Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
5)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Tecnicamente
consideradas, em que se
diferenciam a luz
vermelha, a luz azul e a
luz violeta?
A luz vermelha é
constituída de ondas
longas, enquanto a
irradiação azul é
formada de ondas mais
curtas e a luz violeta,
de ondas ainda mais
curtas.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap. III,
pp. 36 e 37.)
B. Que contribuição no
campo da Física devemos
ao físico francês Luís
De Broglie?
Até então a teoria
corpuscular da luz
prevalecia entre os
cientistas. Contudo,
certos fenômenos
só eram explicáveis pela
teoria ondulatória, que
a Ciência não aceitava.
Foi o físico francês
Luís De Broglie quem,
intervindo nessa
discussão, enunciou a
seguinte proposição:
“Compreendendo-se que as
ondas da luz, em certas
circunstâncias, procedem
à feição de corpúsculos,
por que motivo os
corpúsculos de matéria,
em determinadas
condições, não se
comportarão à maneira de
ondas?” Sua tese,
mais tarde confirmada
por outros
pesquisadores, acabou
sendo então admitida
pelos seus pares.
(Obra citada, cap.
III, pág. 37.)
C. É correto dizer que
mais da metade do
Universo é hoje
reconhecido como um
reino de oscilações?
Sim. E a outra parte é
constituída de matéria
igualmente suscetível de
converter-se em ondas de
energia. Com essa
concepção, como que
desapareceu o mundo
material, dando lugar a
tecido vasto de
corpúsculos em
movimento, arrastando
turbilhões de ondas em
frequências inumeráveis,
cruzando-se em todas as
direções, sem se
misturarem. O homem
passou a entender,
enfim, que a matéria é
simples vestimenta das
forças que o servem nas
múltiplas faixas da
Natureza e que todos os
domínios da substância
palpável podem ser
plenamente analisados e
explicados em linguagem
matemática.
(Obra citada,
cap. III, pp. 37 e 38.)
Texto para leitura
18. “Saltos
quânticos” – A
teoria dos “saltos
quânticos” explicou, de
certo modo, as
oscilações
eletromagnéticas que
produzem os raios
luminosos. No átomo
excitado, aceleram-se os
movimentos, e os
elétrons que lhe
correspondem, em se
distanciando dos
núcleos, passam a
degraus mais altos de
energia. Efetuada a
alteração, os elétrons
se afastam dos núcleos
aos saltos, de acordo
com o quadrado dos
números cardinais (de 2
para 4 no segundo salto,
de 3 para 9 no terceiro,
de 4 para 16 no quarto,
e assim sucessivamente).
Na temperatura
aproximada de 1.000
graus centígrados, os
elétrons abandonam as
órbitas que lhes são
peculiares, em número
sempre crescente, e, se
essa temperatura atingir
cerca de 100.000 graus
centígrados, os átomos
passam a ser
constituídos somente de
núcleos despojados de
seus elétrons-satélites,
vindo a explodir, por
entrechoques, a
altíssimas temperaturas.
Reportando-nos, pois, à
escala de excitação dos
sistemas atômicos, vamos
encontrar a luz
conhecida na Terra, como
oscilação
eletromagnética em
comprimento médio de
onda que nasce do campo
atômico, quando os
elétrons, erguidos a
órbitas ampliadas pelo
abastecimento de
energia, retornam às
suas órbitas primitivas,
veiculando a sua energia
de queda. Se excitarmos
o átomo com escassa
energia, apenas se
altearão aqueles
elétrons da periferia,
capazes de superar
facilmente a força
atrativa do núcleo.
Assim, quanto mais
distante do núcleo, mais
comprido será o salto,
determinando a emissão
de onda mais longa e,
por esse motivo,
identificada por menor
energia. E quanto mais
para dentro do sistema
atômico se verifique o
salto, tanto mais curta
e, por isso, de maior
poder penetrante a onda
exteriorizada. (Cap.
III, pp. 35 e 36.)
19. “Efeito
Compton” –
Buscando um exemplo,
verificaremos que a
estimulação das órbitas
eletrônicas externas
produzirá a luz
vermelha, formada de
ondas longas, enquanto
que o mesmo processo de
atrito nas órbitas que
se lhe seguem, na
direção do núcleo,
originará a irradiação
azul, formada de ondas
mais curtas, e a
excitação nas órbitas
mais íntimas provocará a
luz violeta, de ondas
ainda mais curtas.
Continuando a progressão
de fora para dentro,
chegaremos aos raios
gama, que derivam das
oscilações do núcleo
atômico. Em todos esses
processos de irradiação,
o poder do fotônio
depende do comprimento
da onda em que se
manifesta, qual ficou
positivado no “efeito
Compton”, pelo qual uma
colisão provocada entre
fotônios e elétrons
revela que os fotônios,
em fazendo ricochete no
entrechoque, descarregam
energia, baixando a
frequência da própria
onda e originando,
assim, a luz mais
avermelhada. (Cap.
III, pp. 36 e 37.)
20. Fórmula de
Luís De Broglie
– A evidência do fotônio
vinha enriquecer a
teoria corpuscular da
luz. Contudo, certos
fenômenos se
mantinham à margem,
somente explicáveis pela
teoria ondulatória que a
Ciência não aceitara até
então. Foi o estudioso
físico francês Luís De
Broglie que, intervindo
nessa discussão,
enunciou a seguinte
proposição:
“Compreendendo-se que as
ondas da luz, em certas
circunstâncias, procedem
à feição de corpúsculos,
por que motivo os
corpúsculos de matéria,
em determinadas
condições, não se
comportarão à maneira de
ondas?” De Broglie
acrescentava que cada
partícula de matéria
está acompanhada pela
onda que a conduz e,
suportando hostilidades
e desafios, devotou-se a
minuciosas perquirições,
criando a fórmula para
definir o comprimento da
onda conjugada ao
corpúsculo,
entendendo-se, desde
então, que os elétrons
arremessados pela
válvula de Roentgen,
quando originam
oscilações curtas,
aproximadamente 10.000
vezes mais reduzidas que
as da luz, são
transportados por ondas
tão curtas como os raios
X. (Cap. III, pág.
37.)
21. Mecânica
ondulatória –
Físicos distintos não se
sentiam dispostos a
concordar com as novas
observações de De
Broglie, alegando que a
teoria se mostrava
incompatível com o
fenômeno da difração e
pediam que o sábio lhes
fizesse ver a difração
dos elétrons, de vez que
não admitiam a
existência de
corpúsculos desfrutando
propriedades que, a seu
ver, eram exclusivamente
características das
ondas. Algum tempo
depois, dois cientistas
americanos projetaram um
jato de elétrons sobre
um cristal de níquel e
registraram a existência
da difração, de
conformidade com os
princípios de De
Broglie. Desde então a
mecânica ondulatória
instalou-se em
definitivo na Ciência.
Mais da metade do
Universo foi reconhecido
como um reino de
oscilações, restando a
parte constituída de
matéria igualmente
suscetível de
converter-se em ondas de
energia. Como que
desapareceu o mundo
material, dando lugar a
tecido vasto de
corpúsculos em
movimento, arrastando
turbilhões de ondas em
frequências inumeráveis,
cruzando-se em todas as
direções, sem se
misturarem. O homem
passou a entender,
enfim, que a matéria é
simples vestimenta das
forças que o servem nas
múltiplas faixas da
Natureza e que todos os
domínios da substância
palpável podem ser
plenamente analisados e
explicados em linguagem
matemática, embora o
plano das causas
continue para ele
indevassado, tanto
quanto para os
Espíritos, ou seja, as
criaturas terrestres
temporariamente
apartadas da vida
física. (Cap. III,
pp. 37 e 38.)
Glossário
Átomo -
Sistema energeticamente
estável, formado por um
núcleo positivo que
contém nêutrons e
prótons, e cercado de
elétrons. A menor
quantidade de uma
substância elementar que
tem as propriedades
químicas de um elemento.
Todas as substâncias são
formadas de átomos, que
se podem agrupar,
formando moléculas ou
íons.
Cristal
- Substância sólida
cujas partículas
constitutivas (átomos,
íons ou moléculas) estão
arrumadas regularmente
no espaço. Cristal de
rocha. Vidro constituído
de três partes da
sílica, duas de óxido de
chumbo e uma de
potássio. Vidro muito
límpido e puro.
Difração -
Fenômeno que ocorre
quando uma onda
caminhante é limitada,
em seu avanço, por um
objeto opaco que deixa
passar apenas uma fração
das frentes de onda, e
que pode ser observado
como uma propagação da
onda para regiões além
do objetivo e situadas
na sombra deste em
relação à direção da
onda incidente.
Efeito Compton
– É a diminuição de
energia (aumento de
comprimento de onda) de
um fóton de raios X ou
de raio gama, quando ele
interage com a matéria.
