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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 314 - 2 de Junho de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 14)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Por que no caso de Marcondes, apesar das preces das religiosas que o cercavam, não havia paz nem esperança?  

A conduta que Marcondes tivera no mundo, eis a causa principal. Espíri­tos de péssima procedência o rodeavam. Alguns lhe eram adversá­rios pessoais, desde vidas anteriores; outros foram adquiridos na pre­sente reencarnação, e outros, ainda, eram simpatizantes e amigos daqueles a quem o fazendeiro prejudicara mais recentemente. É que, embora dispu­sesse de meios valiosos para gerar simpatia e bem-estar, preferiu Marcon­des a caminhada solitária do egoísmo, calcando sob os pés as oportunida­des que negara ao seu próximo. Semeador de males inúmeros, colhia agora os primeiros frutos amargos de sua plantação. A alucinação que dele se apossou fê-lo afastar-se de Deus e de qualquer sentimento religioso, divorciando-se das bênçãos da fé, que constitui lenitivo seguro nesses momentos. (Painéis da Obsessão, cap. 17, pp. 136 e 137.) 

B. Pode a obsessão dar origem a doenças orgânicas diversas? 

Sim. O caso de Marcondes era exemplo disso. Com a intensificação do processo obsessivo, produziam-se nele inevitáveis choques vibratórios que, ao largo do tempo, tiveram as primeiras brechas, em razão da intensidade com que eram emitidos seus pensamentos destrutivos, alimentados pela fúria das suas vítimas, no lar e fora dele, somando força devastadora. Lentamente as sucessivas ondas prejudiciais alcançaram-lhe os equipamentos orgâni­cos, desarticulando as defesas imunológicas que foram vencidas, degene­rando células e dando início, a princípio, à irrupção do bacilo de Koch. Há casos em que a incidência do pensamento maléfico, aceito pela mente culpada, destrambelha a intimidade da célula, interferindo no seu núcleo, acele­rando a sua reprodução e dando gênese a neoplasias e cânceres de variadas expressões. (Obra citada, cap. 17, pág. 138.) 

C. Cultivar pensamentos positivos ajuda as pessoas a manter a saúde equilibrada?  

Obviamente. Há enfermidades de diferentes procedências que se instalam sob a contribuição da conduta mental dos próprios pacientes, dando margem a fenômenos de autodestruição a curto ou largo prazo, de desarticulação das defesas psíquicas e orgânicas, quando irrompem problemas graves na área da saúde, com muitas dificuldades para uma diagnose correta, quanto para uma tera­pêutica segura. O homem é, intrinsecamente, o que pensa, sendo esse seu mecanismo mental o resultado de suas experiências pregressas, noutras reencarnações, o que motiva as fixações, as preferências e os ideais sus­tentados. É, pois, de mais alto valor o cultivo sistemático dos pen­samentos positivos, das ideias enobrecedoras, da conversação edificante, das aspirações otimistas, que facultam a renovação das paisagens íntimas e a substituição dos clichês infelizes, propiciadores de doenças, de tur­bações do raciocínio, de desajustes de todo tipo. (Obra citada, cap. 17, pp. 139 e 140.) 

Texto para leitura 

64. Uma vítima da própria maldade - Dr. Arnaldo lembrou que as dores do senhor Marcondes não se encerrariam com a morte. Espíri­tos de péssima procedência rodeavam o enfermo. Alguns lhe eram adversá­rios pessoais, desde vidas anteriores; outros foram adquiridos na pre­sente reencarnação, e outros, ainda, eram simpatizantes e amigos daqueles a quem o fazendeiro prejudicara mais recentemente. É que, embora dispu­sesse de meios valiosos para gerar simpatia e bem-estar, preferiu Marcon­des a caminhada solitária do egoísmo, calcando sob os pés as oportunida­des que negara ao seu próximo. Semeador de males inúmeros, colhia assim os primeiros frutos amargos de sua plantação. O médico mostrou a Philo­meno que, apesar das preces das religiosas que cercavam o doente, ali não luzia a paz, nem havia esperança. A alucinação que dele se apossou fê-lo afastar-se de Deus e de qualquer sentimento religioso, divorciando-se das bênçãos da fé, que constitui lenitivo seguro nesses momentos. Marcon­des, sempre estremunhado, cultivava formas-pensamentos que nutriam seus adversários desencarnados, recebendo deles, com incidência poderosa, a resposta, transformada em energia deletéria, que terminou por arruinar-lhe a vida física e a mental já seriamente abalada. O enfermo era exemplo típico da ação do petardo mental disparado pelo ódio contra alguém que o recebe, em sintonia de faixa psíquica equivalente. Há  pessoas que se fa­zem odiadas por milhões de criaturas e, aparentemente, prosperam, gozam de saúde, parecem viver felizes. Hitler, Stalin, Eichmann são exemplos disso... Mas esses, na verdade, não escaparão de si mesmos, vitimados na trama cruel que movimentaram contra a humanidade. Nestes casos de aparentes exceções, personagens de tal porte transformam-se em instrumentos da vida, que os homens necessitam sofrer, a fim de despertarem para os valo­res mais altos da existência. São látegos a zurzir com impiedade as espáduas da sociedade desatenta ou conivente, expiando suas arbitrariedades em mãos mais canibalescas, nos processos rigorosos da evolução. (N.R.: A submissão de Israel ao rei Nabucodonosor é explicada dessa mesma forma pelas Escrituras. Veja Jeremias, 28:14 e 29:10.)  Certamente a Divindade não precisa de homens arbitrários para estabelecer, na Terra, a justiça, o equilíbrio e a paz. Desde, porém, que se levantam esses tiranos, tor­nam-se eles mecanismos de provação e de expurgo, sob cujos propósitos su­cumbem os que se encontram incursos, como delinquentes, nos Soberanos Códigos, reparando assim os gravames e crimes perpetrados... Seu dia, po­rém, também chegará  e não ser  florido... (Cap. 17, pp. 136 e 137) 

