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Questões Vernáculas
Ano 7 - N° 317 - 23 de Junho de 2013
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
BLOG
ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 

 

Estive em Recife. Vim de Recife. Vou a Recife ver a copa.

Estive no Recife. Vim do Recife. Vou ao Recife ver a copa.

Qual das formas acima é a correta?

Para Napoleão Mendes de Almeida, o nome da capital de Pernambuco não deve ser antecedido do artigo definido “o”. Então, a forma correta, para ele, seria: Estive em Recife. Vim de Recife. Vou a Recife ver a copa. (Cf. Dicionário de Questões Vernáculas, p. 263.)

Na grande imprensa, as opiniões se dividem, embora a maioria admita o artigo definido “o” antes do nome da capital pernambucana. Assim, segundo tal pensamento, a forma certa é: Estive no Recife. Vim do Recife. Vou ao Recife ver a copa.

Há quem diga que nada irrita mais o pernambucano do que ler textos que seguem o modelo sugerido por Napoleão Mendes de Almeida. A esse respeito, vários intelectuais pernambucanos já se pronunciaram, entre eles Gilberto Freyre, em seu livro "O Recife, sim! Recife, não!", em 1960. Sobre o tema, se pronunciou o historiador pernambucano José Antônio Gonçalves de Melo: "Porque se originou de um acidente geográfico - o recife ou o arrecife - a designação do Recife não prescinde do artigo definido masculino: o Recife e nunca Recife". 

Aplicar-se-ia a esse nome o mesmo critério adotado com os nomes que identificam a cidade do Rio de Janeiro, o Crato, o Cabo de Santo Agostinho e vários outros.

*

Existe o verbo “esterçar”?

A dúvida advém do fato de que a palavra não é registrada no dicionário Aurélio.

Esterçar existe, sim, e está registrado no VOLP, no dicionário Morais e no Houaiss. Seu significado é: mover à direita e à esquerda o volante do automóvel.  
 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita