Trabalhos
imediatos
“Apascentai o
rebanho de Deus
que está entre
vós, tendo
cuidado dele,
não por força,
mas
espontaneamente,
segundo a
vontade de Deus;
nem por torpe
ganância, mas de
ânimo pronto.”
— (1ª Epístola
de Pedro, cap.
5, versículo 2.)
Naturalmente, na
pauta das
possibilidades
justas, ninguém
deverá negar
amparo ou
assistência aos
companheiros que
acenam de longe
com solicitações
razoáveis;
entretanto,
constitui-nos
obrigação
atender ao
ensinamento de
Pedro, quanto
aos nossos
trabalhos
imediatos.
Há criaturas que
se entregam
gostosamente à
volúpia da
inquietação por
acontecimentos
nefastos,
planejados pela
mente enfermiça
dos outros e
que,
provavelmente,
nunca
sobrevirão.
Perdem longo
tempo receitando
fórmulas de ação
ou desferindo
lamentos
inúteis.
A lavoura alheia
e as ocorrências
futuras, para
serem
examinadas,
exigem sempre
grandes
qualidades de
ponderação.
Além do mais, é
imprescindível
reconhecer que o
problema
difícil, ao
nosso lado ou a
distância de
nós, tem a
finalidade de
enriquecer-nos a
experiência
própria,
habilitando-nos
à solução dos
mais intrincados
enigmas do
caminho.
Eis a razão pela
qual a nota de
Simão Pedro é
profunda e
oportuna, para
todos os tempos
e situações.
Atendamos aos
imperativos do
serviço divino
que se localiza
em nossa
paisagem
individual, não
através de
constrangimento,
mas pela boa
vontade
espontânea,
fugindo cada vez
mais aos nossos
interesses
particularistas
e de ânimo firme
e pronto para
servir ao bem,
tanto quanto nos
seja possível.
Às vezes, é
razoável
preocupar-se o
homem com a
situação
mundial, com a
regeneração das
coletividades,
com as posições
e
responsabilidades
dos outros, mas
não é justo
esquecermo-nos
daquele “rebanho
de Deus que está
entre nós”.
Do cap. 26 do
livro Pão
Nosso, de
Emmanuel, obra
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.