Perdão - sabonete do
Espírito
Semelhantemente
ao
corpo
físico
que necessita de
um
banho diário
a
fim
de
que
o
mesmo
seja
limpo
das
sujeiras
e
suores
que nos
acompanham
durante
todo
dia, nosso
Espírito carece
de
assepsia,
a
fim
de se
expurgar
das
mazelas
que nos
enegrecem a
alma.
Como
o
sabonete
retira
as
imundícies
da
pele,
o
perdão
remove as
imperfeições
do
íntimo.
Ao agirmos,
saibamos
relevar
as
faltas
cometidas,
estando
cientes
de
que
ainda habitamos
um
mundo de
expiação
e
provas
e
que
muito aprenderemos, no
longo
caminho
evolutivo
rumo ao
conhecimento
absoluto. Perdoando-nos,
não
seremos
reféns
do
perfeccionismo.
Concernente
ao
próximo,
faz-se
mister
que não
acalentemos a
borrasca
intempestiva
da
fúria;
mas,
sim,
demos guarida
à
serenidade
e à
paciência;
assim removeremos a
sombra
do
ódio
que
nos tisna o Ser.
Atingindo-nos o
equívoco
alheio,
sejamos
complacentes
com
o
semelhante.
Agindo dessa
forma,
num
momento
de
humildade
e
onde
a
empáfia
não vigora, reconheceremos indiretamente
que,
igual
a
esse,
estamos
sujeitos
a
falhas.
Ao
depararmo-nos
com rusgas
passadas, não
abriguemos o
rancor
que
nos corrói
interiormente.
Cultivemos o
amor
fraternal que,
além
de
nos
limpar,
perfuma ao
redor
do
emissor.
Sentindo-nos
injustiçados, lembremo-nos do Cristo
que,
sem pecados,
foi julgado e
condenado à
pena
máxima;
entretanto, perdoou
seus
acusadores, mostrando-nos
que
realmente era
“limpo
de
coração”,
como nos
dissera no “Sermão
da
Montanha”.
Reparemos
esses
trechos bíblicos:
“Mas
todos clamaram a uma só voz, dizendo:
Fora
com este,
e solta-nos
Barrabás! Eles,
porém,
bradavam,
dizendo:
Crucifica-o!
crucifica-o!”;
“Jesus,
porém,
dizia:
Pai,
perdoa-lhes,
porque
não sabem o que
fazem...”; “Bem-aventurados
os
limpos
de
coração,
porque
eles verão
a Deus”. (Lucas
23:18,21,34;
Mateus
5:8.)
Sigamos a
recomendação
do querido
Mestre
Nazareno,
que respondendo ao
discípulo
Pedro
lhe
falou
que
seria
necessário
“perdoar
setenta
vezes
sete”,
ou seja,
indefinidamente.
Observemos
isso
a
seguir:
“Então
Pedro,
aproximando-se
dele,
lhe
perguntou:
Senhor,
até
quantas
vezes
pecará
meu
irmão contra
mim, e eu
hei de
perdoar?
Até
sete? Respondeu-lhe Jesus:
Não
te digo que
até sete;
mas até
setenta
vezes
sete”. (Mateus
18:21-22.)
Preocupemo-nos
fundamentalmente
com
a
limpeza
de
nosso
interior, recomendada
pelo
Excelso
Pegureiro
a
um
fariseu.
E, indignado, o
Sublime
Jardineiro
também corroborou
que
Deus, o Pai
Supremo,
igualmente
faz o
exterior.
Vejamos
esses
passos bíblicos
integralmente:
“Ao
que
o
Senhor
lhe
disse:
Ora
vós,
os
fariseus,
limpais o
exterior
do
copo
e do
prato;
mas o vosso
interior está
cheio
de
rapina
e
maldade.
Loucos! quem
fez o
exterior,
não
fez
também
o
interior?”
(Lucas
11:39-40.)
Não
é
difícil
lembrarmo-nos
desse
conselho
Divino sobre
o
perdão;
afinal,
ele
está exarado na
oração
do “Pai
Nosso”.
Ei-lo
adiante:
“e perdoa-nos as
nossas
dívidas,
assim
como nós
também temos perdoado aos
nossos
devedores”. (Mateus
6:12.)
Referências
bibliográficas:
Bíblia
Eletrônica:
http://www.rksoft.com.br/html/biblia.html