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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 315 - 9 de Junho de 2013

JOSUÉ DOUGLAS RODRIGUES 
josuedouglas.br@gmail.com
Itanhaém, SP (Brasil)

 
 


O pensamento

 
Formações fluídicas, forças ideoplásticas, formas-pensamento
são expressões que compõem a literatura espírita clássica, que inclui, além da obra basilar de Allan Kardec, psicografias de Francisco Cândido Xavier pelo Espírito de André Luiz, estudos desenvolvidos por Ernesto Bozzano e muitos outros. O aspecto essencial dessas expressões fixa-se na capacidade própria do pensamento de interferir nas realidades físicas e psíquicas do próprio indivíduo e do ambiente que o cerca. Essa interferência pode manifestar-se, por exemplo, sob a forma de cura, refazimento físico e psíquico, além da transmissão de eflúvios balsâmicos tranquilizantes e reanimadores para almas debilitadas ou, ainda, como manipulação da matéria bruta, própria da crosta terrestre, ou, então, da matéria sutil, comum no plano espiritual, sempre de acordo com objetivos específicos.

Kardec demonstra com maestria o alcance e as consequências do pensamento:

“Um pensamento superior, bem pensado, se me é permitido servir-me desta expressão, pode, segundo a sua força e elevação, impressionar mais ou menos a homens que nenhuma consciência tenham de se achar sob a sua influência; e também, muitas vezes, aquele que o emite não tem consciência do efeito que o seu pensamento vai produzir. É um jogo constante das inteligências humanas, resultante da ação recíproca de uma sobre as outras. Juntai a isto a ação dos desencarnados e calculai, se puderdes, a alta potência desta força composta de tantas forças reunidas”.

“Se fosse possível pôr em evidência o imenso mecanismo que o pensamento põe em atividade, e os efeitos que produz, de um para outro grupo e, enfim, a ação universal dos pensamentos dos homens, uns sobre os outros, o homem ficaria deslumbrado, sentir-se-ia amesquinhado diante desta infinidade de circunstâncias, diante dessa rede infinita; tudo ligado por uma poderosa vontade e agindo harmonicamente para um único fim: o progresso universal.” (Do livro “Obras Póstumas”, no capítulo: “Introdução ao Estudo da Fotografia e da Telegrafia do Pensamento”.)

Ainda a esse respeito, André Luiz nos traz, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, informações de seu instrutor no plano espiritual:

“O pensamento é, sem dúvida, força criadora de nossa própria alma e, por isto mesmo, é a continuação de nós mesmos. Através dele, atuamos no meio em que vivemos e agimos, estabelecendo o padrão de nossa influência, no bem ou no mal”. (Do livro “Libertação”, no capítulo XVII: “Assistência Fraternal”.)

O próprio André Luiz, em psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, aprofunda as reflexões sobre o tema:

“A partícula de pensamento, pois, como corpúsculo fluídico, tanto quanto o átomo, é uma unidade na essência, a subdividir-se, porém, em diversos tipos, conforme a quantidade, qualidade, comportamento e trajetórias dos componentes que a integram”.

“E assim como o átomo é uma força viva e poderosa na própria contextura, passiva, entretanto, diante da inteligência que a mobiliza para o bem ou para o mal, a partícula de pensamento, embora viva e poderosa na composição em que se derrama do Espírito que a produz, é igualmente passiva perante o sentimento que lhe dá forma e natureza para o bem ou para o mal, convertendo-se, por acumulação, em fluido gravitante ou libertador, ácido ou balsâmico, doce ou amargo, alimentício ou esgotante, vivificador ou mortífero, segundo a força do sentimento que o tipifica e configura, nomeável, à falta de terminologia equivalente, como “raio da emoção” ou “raio do desejo”, força essa que lhe opera a diferenciação de massa e trajeto, impacto e estrutura.” (Do livro “Evolução em Dois Mundos”, capítulo XIII: “Alma e Fluidos”, item referente à “Reflexão das Ideias”.)

Já para os Espíritos libertos do invólucro carnal, o pensamento age de uma forma própria desse estado, o que é descrito com clareza em “A Gênese”, capítulo XIV, item14:

“Os Espíritos agem sobre os fluidos espirituais, não que os manipulem como os homens manipulam os gases, mas com o auxílio do pensamento e da vontade. O pensamento e a vontade são para os Espíritos aquilo que a mão é para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem a tais fluidos esta ou aquela direção; eles os aglomeram, os combinam ou os dispersam; formam, com esses materiais, conjuntos que tenham uma aparência, uma forma, uma cor determinadas; mudam suas propriedades como um químico altera as propriedades dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo determinadas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual”.

“Algumas vezes, essas transformações são resultado de uma intenção; frequentemente, são o produto de um pensamento inconsciente; basta ao Espírito pensar numa coisa para que tal coisa se produza, assim como basta modular uma ária para que a música repercuta na atmosfera.”

Inferem-se de tais ensinamentos, o extraordinário poder e abrangência do pensamento e, se tal ocorre com os meios físicos e psíquicos externos ao indivíduo, quão decisiva será a influência do mesmo nas resoluções nobres e elevadas, tomadas com firmeza e determinação pelo mesmo, e quão exposto estará o incauto, que não tome a rédea dos próprios pensamentos, abrindo-se, dessa forma, ao assédio de forças nocivas criadas e acalentadas por ele próprio e por terceiros? 

Enfim, o pensamento é dádiva divina a ser administrada com dedicação suprema. Sobre isso o nobre Espírito Joanna de Ângelis esclarece:

“Por motivos óbvios, somente o ser humano pensa, é capaz de compreender abstrações, de conceber e antever o que lhe ocorre nos painéis da mente, e que pode materializar posteriormente através do empenho e da dedicação na construção das ideias”.

“Mediante o pensamento bem ordenado, todo o constructo do ser humano avança pelas vias formosas da saúde e da edificação interior, alcançando o elevado patamar da individuação.” (Do livro “Em Busca da Verdade”, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco.)

Assim sendo, o pensamento, esse poderoso dom divino, que é parte da própria essência do espírito humano, está presente de forma ininterrupta em nosso cotidiano. Não estarmos atentos e vigilantes quanto a isso pode ser desastroso! Sentimentos negativos de raiva, tristeza e frustração, dentre outros, aos quais muitas vezes somos levados de forma quase inconsciente, são fontes de dispersão de energias poderosas, que afetam de maneira significativa, não somente os que nos rodeiam, como também e, sobretudo, aqueles que os mantêm. Da mesma forma, disposições internas edificantes de honestidade e de bondade são invariavelmente respaldadas e ampliadas por forças provenientes, não somente desses pensamentos, mas também pela contribuição de Espíritos afins, que nos secundam de forma pronta e eficaz.

Mais uma vez, os alertas do Mestre Jesus mostram-se indispensáveis ao longo de nossa caminhada evolutiva. Orar e vigiar são providências essenciais para que possamos utilizar de forma livre, consciente e construtiva esse magnífico poder que recebemos gratuita e amorosamente do Pai Criador, caso contrário seremos vítimas incautas de nossa própria displicência.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita