Momento consciencial
Um dos maiores atributos
da vivência humana é o
livre-arbítrio, porém, o
seu maior aferidor e
direcionador é a
consciência. Impossível
subtrair-se ao seu jugo.
Ela fixa definitivamente
na intimidade do homem o
que lhe definirá a
felicidade ou a desdita.
É claridade sobre todas
as suas ações, de quem
não pode evadir-se;
sempre, dentro do nível
de maturidade espiritual
que possua, ela aparece
indicando o que se deve
ou não fazer, qual a
melhor escolha, qual a
decisão mais acertada,
seja nas questões
materiais, morais e/ou
espirituais.
Lamentam muitos
Espíritos já no grande
Além, terem agido desta
ou daquela forma; dizem
que deveriam ter
resolvido de outra
maneira a querela que
agora os tem
prisioneiros. Sentem-se
como animais presos a
dimensionada corda, não
conseguindo ir além,
devido ao impedimento
consciencial. Anunciam
que em futuros
compromissos agirão
melhor. Há muita agonia,
porém, não há dedo em
riste que lhes aponte o
mal; a realidade agora
não permite
esconderijos; as razões
são todas veladas.
Enganos, parcerias em
desalinhos morais e
conveniências indignas
são gritos no silêncio
emocional de cada um,
tendo feito despertar a
consciência.
O orgulho tem feito
perder as melhores
oportunidades de
crescimento humano.
Fascinado por ideias de
maioridade moral
antecipada, atira-se o
homem a caminhos de
valorização exterior,
encontrando incautos
como ele que
o promove porque lhe
são iguais.
Cumprir judiciosamente o
seu dever é convite
urgente da vida. Embora
o direito da escolha
para se alterar a
caminhada, necessário
perguntar-se: A tarefa
existencial da família,
do
trabalho, da amizade e
da religiosidade fora
integralmente cumprida?
Mesmo que a resposta
seja positiva, o que
seria uma
excepcionalidade, há que
se saber se nestas
tarefas foi alcançada a
excelência da doação do
amor, como a recomendou
Jesus, na dimensão que
cada uma delas solicita.
A maioria dos seres
humanos deseja ser
senhor sem ter aprendido
primeiro a ser servo. Já
alertava o divino amigo:
“[...]
aquele
que quiser tornar-se
grande entre vós seja
aquele que serve, e o
que quiser ser o
primeiro dentre vós,
seja o vosso servo”.
O brilho fictício de que
se reveste o homem
momentaneamente dura
pouco e, a seu tempo,
aqui ou na vida
espiritual, revelará a
superfície arranhada sem
acabamento moral que
possa lhe dar descanso
emocional; é o chamado
momento consciencial que
a todos comunicará as
vitórias e os fracassos
para devidas meditações
e posterior resolução.
Sendo herdeiro de si
mesmo, aí se explicam os
vários dramas do homem
na Terra.
A caridade, sob qualquer
aspecto é caminho
iluminado, onde a treva
do egoísmo perde o seu
reinado.
A consciência deixa
livre aquele que amou,
ama, e se propõe
continuar amando.