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Internacional
Ano 7 - N° 340 - 1º de Dezembro de 2013
DELCIO CARVALHO
delciocarvalho@terra.com.br
Porto Alegre, RS (Brasil)
 




Leiria foi o palco do Congresso Espírita Português 

Divaldo Franco foi um dos oradores convidados para falar no evento, que teve por tema “Mediunidade, uma visão de futuro”

Nas instalações da Associação Espírita de Leiria realizou-se nos dias 16 e 17 de novembro, subordinado ao tema "Mediunidade, uma visão de futuro",mais um Congresso Espírita Português. Divaldo Franco e José Araújo, ambos médiuns em atividade no Brasil, foram alguns dos oradores convidados.

O evento iniciou-se na manhã do dia 16, sábado, com presença na mesa diretora de D. Isabel Saraiva, fundadora e presidente da Associação Espírita de Leiria, do engenheiro Vitor Féria, presidente da Federação Espírita Portuguesa e do médium Divaldo Franco.

Isabel Saraiva fez a prece de abertura, e na sequência, Vitor Féria usou a palavra, explicando o alto significado do Congresso e agradecendo a cooperação de todas as Entidades e pessoas presentes. Em seguida, o mestre de cerimônia entreteceu considerações em torno do magno evento e uma jovem procedeu à apresentação de Divaldo Franco, de imediato passando-lhe a palavra.

Divaldo abordou o tema da mediunidade, explicando as dificuldades enfrentadas pelos médiuns no passado e no presente, ante três adversários que se lhes apresentaram: os de natureza científica, os de base religiosa e, por fim, os defluentes da ignorância popular. Divaldo analisou cada um deles, especialmente a tese do dr. Pierre Janet, discípulo do eminente Jean Martin Charcot, que apresentou no ano de 1889 o livro intitulado Automatismo Psicológico, reduzindo todas as manifestações mediúnicas a transtornos da personalidade, histeria, epilepsia, esquizofrenia etc.  

Aspecto do público

Momento em que foi cantada a música feita
para Divaldo Franco

Outro momento artístico do evento

A mediunidade no Velho e no Novo Testamento – Com a lucidez que o caracteriza, Divaldo desmantelou a falsidade da tese, referindo-se aos grandes cientistas que se dedicaram a estudar a mediunidade, tais como William Crookes, Charles Richet, César Lombroso, dentre muitos outros, com as notáveis experiências que realizaram, uma vez que o insigne estudioso dr. Pierre Janet jamais se deteve a examinar pessoas saudáveis, tendo permanecido sempre analisando psicopatas e histéricas.

Corroborando os raciocínios então já desenvolvidos, Divaldo demonstrou a mediunidade na Bíblia, tanto no Velho como no Novo Testamento, especialmente a proibição de Moisés e o seu aparecimento no monte Tabor a Jesus, durante a transfiguração do Mestre, as curas a portadores de obsessão, a profecia de Joel sobre a mediunidade, a referência de João evangelista sobre a observação em torno dos Espíritos, a fim de verificar-se se eles vêm de Deus... Foi, pois, uma farta explanação, rica de detalhes, em bases científica e evangélica, de meridiana clareza, que levam o ouvinte a novos parâmetros de observação e fé.

Por fim, analisou a ignorância popular, suas superstições e crendices em torno do Espiritismo, demonstrando a grandeza da mediunidade, que considerou como sendo uma ponte colocada entre os dois polos da vida: a física e a espiritual.

Desnecessário acrescentar a receptividade calorosa com que o notável orador foi agraciado após o encerramento da sua fala, porquanto não há quem não se emocione ante a grandiosidade de sua eloquência e a profundidade dos conceitos e ensinamentos que faz desfilar, atestando-lhe a grandeza incomum na área da oratória.

Após a conferência inicial, o Congresso prosseguiu com as demais conferências durante todo o dia, sendo as atividades interrompidas às 18h30. 

O caso do bispo James Pike – As atividades ocorridas no domingo, dia 17, estiveram com excelente programação, destacando-se o momento de arte, quando Divaldo foi convidado por duas crianças a subir ao palco, a fim de ser homenageado com uma música especialmente composta para ele, que se intitula Obrigado, querido amigo! Foi um momento comovente, porque o refrão acabou cantado por todo o auditório.

Seguiram-se excelentes conferências proferidas por médicos clínicos, psiquiatra, psicólogo e vários trabalhadores da seara.

Divaldo encerrou o ágape com uma conferência, evocando a figura do emblemático bispo norte-americano James Pike e o drama que viveu, em decorrência da desencarnação precoce do seu filho Jim, aparentemente por suicídio direto.

James Pike, que vivia nos Estados Unidos, em desespero, retornou a Londres para meditar. Ali, aconteceram fenômenos variados, inclusive de poltergeist, que o levaram a consultar um parapsicólogo, que o recomendou entrar em contato com a médium Sra. Ena Twig, em cuja convivência recuperou a crença na imortalidade do Espírito graças à comunicação do filho, do pensador e teólogo Mr. Tilich e outros Espíritos.

Com sua conversão à realidade do fenômeno, o nobre sacerdote anglicano deixou escritas as suas experiências vivenciadas ao contato da fenomenologia mediúnica, que legitimou e registrou em um livro formoso intitulado The Other Side, testemunhando-lhes a autenticidade. Divaldo comentou, em seguida, a excelência da mediunidade com Jesus e sensibilizou o auditório, que o aplaudiu de pé.

Em sequência, teve lugar a apresentação de um coro com orquestra, criado, dirigido e acompanhado por um jovem, que magnetizou o auditório por quase uma hora, com músicas elevadas em torno da mediunidade, da Doutrina e da Vida, acompanhadas por projeções de pertinentes slides.

Encerrou-se o Congresso com palavras de gratidão do presidente da FEP e uma sentida oração, de profundo significado.


Nota

As fotos que ilustram esta reportagem foram feitas por Vitor Mora Féria. 


 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita