Aos fiéis a
Allan Kardec
Sendo todo
Espírito um
livre-pensador,
como designou
Allan Kardec, é
natural que
existam
diferentes
vertentes de
pensamento e
entendimento dos
seus ensinos,
que cintilam em
torno do que
trouxeram os
Espíritos
responsáveis
pela Codificação
da Doutrina
Espírita.
Encontramos,
porém, alguns
que, mesmo
considerando-se
espíritas,
insistem
equivocadamente
em caminhar
professando
Espiritismo
longe das bases
em que ele foi
edificado.
Quando
aprendemos
Espiritismo,
cultivando as
bases da
racionalidade e
do bom senso,
geralmente somos
impulsionados a
nos colocar como
opositores a
todas as
manifestações
contrárias ou
doutrinariamente
distorcidas.
Aprendemos com
Léon Denis, em
sua magistral
obra “No
Invisível”, que
“Saber é o
supremo bem, e
todos os males
provêm da
ignorância”.
Assim, devemos
respeitar essas
diferenças e
apenas aguardar
que o
amadurecimento
natural das
ideias,
promovido pelo
despertar da
consciência,
ocorra.
Combater esses
conceitos
equivocados
causa mais ajuda
para que eles
prossigam, do
que ignorá-los,
pois combater é
uma maneira de
divulgar.
Para que um
livro alcance
grandes cifras
de vendagem,
basta correr o
livre boato de
que: “É bom não
ler...”, que
rapidamente
todos se sentem
impelidos a
comprá-lo num
impulso
destituído de
razão.
Diante dos que
professam
Espiritismo sem
comprometimento,
nos detenhamos a
prosseguir com
Kardec.
Aos que escrevem
oferecendo
informações que
não podem ser
defendidas pelo
bom senso,
divulguemos
Kardec.
Em resposta às
divulgações que
multiplicam
falsas
novidades,
iluminar com
Kardec.
Claro que
devemos oferecer
esclarecimento
aos que buscam
orientação
correta, porém,
os divulgadores
descomprometidos
não querem
respostas, mas
sim, divulgar
suas certezas
fundadas na
ficção do pouco
estudo.
Verdadeiramente
comprometidos
com Kardec, são
aqueles que não
dispõem de tempo
para atacar ou
combater o que é
frágil e será
consumido
inevitavelmente
pela Lei do
Progresso.
As trevas nunca
consumiram as
trevas, mas o
poder luminoso
das ideias
edificantes se
soma e absorve,
ao invés de
eliminar, a
escuridão da
ignorância.
Desavisados,
muitas vezes,
servimos aos
interesses que
desejamos
combater e
gastamos
vitalidade e
tempo na direção
contrária aos
objetivos
esclarecedores.
Divulgar o mal é
servi-lo, e
trabalhar para o
esclarecimento é
acender a luz da
solidez
espírita,
comprometidos
com aquele que
foi instrumento
para trazê-la ao
mundo e
respeitar com
silêncio os que
caminham sem
esse
entendimento.