WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 311 - 12 de Maio de 2013

F. ALTAMIR DA CUNHA 
altamir.cunha@bol.com.br
Natal, RN (Brasil)

 
 


Jesus e a Samaritana
 
“Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede...” – Jesus (3)


Foi na cidade de Sicar, na Samaria, que aconteceu o inesquecível diálogo de Jesus com a mulher samaritana. Registrado em o Evangelho de João, esse diálogo transformou-se em uma das mais belas lições legadas à humanidade.

Estava Jesus cansado, e assentou-se junto ao poço de Jacó, quando uma mulher aproximou-se, para abastecer seu cântaro.

“Dá-me de beber”, Disse Jesus. Assim procedeu, nem tanto pela necessidade de saciar sua sede material, mas, sim, para ter oportunidade de saciar a sede que aquela mulher tinha da água viva – a verdade. 

A mulher, surpreendida com aquele pedido, respondeu-lhe: “Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)”. (1)

Esta resposta retrata muito bem a barreira existente entre judeus e samaritanos. Barreira essa fruto do orgulho que prevalecia em detrimento do amor registrado em os dez mandamentos legados à humanidade através de Moisés.

Segundo o entendimento da samaritana, um judeu era simplesmente um adversário, não importava sua necessidade; poderia até morrer de sede; mas, o que deveria prevalecer era a tradição.

Até então, Jesus não fora identificado como o Cristo; seria necessário criar uma situação favorável. Para isso, como educador incomum, aplicou um recurso indispensável, utilizado até hoje pelos experientes educadores – despertou o interesse da samaritana, transformando-a em terra fértil, para que a semente da verdade pudesse florescer: “Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é que te diz: ‘Dá-me de beber’, tu lhe pedirias e ele lhe daria água viva”. (2)

A lição é bela e profunda; e teria provavelmente um efeito positivo em outro aluno; mas não foi suficiente para a mulher, que certamente trazia os sentidos entorpecidos pelos interesses materiais. Ela pensava apenas na água do poço para saciar a sede material, embora sua sede maior fosse a espiritual.

O comportamento da samaritana retrata perfeitamente o aluno negligente que, preocupado apenas com o lazer ou outras necessidades imediatas, despreza a lição que lhe proporcionaria conhecimento e segurança para o futuro.

Apesar dessa característica em alguns alunos, o educador experiente não desiste; porque sabe muito bem que para se obter êxito no processo educativo é preciso persistência.

Jesus pacientemente persistiu: “Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna”. (3)

A samaritana, ainda sem entender, disse-lhe: “Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la”. (4)

Provavelmente o leitor estará pensando: que mulher de mente obtusa! Mas não há por que nos admirarmos da dificuldade da mulher samaritana para apreender tão profundas e belas lições. A atitude da samaritana é a mesma da maioria que constitui a humanidade, quando convidada a optar entre os bens transitórios da Terra e os bens permanentes da espiritualidade.

O interesse pela porta larga das facilidades é uma característica humana, e a samaritana refletia isso muito bem, desejando até mesmo saciar a sede sem pelo menos ir ao poço colher a água.

Antes de qualquer julgamento sem uma prévia avaliação do estágio evolutivo que a samaritana alcançara e da influência cultural, façamos uma reflexão: Quantas pessoas leem obras maravilhosas, se deliciam com as mensagens e reconhecem sua importância, no entanto, não assumem o compromisso da transformação interior incentivada por essas obras; esperam soluções prontas, vindas diretamente de Deus ou do plano espiritual! Semelhantes à samaritana, desejam matar a sede sem o esforço de caminhar até o poço. Por isso, o Mestre Divino, identificando essa característica na sua interlocutora, como bom pescador de almas, ofereceu a isca apropriada para despertar-lhe o interesse; provocou-a, de forma que ela o identificasse como o Cristo: “Vai, chama o teu marido, e vem cá. A mulher respondeu e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade”. (5)

Somente depois dessa revelação a mulher compreendeu que Jesus era um profeta. Esta foi uma revelação de impacto para ela, que associava a condição de profeta à arte de adivinhação. Tanto assim que seu interesse não foi em relação às maravilhosas lições transmitidas pelo Mestre, mas pela revelação sobre a sua vida, como veremos a seguir:

”Deixou pois a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo?” (6)

Há mais de 2.000 anos, aconteceu esse maravilhoso diálogo; no entanto, a humanidade ainda continua sedenta, porque vive na ilusão de saciar sua sede como a samaritana, tomando da água do poço de Jacó, quando sua sede real é a da verdade que liberta.

Por isso, paciente e generoso, Jesus enfatizou não apenas para a samaritana e para aquele momento, mas para toda a humanidade em todos os tempos: “Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna”.


Referências: 

1 – (João 4; 9)

2 (João 4; 10).

3 - João 4: 13-14

4 - (João 4:15)

5 - (João 4 16-18)

6 - (João 4 28-29)
 

  

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita