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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 315 - 9 de Junho de 2013

ADELVAIR DAVID
addavid@ig.com.br
Jales, SP (Brasil)

 
 



Momento consciencial
 

 
Um dos maiores atributos da vivência humana é o livre-arbítrio, porém, o seu maior aferidor e direcionador é a consciência. Impossível subtrair-se ao seu jugo.

Ela fixa definitivamente na intimidade do homem o que lhe definirá a felicidade ou a desdita. É claridade sobre todas as suas ações, de quem não pode evadir-se; sempre, dentro do nível de maturidade espiritual que possua, ela aparece indicando o que se deve ou não fazer, qual a melhor escolha, qual a decisão mais acertada, seja nas questões materiais, morais e/ou espirituais.

Lamentam muitos Espíritos já no grande Além, terem agido desta ou daquela forma; dizem que deveriam ter resolvido de outra maneira a querela que agora os tem prisioneiros. Sentem-se como animais presos a dimensionada corda, não conseguindo ir além, devido ao impedimento consciencial. Anunciam que em futuros compromissos agirão melhor. Há muita agonia, porém, não há dedo em riste que lhes aponte o mal; a realidade agora não permite esconderijos; as razões são todas veladas. Enganos, parcerias em desalinhos morais e conveniências indignas são gritos no silêncio emocional de cada um, tendo feito despertar a consciência.

O orgulho tem feito perder as melhores oportunidades de crescimento humano. Fascinado por ideias de maioridade moral antecipada, atira-se o homem a caminhos de valorização exterior, encontrando incautos como ele que o promove porque lhe são iguais. Cumprir judiciosamente o seu dever é convite urgente da vida. Embora o direito da escolha para se alterar a caminhada, necessário perguntar-se: A tarefa existencial da família, do trabalho, da amizade e da religiosidade fora integralmente cumprida? Mesmo que a resposta seja positiva, o que seria uma excepcionalidade, há que se saber se nestas tarefas foi alcançada a excelência da doação do amor, como a recomendou Jesus, na dimensão que cada uma delas solicita. A maioria dos seres humanos deseja ser senhor sem ter aprendido primeiro a ser servo. Já alertava o divino amigo: “[...] aquele que quiser tornar-se grande entre vós seja aquele que serve, e o que quiser ser o primeiro dentre vós, seja o vosso servo”.

O brilho fictício de que se reveste o homem momentaneamente dura pouco e, a seu tempo, aqui ou na vida espiritual, revelará a superfície arranhada sem acabamento moral que possa lhe dar descanso emocional; é o chamado momento consciencial que a todos comunicará as vitórias e os fracassos para devidas meditações e posterior resolução. Sendo herdeiro de si mesmo, aí se explicam os vários dramas do homem na Terra.

A caridade, sob qualquer aspecto é caminho iluminado, onde a treva do egoísmo perde o seu reinado.

A consciência deixa livre aquele que amou, ama, e se propõe continuar amando.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita