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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 344 - 5 de Janeiro de 2014

ALMIR DEL PRETTE
adprette@ufscar.br

São Carlos, SP (Brasil)

 
 


Identidade espírita

“Eu vivo, mas já não sou eu, é Cristo que vive em mim.” (Paulo aos Gl 2,20)


A Psicologia esclarece-nos que temos duas identidades, a pessoal e a social. A identidade pessoal é composta por alguns elementos, tais como nome, idade, gênero, cidade de nascimento, filiação etc. A identidade social possui outras características, como família a que se pertence, religião, nacionalidade, etnia, ideologia política etc. As duas se sobrepõem, contudo, a identidade social é mais ampla e, frequentemente, dominante. Fatores externos ao indivíduo podem “eliciar” uma expressividade maior de uma característica sobre as demais, mesmo que por períodos não muito longos. Por exemplo, nos EUA na ocasião das eleições presidenciais, o país se divide em democratas e republicanos. À pergunta: quem é você? A resposta mais comum é: “sou republicano ou sou democrata”. Nesse caso, a característica de identidade que se sobrepõe às demais é a partidária ideológica. No Brasil, por ocasião da Word Cup, uma forte tendência de brasilidade parece se generalizar. Tem-se, então, uma predominância dessa característica nacionalista.

E a identidade religiosa? Ela pode permanecer obscurecida ou saliente, dependente, também, de fatores externos. Quando esses fatores têm um caráter ameaçador e a pessoa se vê diante da situação que exige “testemunho”, o conflito (sou/não sou) pode ser muito pesado. É o caso de Pedro, ao negar ser membro participante do grupo de Jesus. Em alguns grupos religiosos a identidade pode ser mais saliente e permanente do que em outros, especialmente quando seus líderes manipulam técnicas de controle, criando seguidores fanatizados e obedientes.

O trecho da carta de Paulo aos Gálatas, acima citada, é exemplo de prevalência da identidade cristã sobre as demais, por exemplo, gênero. Tal identidade foi construída aos poucos, tendo o notável apóstolo vivido diversos conflitos. Por exemplo, Paulo assistiu, entre perplexo e irritado, às concessões feitas por Tiago aos fariseus quanto à obrigatoriedade da circuncisão e à incapacidade de Pedro em intervir (Mt 26, 33-35; Lc 22, 60-62). O que parece ter ajudado bastante na formação de sua nova identidade foi o contato com diferentes novos cristãos, cada grupo com culturas diferenciadas e, também, a adoção do nome Paulo, em lugar de Saulo, conforme sugestão de Ananias.

Quanto à identidade espírita, certamente ela não se define pelo número de sessões frequentadas, palestras realizadas, passes ministrados, doações feitas, embora essas atividades possam ser importantes na sua construção. Por outro lado, é evidente que não podemos estabelecer como paradigma de nossa identidade espírita emblema semelhante contido na afirmativa de Paulo. Para o nosso caso, com a posição espiritual que ocupamos, melhor emblema é o que nos oferece Allan Kardec. E é o que melhor define nossa identidade espírita.  Disse o professor Rivail: “O espírita se reconhece pela sua transformação moral e pelo esforço que faz para domar suas más inclinações” (ESE, cap. XII, 4).  Quanto mais utilizamos essa afirmação como uma bússola para nossas vidas, mais estamos construindo nossa identidade de espíritas.


 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita