventualmente
ladeados por
homens ou
mulheres-bomba
dispostos a
tudo,
simplesmente
carregando um
sorriso
sarcástico nos
seus lábios e um
incomensurável
fel em suas
almas. O
Espírito
Emmanuel, na
obra Pão
Nosso
(psicografada
por Francisco C.
Xavier),
observa: “A
sociedade humana
não deveria
operar a divisão
de si própria,
como sendo um
campo em que se
separam bons e
maus, mas sim
viver qual
grande família
em que se
integram os
espíritos que
começam a
compreender o
Pai e os que
ainda não
conseguiram
pressenti-lo”.
Deixando clara a
impossibilidade
de avanço nesse
assunto em
particular pelo
menos por ora, o
mentor
vaticinou:
“Claro que as
palavras
‘maldade’ e
‘perversidade’
ainda
comparecerão,
por vastíssimos
anos, no
dicionário
terrestre,
definindo certas
atitudes mentais
inferiores
[...]”.
Diante disso,
talvez mais do
que nunca, nos
parece essencial
a educação
baseada em
sólidos valores
ético-morais e
de respeito.
Pais, ensinem
aos seus filhos
desde cedo a
importância da
oração, do
controle dos
pensamentos e
das emoções e da
obrigação do
respeito aos
nossos
companheiros de
jornada a fim de
que nenhuma
ideia maligna
venha a
envolvê-los.