Se a mão
é
“santa”,
o
Espírito
também
quer
ser!
Vejo, na
mídia,
notícias
sobre a
divulgação
de um
câncer
no
cérebro
do Oscar
“mão
santa”,
ex-jogador
de
basquete
da
Seleção
Brasileira
e do
Flamengo,
entre
muitas
outras
equipes.
Oscar
Schmidt
tem 55
anos e
já foi
operado
em 2011
mas o
tumor
reapareceu,
em
escala
de
agressividade
3 de um
máximo
de 4. A
imagem
pública
deste
homem é
a de um
sujeito
honrado,
trabalhador,
honesto,
pai de
família
exemplar
e atleta
dedicado,
referência
para a
juventude
que
busca
modelos
de
conduta
e
sucesso.
Para o
cidadão
comum,
acostumado
com os
conceitos
fragmentados
e os
julgamentos
apressados,
a doença
de Oscar
é uma
dura
sentença,
um
“castigo”:
- Como
pode um
homem
tão bom
receber
“de
Deus”
esse
tratamento?
Por que
ele?
Faltam
explicações
lógicas
e
coerentes
para
divisar
tão
grave
situação
que,
aliás,
pode
acontecer
com
qualquer
um de
nós,
nestas
andanças
pela
vida...
Há mais
de 150
anos, no
entanto,
a
Doutrina
dos
Espíritos
costuma
tratar o
tema com
acuidade
e
misericórdia,
proporcionando
ao
indivíduo
conhecer
a si
mesmo,
buscar
explicações
conforme
as Leis
Espirituais
que
governam
todos os
seres e
todos os
mundos e
afastando
o
entendimento
de
respostas
baseadas
na mera
credulidade
e nos
dogmas
religiosos.
Se a mão
é
“santa”,
o
Espírito
também
quer
ser!
Explicando:
o
Espírito
é o ser
imortal,
criatura
moldada
por Deus
no
estágio
inicial
de
simplicidade
e
ignorância,
para
progredir
passo a
passo, a
cada
experiência,
de
acordo
com suas
forças e
empenho.
A
“santidade”
a que
aspira
cada
Espírito
é a
condição
de
perfeição
relativa,
após
experienciar
todas as
fases
anteriores
de
despertamento.
Na
estrada,
os
sofrimentos
são
inerentes
às
escolhas
que
fazemos
e a
liberdade
de agir
nos
conduz à
posição
de
“senhores
de nós
mesmos”,
de
“pilotos”
de
nossos
corpos e
nossas
vidas.
Não há
dúvidas
de que o
“mão
santa”
está
experimentando
sofrimentos.
Dissabores.
Dúvidas.
Questionamentos.
Sofre o
corpo e
pode
estar
sofrendo,
também,
o
Espírito,
justamente
por não
conhecer,
por
vezes, a
razão
direta e
correlata
da
enfermidade
que o
visita –
mas que
não lhe
pertence.
Doenças,
dores,
infortúnios
não são,
nem de
longe,
“castigos
divinos”.
São
oportunidades.
Elas
fortalecem
as
“fímbrias
da
alma”,
os
valores
verdadeiros,
as
buscas e
as
conquistas.
Para a
Filosofia
Espírita,
muitas
das
dores
são
provações,
experimentos,
testes
para
demonstrar
o quanto
evoluímos,
na
superação
de
nossas
limitações
e no
exercício
de
nossas
capacidades
e
habilidades.
Não são,
como se
costuma
dizer,
mesmo
nos
ambientes
espíritas,
expiações
de
faltas
pretéritas.
Até
podem
ser. Mas
devemos
lembrar
que
estamos
aqui
fundamentalmente
não para
“resgatar”
o que
fizemos
de
errado
na mesma
moeda,
na mesma
paga,
mas para
demonstrar
que já
superamos
nossas
antigas
formas
de ver o
mundo e
de nos
comportarmos
diante
das
diversas
circunstâncias.
Encaremos
a
doença,
a dor, o
fracasso
como
experiências.
Somente
os
envolvidos
podem e
sabem
dar-lhes
o peso
devido.
Oscar
não é
nenhum
coitadinho,
desafortunado.
Com a
mesma
garra
que
enfrentou
adversários
e se
dedicou
a
preparação
integral
do
homem-atleta,
irá
encarar
de
frente
mais
esta
“partida”.
E sairá
vencedor,
sem que
isso
represente
a “cura”
completa
da
enfermidade
e a sua
sobrevivência,
embora
seja
isso que
nós,
brasileiros
e fãs,
desejemos.
Força,
Oscar.
Seu
Espírito
será
“santo”
após
esta e
tantas
outras
batalhas
que irás
travar
contra
tuas
imperfeições.
Assim
como
nós!