Na edição de hoje vamos
atender a sugestões que nos
foram feitas por dois amigos
e colaboradores de nossa
revista.
1. Conjugação do verbo
delinquir.
Originário do latim
delinquere, delinquir
significa cometer falta,
crime, delito.
Trata-se de um verbo
defectivo em que falta a
forma verbal pertinente à 1ª
pessoa singular do presente
do indicativo e, por
consequência, não apresenta
as formas verbais do
presente do subjuntivo.
O presente do indicativo
conjuga-se assim: (tu)
delinques, (ele) delinque,
(nós) delinquimos, delinquis,
delinquem.
Em face disso, o imperativo
só possui as formas delinque
(tu), delinqui (vós).
Como sabemos, delinquir
era escrito com trema, mas o
trema não mais é utilizado
nas palavras próprias do
idioma português.
Observe-se, porém, que na
pronúncia da última sílaba a
letra “u” deve ser destacada
(u-ir).
2. Brasileiros e
brasileiras.
Utilizada pelo então
presidente José Sarney, a
expressão "brasileiros e
brasileiras" se justificava
pelo desejo daquele político
de ser agradável às
mulheres. É claro que
bastaria no seu discurso o
vocativo “brasileiros”, que
abrange homens e mulheres,
mas, ao lhe acrescentar a
palavra “brasileiras”,
Sarney quis dar à sua fala
uma ênfase especial,
destacando o elemento
feminino, algo muito comum
no discurso de nossos
políticos.
3. Pronúncia de Emmanuel.
Referindo-se ao ex-mentor
espiritual de Chico Xavier,
muitos espíritas no Brasil
preferem dizer “Emmanuél”,
com ênfase na última sílaba.
A palavra seria, a exemplo
de Manuel, oxítona. Outros,
como é o caso do próprio
Chico Xavier, dizem “Emmânuel”.
Segundo a obra Expoentes
da Codificação Espírita,
publicada pela Federação
Espírita do Paraná, o então
deputado Freitas Nobre teria
declarado na noite de 27 de
julho de 1971 em programa na
TV Tupi que, ao escrever um
livro sobre o padre José de
Anchieta, teve oportunidade
de encontrar e fotografar
uma assinatura de Manoel da
Nóbrega, como "E. Manuel".
De acordo com seu
entendimento, o "E" inicial
se deveria à abreviatura de
"Ermano", o que, ainda de
acordo com o seu
entendimento, autorizaria a
que o nome fosse grafado
Emanuel, com um "M" apenas e
pronunciado com acentuação
oxítona.
De nossa parte, observamos
que a pronúncia sugerida por
Freitas Nobre era
generalizada no país, até
que no programa Pinga-Fogo
da TV Tupi apareceu Chico
Xavier pronunciando-a de
forma diferente. Desde
então, por influência do
saudoso médium, a pronúncia
preferida pela maioria dos
espíritas tem sido “Emmânuel”,
e até Divaldo Franco a tem
utilizado.