65. Como a obsessão pode gerar enfermidades - O senhor Marcondes Leal entrara em estado de agonia. Um filete de sangue vivo escorria-lhe por um dos cantos dos lábios e a tosse impertinente, cansativa, obrigava-o a ex­pelir golfadas sanguíneas que o faziam rebolcar-se em aflição pungente. Uma religiosa orava, enquanto uma enfermeira experiente o assistia, aguardando o momento final, que se aproximava. Dr. Arnaldo Lustoza obser­vou: "Temos estudado a obsessão como fator desencadeante de enfermidades orgânicas. Agora temos um fenômeno com maior complexidade ante os nossos olhos". "Em face das suas atitudes, o nosso enfermo passou a sofrer o cerco das Entidades perversas que interferiam no seu comportamento mental com as naturais reações psicológicas e humanas. Simultaneamente, o desen­cadear da animosidade que as suas atitudes provocavam, fez que as pessoas passassem a desfechar-lhe flechadas mentais, desejando-lhe a ruína, a infelicidade, a morte. A princípio, em razão de encontrar-se mergulhado em verdadeira carapaça das próprias construções psíquicas, aqueles petardos não o atingiam com facilidade. Naturalmente se diluíam no choque vibrató­rio das suas resistências portadoras de teor diferente, em ondas de dis­persão, pelo que sua mente exteriorizava contra as demais pessoas. Produ­ziam-se, nesse campo magnético, inevitáveis choques vibratórios que, ao largo do tempo, tiveram as primeiras brechas, em razão da intensidade com que eram emitidos os pensamentos destrutivos, alimentados pela fúria das suas vítimas, no lar e fora dele, somando força devastadora. Lentamente as sucessivas ondas prejudiciais alcançaram-lhe os equipamentos orgâni­cos, desarticulando as defesas imunológicas que foram vencidas, degene­rando células e dando início, a princípio, à irrupção do bacilo de Koch, agora em fase final do processo." O médico informou, ainda, que há casos em que a incidência do pensamento maléfico, aceito pela mente culpada, destrambelha a intimidade da célula, interferindo no seu núcleo, acele­rando a sua reprodução e dando gênese a neoplasias e cânceres de variadas expressões. (Cap. 17, pág. 138) 

66. O homem é, intrinsecamente, o que pensa - "A mente – prosseguiu Dr. Arnaldo –  é dínamo gerador de energia cujo potencial e finalidade estão governados pelo comportamento moral, pelo desejo de quem os emite. Há enfermidades de diferentes procedências que se instalam sob a contri­buição da conduta mental dos próprios pacientes, dando margem a fenômenos de autodestruição a curto ou largo prazo, de desarticulação das defesas psíquicas e orgânicas, quando irrompem problemas graves na  área da saúde, com muitas dificuldades para uma diagnose correta, quanto para uma tera­pêutica segura. O homem é, intrinsecamente, o que pensa, sendo esse seu mecanismo mental o resultado das suas experiências pregressas, noutras reencarnações, o que motiva as fixações, as preferências, os ideais sus­tentados." "De mais alto valor, portanto, o cultivo sistemático dos pen­samentos positivos, das ideias enobrecedoras, da conversação edificante, das aspirações otimistas, que facultam a renovação das paisagens íntimas e a substituição dos clichês infelizes, propiciadores de doenças, de tur­bações do raciocínio, de desajustes de todo tipo." No caso do senhor Mar­condes, foram os petardos mentais dos encarnados que, por sintonia dele mesmo, desencadearam os distúrbios que o afligiram, dentro das balizas do seu programa cármico. Como ele se vinculava a outra  área de interesses, sintonizado com os Espíritos que lhe compartiam a economia emocional, mo­ral e espiritual, nada podia ser feito a seu favor. Evidentemente, nin­guém se encontra fora do amparo divino, mas todos experimentam as ações-reações daquilo que preferem, cultivam e distribuem. Ninguém foge de si mesmo e a colheita se faz compulsoriamente no mesmo campo e mediante os mesmos elementos espalhados. Philomeno comoveu-se ante o desfecho infeliz daquela existência, porquanto a cena da desencarnação era confrangedora. Não havia ali o concurso dos técnicos em libertação. O enfermo tombava no automatismo dos fenômenos biológicos, demorados, que se arrastam até o total desgaste dos fluidos e das forças vitais, prendendo o Espírito à matéria por largo tempo após a chamada morte orgânica, quando o cadáver entra em decomposição. Em grande sofrimento, Marcondes estertorava e emi­tia pensamentos de ira contra todos e tudo. A morte vencia a matéria, mas seu Espírito permanecia lúcido, agarrando-se aos despojos que se lhe ne­gavam ao comando, enquanto um dos obsessores presentes determinou a um auxiliar: "Já não demora. Em menos de dez minutos tudo estará  acabado. Vá  buscar os sugadores". (Cap. 17, pp. 139 e 140) 

