Na psicologia contemporânea,
a análise da evolução de
trauma emocional deve seguir
o seguinte sentido. O Trauma
é seguido de um estado
Confusional, depois, de uma
Não Aceitação, depois exige
um período de
Racionalização, para só
então o indivíduo voltar ao
equilíbrio do qual se
afastou pela dor sofrida.
Se observarmos bem essa
dinâmica do sofrimento,
veremos que o maior
obstáculo para que o
indivíduo volte à harmonia,
após um processo doloroso, é
a não aceitação, que pode
ser manifestada como
revolta, amargura, mágoa,
indignação etc.
O caso que apresentaremos
hoje mostra uma orientação
dada por Emmanuel, através
de Chico, para uma senhora
que acabara de perder dois
filhos em um acidente.
Ouçamos o caso.
As palavras de Chico Xavier
estão sempre revestidas de
luz, descortinando novos
caminhos para os nossos
passos. Ele é uma fonte
inesgotável de bênçãos,
dessedentando os corações
cansados de sofrer no vale
das provações humanas. Por
isto, quando ele fala, todas
as vozes se emudecem e todos
os ouvidos se aguçam, a fim
de guardar-lhe os
ensinamentos nos escrínios
da própria alma.
Recordo-me de que, há muito
tempo, uma mãe aflita, ao
debruçar-se-lhe sobre os
ombros, indagou em lágrimas:
"Chico, o que vou fazer
agora da minha vida?! Perdi
os meus filhos, Chico, num
desastre... Morreram os
dois... A minha dor é
terrível... Estou
desesperada..."
O episódio nos comovia a
todos, no "Grupo Espírita da
Prece", em Uberaba.
Fitando-a com os olhos
igualmente repletos de
lágrimas, o incansável servo
do Cristo lhe respondeu:
"Filha, o nosso Emmanuel
sempre me diz que a
aceitação de nossos
problemas, sejam eles quais
forem, representa cinquenta
por cento da solução dos
mesmos; os outros cinquenta
por cento vêm com o tempo...
Tenhamos paciência e fé,
pois não estamos
desamparados pela Bondade
Divina."
Bastou que ouvisse essas
palavras do Chico, para que
aquela senhora se acalmasse
em uma cadeira próxima,
começando a refletir sobre
os Desígnios de Deus.
De nossa parte, ficamos
também, em silêncio, a
meditar na grandeza da lição
daquela hora, a respeito da
aceitação do sofrimento,
perguntando a nós mesmos
quantas dores maiores
poderíamos evitar, se nos
resignássemos ante as dores
aparentemente sem remédio
que nos visitam no
cotidiano...
Fonte:
http://www.mundodasmensagens.com
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