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Um minuto com Chico Xavier

Ano 7 - N° 312 - 19 de Maio de 2013

JOSÉ ANTÔNIO VIEIRA DE PAULA
depaulajoseantonio@gmail.com
Cambé, Paraná (Brasil)
 

 

Apresentamos aqui um pouco das lutas  do início da grande tarefa, transformada em missão, de Chico Xavier, narradas por Marcel Souto Maior no seu livro “As Vidas de Chico Xavier”, editora Pensamento, extraída das páginas 53 a 57.

Nas noites de segunda e sexta-feira, ele colocava o Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, embaixo do braço e ia para o Centro Luiz Gonzaga. Seguia à risca uma instrução ditada por Emmanuel: fidelidade irrestrita a Jesus Cristo e a Kardec, o codificador da doutrina espírita. O guia do outro mundo levava tão a sério este mandamento que um dia chegou a determinar a Chico:

– Se alguma vez eu lhe der um conselho que não esteja de acordo com Jesus e Kardec, fique do lado deles e procure me esquecer.

Chico demorava na cartilha espírita, praticava as lições de caridade, promovia sessões de desobsessão às quartas-feiras, mas o centro ficava cada dia mais vazio. José Hermínio Perácio e a mulher, Carmem, se mudaram para Belo Horizonte – precisavam ficar mais perto da família. José Xavier teve que trabalhar à noite numa oficina de arreios para pagar uma dívida. De repente, o rapaz se viu sozinho no barracão. Quando pensou em sair de fininho, ouviu a voz de Emmanuel.

– Você não pode se afastar.

– Como? Não temos frequentadores.

– E nós? Nós também precisamos ouvir o Evangelho. Além disso, temos aqui vários "desencarnados" que precisam de ajuda. Abra a reunião na hora marcada e não encerre a sessão antes de duas horas de trabalho.

Chico seguiu as instruções. Às oito horas iniciava a reza de abertura da sessão. Em seguida, abria o Evangelho segundo o Espiritismo ao acaso e comentava o capítulo em voz alta. Nessa época, começou a ver mortos e ouvir vozes com maior frequência e nitidez. Os seres invisíveis ocupavam os bancos vazios.

Do lado de fora, vizinhos e parentes acompanhavam aquele espetáculo absurdo: o rapaz falava sozinho, gesticulava, rezava, duas horas seguidas. Uma das irmãs, uma noite, se pendurou na janela para ouvir o monólogo:

– Tenhamos fé em Jesus, minha irmã.

– ....

– Com paciência alcançaremos a paz.

– ...

– Sem calma, tudo piora.

– ...

A espectadora interrompeu a cena insólita:

– Com quem está conversando?

– Com a dona Chiquinha de Paula.

– Ela já morreu, Chico.

– Você é que pensa. Ela está bem viva.

A família ainda pensava em levar o rapaz a um bom hospício.

O padre Júlio Maria, da cidade mineira de Manhumirim, estava disposto a providenciar uma camisa-de-força para o espírita de Pedro Leopoldo. Todo mês, ele escrevia artigos para o jornal local, O Lutador, e fazia o favor de enviar suas opiniões pelo correio ao autor do Parnaso de Além Túmulo. Em nome de Jesus Cristo, os textos excomungavam o Espiritismo, reduziam a pó a reencarnação e à piada o porta-voz dos mortos no Brasil. "Francisco Cândido Xavier deve ter a pele de um rinoceronte para suportar tantos espíritos", escreveu num dos seus manifestos.

Chico ficou engasgado e precisou da ajuda de Emmanuel para engolir o comentário.

Se você não tem a pele de rinoceronte, precisa ter, porque se cultivar uma pele muito frágil, cairá sempre a cada alfinetada.

O padre Júlio Maria espetou Chico Xavier durante treze anos. Só parou quando morreu. E, nesse dia, Chico ouviu um vozeirão de seu guia:

Vamos orar pelo nosso irmão Júlio Maria. Com ele sempre tivemos um cooperador maravilhoso. Dava-nos coragem na luta e concitava-nos a trabalhar.

(Retirado do site de Aninha Spranger – Algumas Histórias de Chico Xavier.)



 


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