Eletromagnético -
Relativo ao
eletromagnetismo ou que
dele decorre.
Eletromagnetismo -
Estudo da interação
entre correntes
elétricas e campos
magnéticos.
Elétron -
Partícula fundamental na
constituição dos átomos
e moléculas, portadora
da menor quantidade de
carga elétrica livre que
se conhece, com massa
igual a 1/1837 vezes a
massa do próton.
Entrechoque
- Ação de
entrechocar-se,
bater-se, chocar-se.
Embate entre duas ou
mais pessoas ou animais,
ou entre grupos.
Fóton
– Fís. Part. Partícula
elementar associada ao
campo eletromagnético,
com massa nula, spin 1,
carga elétrica nula,
estável, e cuja energia
é igual ao produto da
constante de Planck pela
frequência do campo;
quantum de luz.
Fotônio
– Fís. Nome dado (por
analogia com o
eletrônio) ao quantum de
energia luminosa.
Frequência
– Em um movimento
periódico, número de
oscilações ou de
vibrações realizadas
pelo móvel na unidade de
tempo; número de ciclos
que um sistema com
movimento periódico
efetua na unidade de
tempo.
Íon -
Átomo ou grupamento de
átomos com excesso ou
com falta de carga
elétrica negativa;
iônio; ionte.
Irradiação
– 1. Fís. Nucl.
Bombardeio duma
substância por um feixe
de partículas. 2. Terap.
Tratamento feito
mediante o uso de raios
X ou de outra forma de
radiatividade.
Mecânica ondulatória
- Fís. Mecânica
quântica.
Mecânica quântica
– Parte da Física em que
se investigam os
fenômenos ocorrentes com
partículas, átomos e
moléculas, e em que,
abandonando-se a
admissão clássica da
continuidade dos
processos subatômicos,
se aceita a ocorrência
de fenômenos discretos
quantificados; mecânica
ondulatória.
Níquel
– Quím. Elemento de
número atômico 28,
metálico,
branco-prateado, denso,
usado em ligas e como
catalisador [símb.:
Ni].
Núcleo -
Parte do átomo com carga
positiva e com a quase
totalidade da sua massa
constituída por prótons
e nêutrons, e que ocupa
pequeníssimo volume.
Núcleon -
Designação genérica das
partículas que
constituem o núcleo
atômico, isto é, o
nêutron e o próton.
Número atômico
- Número de prótons no
núcleo de um elemento.
Onda
- Perturbação periódica
mediante a qual pode
haver transporte de
energia de um ponto a
outro de um material ou
do espaço vazio.
Onda curta
- Onda eletromagnética
com frequência
compreendida entre 1 e
30 megahertz,
aproximadamente.
Onda de rádio
- Onda eletromagnética
utilizada em
radioemissão e
radiorrecepção e que tem
comprimento de onda
situado aproximadamente
entre 50 e 3.000 metros.
Onda eletromagnética
- Campo eletromagnético
periódico não
estacionário que se
propaga no espaço ou num
meio material;
perturbação periódica de
natureza eletromagnética
que se propaga num meio
material ou no espaço
vazio e é portadora de
energia.
Ondulatória
– Ondeante: que ondeia;
que ondula; ondeada,
ondulada, ondulante.
Oscilação
- Fenômeno em que uma
grandeza ou um conjunto
de grandezas de um
sistema varia segundo
função periódica de
tempo. Variação
alternada; flutuação;
mudança.
Quanta –
Plural de quantum.
Quantum
– Fís. Quantidade
indivisível de energia
eletromagnética que,
para uma radiação de
frequência f, é igual ao
produto h x f, onde h é
a constante de Planck.
Fís. A partícula
associada a um campo.
Raios gama
- Radiação
eletromagnética, de
pequeno comprimento de
onda, emitida num
processo de transição
nuclear ou de
aniquilação de
partículas.
Raios X
- Radiação
eletromagnética de
comprimento de onda
compreendido,
aproximadamente, entre
10 elevado a -8 e 10
elevado a -11 cm; raios
Roentgen.
Salto quântico
– Diz-se, em Física e
Química, que o salto
quântico ocorre quando
uma partícula ganha
energia e o movimento
dos elétrons se acelera,
levando-os a se afastar
do núcleo. Esse
afastamento dos núcleos
acontece na forma de
"saltos" – do nível 1
para o 2 no primeiro
salto, de 2 para 4 no
segundo salto e assim
sucessivamente.
Vibração
– Oscilação, balanço.