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O Espiritismo responde
Ano 7 - N° 321 - 21 de Julho de 2013
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
A leitora Filomena Branco, radicada em Portugal, em carta publicada na edição anterior desta revista, perguntou-nos se as expressões “princípio inteligente” e “princípio espiritual” são dois termos que se utilizam para designar uma mesma coisa, ou designam fases distintas da evolução.

A questão proposta não deveria ser, mas é, como a leitora observou, bastante complexa.

Vejamos estes dois textos colhidos, respectivamente, nas obras de André Luiz e Emmanuel (os grifos a seguir são nossos):

“Quero dizer, André, que o princípio espiritual, desde o obscuro momento da criação, caminha sem detença para frente. Afastou-se do leito oceânico, atingiu a superfície das águas protetoras, moveu-se em direção à lama das margens, debateu-se no charco, chegou à terra firme, experimentou na floresta copioso material de formas representativas, ergueu-se do solo, contemplou os céus e, depois de longos milênios, durante os quais aprendeu a procriar, alimentar-se, escolher, lembrar e sentir, conquistou a inteligência... Viajou do simples impulso para a irritabilidade, da irritabilidade para a sensação, da sensação para o instinto, do instinto para a razão. Nessa penosa romagem, inúmeros milênios decorreram sobre nós. Estamos, em todas as épocas, abandonando esferas inferiores, a fim de escalar as superiores. O cérebro é o órgão sagrado de manifestação da mente, em trânsito da animalidade primitiva para a espiritualidade humana.” (No Mundo Maior, de André Luiz, cap. 4, pp. 56 a 59.)

“No infinito do Universo, a evolução do princípio espiritual tem de escapar a todas as vossas limitações de tempo e de espaço, na tábua dos valores terrestres. As aquisições de cada indivíduo resultam da lei do esforço próprio no caminho ilimitado da criação, destacando-se daí as mais diversas posições evolutivas das criaturas e compreendendo-se que tempo e espaço são laboratórios divinos, onde todos os princípios da vida são submetidos às experiências do aperfeiçoamento, de modo que cada um deva a si mesmo todas as realizações, no dia de aquisição dos mais altos valores da vida.” (O Consolador, de Emmanuel, questão 86.)

Observe-se que André Luiz e Emmanuel, nas obras citadas, não usam a expressão princípio inteligente em momento nenhum, preferindo a expressão princípio espiritual, que não tem, no entanto, guarida na principal obra espírita –  O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, como podemos verificar à vista dos trechos abaixo reproduzidos, nos quais a expressão princípio inteligente é utilizada com o mesmo sentido que André Luiz e Emmanuel deram à expressão princípio espiritual:

“Que é o espírito? – O princípio inteligente do Universo.” (L.E., questão 23.)

“Pois que há dois elementos gerais no Universo: o elemento inteligente e o elemento material, poder-se-á dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente, como os corpos inertes o são do elemento material? – Evidentemente. Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.” (L.E., questão 79.)

“Que definição se pode dar dos Espíritos? – Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material.” (L.E, questão 76.)

“A palavra Espírito é empregada aqui para designar as individualidades dos seres extracorpóreos e não mais o elemento inteligente do Universo.” (L.E, nota aposta à questão 76.)

“Donde tiram os animais o princípio inteligente que constitui a alma de natureza especial de que são dotados? – Do elemento inteligente universal.” (L.E., questão 606.)

“Então, emanam de um único princípio a inteligência do homem e a dos animais? – Sem dúvida alguma, porém, no homem, passou por uma elaboração que a coloca acima da que existe no animal.” (L.E., questão 606-a.)

A mesma ideia esboçada em O Livro dos Espíritos aparece em O Livro dos Médiuns, como adiante se vê:

“Seja qual for a ideia que dos Espíritos se faça, a crença neles necessariamente se funda na existência de um princípio inteligente fora da matéria.” (L.M., cap. I, item 1.)

“Numerosas observações e fatos irrecusáveis, de que mais tarde falaremos, levaram à consequência de que há no homem três componentes: 1º, a alma, ou Espírito, princípio inteligente, onde tem sua sede o senso moral; 2º, o corpo, invólucro grosseiro, material, de que ele se revestiu temporariamente, em cumprimento de certos desígnios providenciais; 3º, o perispírito, envoltório fluídico, semimaterial, que serve de ligação entre a alma e o corpo.” (L.M., cap. I, item 54.)

"Depois da morte do animal, o princípio inteligente que nele havia se acha em estado latente e é logo utilizado, por certos Espíritos incumbidos disso, para animar novos seres, em os quais continua ele a obra de sua elaboração. Assim, no mundo dos Espíritos, não há, errantes, Espíritos de animais, porém unicamente Espíritos humanos." (L.M., cap. XXV, item 283, pergunta 36ª.)

Curiosamente, em A Gênese o Codificador do Espiritismo preferiu a expressão princípio espiritual, como podemos verificar no cap. IV, item 16, e no cap. XI, itens 1 e 2. Chama-nos a atenção, nessa obra, o trecho adiante reproduzido, em que utiliza princípio espiritual com o mesmo sentido de princípio inteligente mencionado em O Livro dos Espíritos:

“A existência do princípio espiritual é um fato que, por assim dizer, não precisa de demonstração, do mesmo modo que o da existência do princípio material. E, de certa forma, uma verdade axiomática. Ele se afirma pelos seus efeitos, como a matéria pelos que lhe são próprios. De acordo com este princípio: ‘Todo efeito tendo uma causa, todo efeito inteligente há de ter uma causa inteligente’, ninguém há que não faça distinção entre o movimento mecânico de um sino que o vento agite e o movimento desse mesmo sino para dar um sinal, um aviso, atestando, só por isso, que obedece a um pensamento, a uma intenção. Ora, não podendo acudir a ninguém a ideia de atribuir pensamento à matéria do sino, tem-se de concluir que o move uma inteligência à qual ele serve de instrumento para que ela se manifeste.” (A Gênese., cap. XI, item 1.)

Já na Revue Spirite, em inúmeras passagens, Kardec usa a expressão princípio inteligente como sinônimo de alma, o que é possível verificar na Revue de 1861, pág. 242; na Revue de 1864, pp. 138 e 139; na Revue de 1865, pág. 95, e na Revue de 1868, págs. 259 e 260, conferindo à expressão princípio espiritual a ideia de elemento espiritual, em oposição a elemento material.

Concluindo, entendemos, à vista do que foi exposto, que devemos usar a expressão princípio espiritual como elemento, em oposição a princípio material, reservando a expressão princípio inteligente para os casos em que queremos referir-nos à parte imaterial individualizada presente nos seres vivos que sobrevive ao fenômeno da morte. No caso dos animais e dos homens, a essa parte imaterial individualizada o Espiritismo dá o nome de alma.


 


 
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