67. Quatro sugadores se arrojam sobre o defunto - Irromperam, de sú­bito, no recinto quatro Entidades de aparência lupina, atadas a cordas, como se fossem cães, embora mantivessem alguns sinais humanoides, que emitiam contristadores uivos e se movimentavam, inquietas, nas mãos vigo­rosas que lhes sustentavam as correias presas aos pescoços. Marcondes percebeu chegar a hora e, aterrado, debateu-se, tentou gritar, mas a tosse rouca o venceu com brutal hemoptise, vitimando-o em definitivo. O vigilante perseguidor ordenou: "Soltem os animais!" As Entidades sinis­tras arrojaram-se então sobre o defunto e, numa cena perturbadora e as­querosa, sugaram as energias da pasta sanguínea e do cadáver, retirando por absorção bucal os fluidos empestados que eram eliminados. Atônito, e sem entender o que realmente acontecia, Marcondes ouviu-se chamado nominalmente pela voz apavorante do inclemente inimigo: "Marcondes, não há  tempo para repouso desnecessário. Você sempre dizia aos empregados e fa­miliares que é necessário estar desperto, agir... Acorde, não malbarate os minutos. A morte não dá repouso; prossegue a vida conforme cada qual a usa. Chegou a sua vez, miserável!" Ato contínuo, o obsessor passou a de­senredar o falecido dos seus despojos, usando de violência, o que produ­zia em Marcondes-Espírito lancinantes dores, que ele extravasava, a gritos confrangedores, recebidos com gargalhadas por seus perseguidores. Os su­gadores locupletavam-se sobre os restos mortais, como se fossem chacais famintos, e pareciam embriagar-se na volúpia com que se atiravam e rouba­vam as últimas energias do corpo em cadaverização. O vigoroso algoz, num gesto brusco, deslindou as últimas amarras fluídicas e, segurando, à força, o alucinado Marcondes, determinou que os animais fossem retirados e que todos eles saíssem. As Entidades reagiram, porque não desejavam abandonar o repasto, mas foram forçadas a chibatadas. O grupo apavorante retirou-se, então, com grande chocarrice, levando o recém-desencarnado. Começaria para o senhor Marcondes doloroso e demorado período de repara­ção, no qual a dor desempenharia o papel que ele não permitiu fosse rea­lizado pelo amor. (Cap. 17, pp. 141 a 143)

68. Conforme vive o homem, assim ele desencarna - A cena de vampi­rismo ocorrida no quarto do hospital levou Philomeno a demoradas re­flexões e preces pelo refazimento do Espírito do senhor Marcondes. O caso mostrava, indiscutivelmente, que, se a morte é o encerramento do ciclo biológico do ponto de vista físico, a libertação se dá sempre de acordo com os condicionamentos e vivências mantidos pelo indivíduo ao longo da existência. Não há, nos estatutos divinos, regimes de exceção. Cada pes­soa ascende na escala da evolução mediante os sacrifícios que se imponha. O estado mental e as ações morais da criatura humana respondem por suas legítimas conquistas, que se lhe incorporam inelutavelmente à realidade interior. Conforme o homem vive, assim ele desencarna, experimentando as companhias espirituais com as quais se afina, visto que os sentimentos cultivados se lhe transformam em amarras constritoras, ou asas de libera­ção. O vampirismo, em linha geral, constitui, pois, um estágio avançado de alienação e zoantropia dos desencarnados que tombaram nas garras da própria insânia, deixando-se dominar por mentes impiedosas da Erratici­dade inferior. O vampirismo entre desencarnados que se odeiam repre­senta lamentável acontecimento que sensibiliza e propõe imediata transformação em quem o observa, sem que os envolvidos na rude peleja consigam experimentar breve pausa que seja para reflexão ou repouso. Philomeno afirma que jamais vira cena igual à ocorrida com o senhor Marcondes, em­bora tivesse já acompanhado essas experiências em matadouros, quando hor­das ferozes se arrojavam sobre os animais abatidos. "Esse comércio entre as mentes atormentadas-atormentadoras – pondera Philomeno – é o resul­tado dos desmandos de uns e de outros, vítimas e algozes que se mancomu­nam, mediante inditosa vinculação, produzindo paisagens infinitamente contristadoras e gerando redutos coletivos de expiação inimaginável para os domiciliados no corpo físico." (Cap. 18, pp. 144 e 145)  (Continua no próximo número.) 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita