Na página de hoje
apresentaremos um caso de um
padre que pediu para
assistir a uma sessão de
psicografia e, como era
sincera sua intenção,
Emmanuel autorizou. Ouçamos
o fato relatado pelo próprio
Chico (Livro: “Lições de
Sabedoria”, editado pela
Folha Espírita de São
Paulo):
– Por volta de 1954, um
ilustre sacerdote pedia-nos
licença para assistir a uma
de nossas sessões públicas
em nosso humilde Centro, em
Pedro Leopoldo. Esclareceu
que obtivera antes licença
especial de seu superior
para o trabalho que
pretendia fazer. Já havia
escrito um livro condenando
o Espiritismo e sabíamos
estar preparando outro com o
mesmo objetivo. Disse-nos
Emmanuel: “Ele veio ver-nos
com muito respeito e não
deve ser deixado de lado”.
Convidei-o, pois, a
sentar-se ao meu lado, e
assim foi feito. Iniciamos
as consultas e, súbito,
comecei a sentir um frio que
vinha da direção dele. Para
nos tranquilizar, Emmanuel
explicou-nos que o padre
rezava um terço meio às
ocultas, mas eu continuava a
sentir como que umas pontas
de agulhas, umas lâminas
frias. A surpresa, porém,
estava reservada para o
final, quando nos chegou a
mensagem, com mais ou menos
40 páginas psicografadas, de
autoria espiritual de alguém
que lhe fora muito chegado
ao coração.
Como de hábito, lemos a
mensagem em voz alta e o
texto era uma conclamação ao
nosso amigo visitante, a que
se preparasse para trabalhar
em certa zona espiritual
carente de esclarecimento, e
dando outros dados de seu
conhecimento.
Finda a sessão, indagamos do
nosso respeitável visitante:
– O senhor aceita a
mensagem?
– Aceito perfeitamente por
achá-la autêntica.
– Padre, o senhor tem medo
da morte?
– Não, medo propriamente,
não tenho. Mas eu queria me
certificar.
Soube depois que não
escreveu o tal segundo
livro.
|