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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 334 - 20 de Outubro de 2013

ROOSEVELT ANDOLPHATO TIAGO
www.roosevelt.net.br
Barra Bonita, SP (Brasil)

 
 



Aos fiéis a Allan Kardec


Sendo todo Espírito um livre-pensador, como designou Allan Kardec, é natural que existam diferentes vertentes de pensamento e entendimento dos seus ensinos, que cintilam em torno do que trouxeram os Espíritos responsáveis pela Codificação da Doutrina Espírita.

Encontramos, porém, alguns que, mesmo considerando-se espíritas, insistem equivocadamente em caminhar professando Espiritismo longe das bases em que ele foi edificado.

Quando aprendemos Espiritismo, cultivando as bases da racionalidade e do bom senso, geralmente somos impulsionados a nos colocar como opositores a todas as manifestações contrárias ou doutrinariamente distorcidas.

Aprendemos com Léon Denis, em sua magistral obra “No Invisível”, que “Saber é o supremo bem, e todos os males provêm da ignorância”. Assim, devemos respeitar essas diferenças e apenas aguardar que o amadurecimento natural das ideias, promovido pelo despertar da consciência, ocorra.

Combater esses conceitos equivocados causa mais ajuda para que eles prossigam, do que ignorá-los, pois combater é uma maneira de divulgar.

Para que um livro alcance grandes cifras de vendagem, basta correr o livre boato de que: “É bom não ler...”, que rapidamente todos se sentem impelidos a comprá-lo num impulso destituído de razão.

Diante dos que professam Espiritismo sem comprometimento, nos detenhamos a prosseguir com Kardec.

Aos que escrevem oferecendo informações que não podem ser defendidas pelo bom senso, divulguemos Kardec.

Em resposta às divulgações que multiplicam falsas novidades, iluminar com Kardec.

Claro que devemos oferecer esclarecimento aos que buscam orientação correta, porém, os divulgadores descomprometidos não querem respostas, mas sim, divulgar suas certezas fundadas na ficção do pouco estudo.

Verdadeiramente comprometidos com Kardec, são aqueles que não dispõem de tempo para atacar ou combater o que é frágil e será consumido inevitavelmente pela Lei do Progresso.

As trevas nunca consumiram as trevas, mas o poder luminoso das ideias edificantes se soma e absorve, ao invés de eliminar, a escuridão da ignorância.

Desavisados, muitas vezes, servimos aos interesses que desejamos combater e gastamos vitalidade e tempo na direção contrária aos objetivos esclarecedores.

Divulgar o mal é servi-lo, e trabalhar para o esclarecimento é acender a luz da solidez espírita, comprometidos com aquele que foi instrumento para trazê-la ao mundo e respeitar com silêncio os que caminham sem esse entendimento.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita