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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 350 - 16 de Fevereiro de 2014

ANSELMO FERREIRA VASCONCELOS
afv@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 
 

Violência


Prestes a sediar importantes eventos internacionais, o nosso amado Brasil exibe uma onda de violência inaudita.  Nem mesmo nos tempos do famigerado regime militar, do movimento das Diretas Já ou dos Caras Pintadas, que culminou com a queda do Presidente Fernando Collor, algo parecido aconteceu. Na verdade, o povo brasileiro quase sempre primou pela busca de soluções pacíficas para os seus graves problemas. De modo geral, somos reconhecidos internacionalmente pela nossa generosidade, camaradagem e fácil trato.

No entanto, na atualidade observa-se, com pesar, jovens – que desfrutam de condições excepcionais para o seu desenvolvimento profissional e cívico - exibindo extrema virulência – especialmente os chamados Black Blocs - e profundo desrespeito pela propriedade pública e privada. Hordas de vândalos usando máscaras ou toucas invadem as principais avenidas das grandes cidades brasileiras, em encontros previamente agendados pela internet, destruindo tudo o que veem pela frente sem dó e sem piedade. Tais atos, aliás, são praticados pelo simples prazer de destruir e de gerar prejuízo a organizações e modestos comerciantes que lutam com muita dificuldade para cumprir com as suas obrigações legais e sociais. Paralelamente, dezenas de ônibus são incendiados - alvos prediletos de turbas desequilibradas – em todo o país, inclusive com pessoas dentro, como se fossem os responsáveis por certas tragédias humanas ou anormalidades sociais? Aparentemente, a disposição dos perpetradores de tais crimes é de apenas lesar o patrimônio alheio, pois causas justas e relevantes têm fóruns apropriados para serem encaminhadas e/ou reivindicadas.

A propósito, em recente editorial, o prestigioso jornal Folha de São Paulo assim se manifestou: “A depredação de patrimônio público ou privado, a título de protesto contra os mais variados problemas, tem se transformado numa perigosa e inaceitável rotina no cotidiano nacional. Se o direito de manifestação e de reunião é assegurado pela Constituição, nem por isso pode ser exercido de maneira irrestrita. Os atos devem ser pacíficos e, como é óbvio e desnecessário dizer, seus participantes não são autorizados a praticar crimes de nenhuma natureza”.

As forças de segurança, por sua vez, estão manietadas em decorrência de protocolos rigorosos, bem como dispositivos legais que as impedem de agir com a necessária contundência exigida pela situação e magnitude dos eventos. Portanto, como entender essa realidade tão chocante e que tem, por sinal, levado muitos brasileiros a manifestarem o desejo de sair do país?

Antes de avançarmos em nossa análise, cabe lembrar uma vez mais que estamos vivendo um claro e insofismável processo de transição planetária, cujos sinais estão evidentes por toda parte. Nesse sentido, o Brasil está inserido numa teia de mudanças de escala global. Não há, portanto, nenhuma evidência que indique que, enquanto povo, estamos, digamos, imunes de passar por dissabores ou provações coletivas. Aliás, seria muito estranho se tal coisa acontecesse dado que nas leis divinas não há espaço para privilégios de qualquer natureza. Como toda a humanidade, também nós apresentamos graves paradoxos que ecoam todo o nosso atraso espiritual. Mas se nos detivermos na análise da gênese dos eventos acima descritos, vamos constatar que eles são predominantemente produzidos por jovens destituídos de causas, metas ou objetivos edificantes.

Em outras palavras, a violência não é e nunca será predicado de almas que anseiam pela evolução humana ou espiritual. Basicamente, são práticas de Espíritos que ainda não conseguem se ajustar ao convívio em sociedade, assim como manifestar os seus pleitos por meio dos canais apropriados. Nesse aparentemente longo processo de transição espiritual, a Terra hoje abriga considerável quantidade de Espíritos arruaceiros com insaciável sede de promover a destruição por puro deleite pessoal. E a atuação dessas almas desajustadas pode ser observável em praticamente todas as partes do planeta, inclusive no Brasil.

Também eles estão recebendo mais uma oportunidade – talvez derradeira – de mostrar à Providência Divina que estão evoluindo, aperfeiçoando a sua conduta, suavizando as suas emoções e impulsos, de modo a continuarem vinculados a essa morada da “casa do Pai”. Mas a observação dos fatos permite inferir que muitos provavelmente não conseguirão tal realização. Afinal de contas, ainda assomam em suas almas insofreáveis tendências e comportamentos reprováveis sob todos os aspectos.     

Posto isto, Jesus Cristo foi preciso ao considerar: “Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra” (Mateus, 5:5) e “Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus, 5:9). Diante disso, não podemos esperar que os agentes dos atos de violência venham a iniciar as suas transformações sem o firme acicate das leis. Desse modo, o Estado brasileiro necessita urgentemente cumprir o seu papel de salvaguarda da ordem e do progresso, a fim de que os Espíritos voltados ao bem possam desfrutar de um ambiente mais propício ao seu potencial e valor. 
 


 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita