Responsabilidade
mediúnica
é tema de
seminário
em São Paulo
O evento reuniu
trabalhadores da região
da USE Distrital Vila
Maria, que o promoveu e
realizou
A União das Sociedades
Espíritas do Estado de
São Paulo – Distrital
Vila Maria realizou
seminário sobre
“Responsabilidade
Mediúnica”, em 25 de
maio de 2013, na sede de
uma das sete
instituições que compõem
o órgão da região norte
paulista (fotos).
A iniciativa nasceu de
pedidos dos dirigentes e
trabalhadores das Casas
Espíritas que entendem
necessário reciclar
constantemente as
informações sobre esse e
outros temas
doutrinários.
Após breve apresentação
institucional da USE
Distrital Vila Maria, o
expositor Sylvio
Mendonça (presidente da
USE Intermunicipal
Jundiaí) iniciou a
exposição de um conteúdo
que mesclou teoria e
citações de experiência
prática, haja vista ter
ele vasta experiência na
área da qual é
trabalhador há décadas.
As obras de Allan
Kardec, em especial as
relacionadas ao tema
mediunidade, foram
apresentadas como as
mais importantes a serem
estudadas, debatidas e
entendidas para
posterior trabalho nas
reuniões mediúnicas.
Autores como Herculano
Pires, Hermínio Miranda
e Manoel Philomeno de
Miranda (Espírito)
também foram bastante
utilizados no decorrer
da apresentação, em
virtude da grande
quantidade de
informações (todas elas
totalmente de acordo com
a base kardequiana)
confiáveis e úteis na
prática mediúnica.
“Nenhum autor
dispensa análise
criteriosa de seus
apontamentos tendo como
referências as obras
fundamentais da Doutrina
Espírita, codificadas
pelo Mestre Allan Kardec”,
afirmou Sylvio Mendonça
alertando para a invasão
de obras ditas
espíritas, mas que
oferecem conteúdos
equivocados quando
analisados a partir dos
critérios kardequianos e
do bom senso.
Muito mais do que estudo
doutrinário, porém, a
reunião mediúnica deve
obedecer a alguns pontos
essenciais, entre eles a
formação de um grupo o
mais homogêneo e
harmonioso possível.
Isso porque o respeito,
o afeto e o pensamento
unido em torno de um
mesmo ideal são a base
para um ambiente
fraternal onde a
Espiritualidade encontra
energias positivas
necessárias para a
atuação efetiva.
Foi extremamente
esclarecedor e
importante o destaque
dado por Mendonça para o
papel de cada componente dentro das reuniões. E,
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Público presente ao evento |
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Sylvio Mendonça, Presidente da USE Intermunicipal de Jundiaí e Madalena, sua esposa |
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Severino Gomes, Roberto Storai, Martha Rios, Viviane Albuquerque, Isaura e Gildo Portero |
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Todos os participantes foram presenteado
com um livro, jornais e revistas espíritas |
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Os presentes aprovaram, também,
o saboroso lanche oferecido. |
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ao
contrário
do que
alguns
pensam,
“cabem
aos encarnados funções
como seleção de pessoal,
orientação
sincera
aos
integrantes
do grupo
e
tomadas
de
decisões
para que
a
atividade
possa
ser
desenvolvida
da
melhor
forma
possível”. |
O famoso melindre –
infelizmente, muito
comum dentro das
instituições espíritas,
em uma demonstração
clara da falta de
entendimento e prática
da doutrina – não foi
esquecido, como comentou
uma das participantes,
Cida Alvarez: “É
muito difícil para o
Dirigente das reuniões
lidar com esse tipo de
comportamento, mas é
necessário pensar sempre
no bem coletivo, mesmo
que isso significa
desagradar um indivíduo”.
Ainda sobre esse tema o
debate levou à lógica
conclusão de que é papel
dos encarnados lidar e
resolver esse problema,
sem esperar da
Espiritualidade uma
atuação que não lhe
compete.
Espiritismo (também)
para os vivos
Muito mais do que ceder
espaço, oferecer cursos
e materiais diversos
sobre o assunto, cabe à
Casa Espírita observar e
conhecer o máximo
possível os seus
colaboradores. Foi
destacado que o meio
espírita sempre oferece
o melhor possível aos
desencarnados que
comparecem às reuniões
mediúnicas (o que é
importante e necessário,
devendo permanecer neste
tipo de comportamento),
porém, nem sempre se
oferece atenção e afeto
ao colaborador e ao
público formado pelos
encarnados.
Faz-se necessário
conhecer de verdade as
pessoas com quem
convivemos na
instituição espírita.
Somente assim
constituiremos
verdadeiras “famílias”,
com membros que se
auxiliam e aprendem
mutuamente. Para isso
precisamos dedicar nosso
tempo ao cultivo das
relações. Diferente de
“bisbilhotar” a vida
alheia, o que se
pretende é aprofundar o
nível de amizade com o
único objetivo de criar
laços verdadeiros de
carinho e apoio mútuo.
Dentre os exemplos
citados pelos presentes
para atingir esse nível
de relacionamento,
destacamos: chegar mais
cedo à Casa Espírita
para conversas amigáveis
e saudáveis, visitas ao
lar dos amigos nos
aniversários ou em
outras datas, programas
comuns como ir ao
cinema, ao teatro etc. “No
nosso grupo comemoramos
o aniversário de cada
componente do grupo. É
uma delícia”,
afirmou Madalena
Mendonça, esposa do
orador.
O termo animismo também
foi explorado não como
algo negativo, mas como
uma forma de expressão
do Espírito do médium
que, como qualquer
outro, possui
experiências múltiplas e
conhecimento construído
ao longo delas, sendo,
portanto, dignas de
serem observadas. “Notemos
que um dos caminhos para
sabermos se a
comunicação é anímica ou
não é conhecer
verdadeiramente o
componente do grupo”,
enfatizou Sylvio.
Da mesma maneira, a
fraude – quando a pessoa
está consciente do que
fala e faz, mas finge
estar dando comunicação
mediúnica, normalmente
para enaltecer a si
própria e/ou para
defender ideias próprias
e geralmente contrárias
à doutrina – também foi
mencionada, mas como
algo inaceitável dentro
da comunicação
mediúnica.
As cerca de quarenta
pessoas presentes ao
evento avaliaram-no como
muito bom e entenderam
que as informações
proporcionadas pelo
expositor e pelo debate
efetuado servirão de
base para muitas
reflexões e até mesmo
eventuais mudanças nas
atividades mediúnicas em
que participam. “Tenho
81 anos e mais de 50
atuando como médium,
porém tenho consciência
de que sempre há muito a
aprender”, finalizou
Severino N. Gomes, em
uma clara demonstração
de humildade. Essa, uma
das mais essenciais
virtudes ao bom
exercício mediúnico.
Nota da autora:
As fotos que ilustram
esta reportagem foram
feitas por Viviane
Albuquerque.
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