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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 350 - 16 de Fevereiro de 2014
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Temas da Vida e da Morte

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 21)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Temas da Vida e da Morte, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Ante o assédio que o médium receba das forças malévolas, qual é o procedimento do seu Espírito-guia?

A conduta e a dedicação do médium atraem a assídua assistência do seu Espírito-guia, que o encoraja e o fortalece, inspirando-o à perseverança e à continuidade no trabalho nobre, informando-o a respeito do que lhe está reservado caso venha a sair-se vitorioso do empreendimento abraçado. Ele lhe mostra que tais fatos ocorrem em razão de sua necessidade de evolução, o que lhe constitui rara oportunidade de progresso que não deve ser postergada. Por outro lado, os Protetores daqueles a quem ele ajuda e assiste vêm em seu apoio, movidos pela simpatia e gratidão ao seu empenho fraternal em favor dos seus pupilos. (Temas da Vida e da Morte - Calvário de Luz, pp. 139 e 140.)

B. O meio exerce influência sobre os fenômenos mediúnicos?

Sim. A influência do meio moral e emocional é, de fato, decisiva nos fenômenos mediúnicos. Além da influência do médium, em decorrência de seus componentes íntimos, o psiquismo do Grupo responde por grande número de resultados nos cometimentos da mediunidade. Do ponto de vista moral, os membros que constituem o Núcleo atraem, por afinidade, os Espíritos que lhes são semelhantes, em razão da convivência mental já existente entre eles. Daí não se ter o direito de transferir para o médium a responsabilidade total pela ação exercida pelos Espíritos, nem pela qualidade moral e cultural dos que por ele se comunicam. (Obra citada - Influência do meio e do médium, pp. 143 e 144.)

C. As intenções doentias do médium podem afastar os Bons Espíritos?

Sim. A ansiedade, a agitação nervosa ou estado depressivo e as intenções doentias do médium produzem-lhe bloqueios compreensíveis, afastando da sua companhia os Espíritos dignos, que deixam o lugar aos inescrupulosos e vadios, sempre interessados em prejudicar e gerar desconforto, dando curso à conduta a que se acostumaram na Terra. O hábito de interiorização deve, pois, constituir a forma eficaz para que o médium anule as interferências estranhas e insistentes que buscam penetrar na sua tela mental com o propósito de predominar em relação à influência dos desencarnados. As leituras salutares, o cultivo dos bons e nobres sentimentos, as ações de benemerência e vinculação com o pensamento divino, graças à oração de recolhimento, inspiradora, abrem-lhe as portas da percepção, facilitando o intercâmbio seguro, do qual resultam efeitos bonançosos e edificantes para ele próprio como para os outros.  (Obra citada - Influência do meio e do médium, pp. 144 e 145.)

Texto para leitura

81. O médium recebe sempre o apoio dos Protetores espirituais - Apesar de toda essa pugna, a conduta e a dedicação do médium atraem a assídua assistência do seu Espírito-guia, que o encoraja e o fortalece, inspirando-o à perseverança e à continuidade no trabalho nobre, informando-o a respeito do que lhe está reservado caso venha a sair-se vitorioso do empreendimento abraçado. Explica-lhe que tal sucede em razão da sua necessidade de evolução, o que lhe constitui rara oportunidade de progresso que não deve ser postergada. Por outro lado, os Protetores daqueles a quem ele ajuda e assiste vêm em seu apoio, movidos pela simpatia e gratidão ao seu empenho fraternal em favor dos seus pupilos. Além disso, os que são consolados e esclarecidos pela sua faculdade mediúnica, e recuperam a paz íntima, se lhes vinculam, aumentando o grupo de amigos vigilantes que passam a amá-lo. De igual modo, os inspiradores das grandes causas e Guias da Humanidade, reconhecidos ao seu esforço pelo progresso geral, acodem-no nos momentos cruciais e definidores da sua existência terrena, influindo nas decisões em favor dos futuros cometimentos que lhe cumpre executar. Porque a dor o macera e os testemunhos o visitam, nesse calvário silencioso, há sempre uma ressurreição luminosa a cada morte íntima, a cada abnegação, propiciada pelos Construtores da felicidade eterna, que jamais deixam os homens, especialmente aqueles que lhes compartem as elevadas aspirações, sem o competente apoio e amparo. As concessões de paz íntima e de bem-estar, passado o primeiro período do exercício mediúnico, o de provas, são infinitamente maiores e mais compensadoras se fazem, a tal ponto que levam o medianeiro a anelar por mais esforço e dedicação, de modo a poder fruir mais intensamente essas emoções. (Calvário de Luz, pp. 139 e 140.)

82. O calvário dos médiuns é todo de luz e amor - Qualquer pessoa afeiçoada à verdade e ao amor, ao trabalho e à caridade, ao heroísmo e à abnegação, conhece esses momentos de elevação íntima e de vibração indefinível que chegam após as lutas, quando passam a comungar com as Esferas Superiores. Razões possui o médium para porfiar e dedicar-se aos rígidos deveres espirituais, jamais se furtando ao auxílio aos sofredores de ambos os lados da vida, e banindo da mente a presunção de que não deve vincular-se aos que padecem na Erraticidade porque a sua faculdade estaria destinada a altos cometimentos e missões especiais na Terra. Essa vaidade é responsável pelo fracasso de muitos medianeiros invigilantes, que pretendem regime de conduta especial, acreditando-se adrede preparados para relacionamentos interplanetários, com Espíritos-mestres e Guias das regiões sublimes e escusando-se aos labores do doutrinamento e desobsessão, em cujas faixas se movimentam os desencarnados infelizes. A fascinação os entorpece, anulando-lhes os sentimentos de amor e de caridade, ao mesmo tempo empurrando-os para as subjugações terríveis e os fanatismos lamentáveis. Quem desejar o acume da montanha terá que transitar pelo sopé onde lhe repousam as estruturas de sustentação. Jesus, que na Terra exerceu a função de Médium de Deus e com seu pensamento mantinha constante identificação, jamais se escusava de atender à infelicidade e ao sofrimento de qualquer procedência: manteve diálogo libertador com os Espíritos malévolos que obsidiavam o gadareno, com os que levavam a crises epilépticas o jovem lunático, com os que perturbaram moral e mentalmente a obsessa de Magdala; enfim, atendeu aos enfermos do corpo e aos enfermos da alma que somos quase todos, e prossegue, tanto tempo após a sua estada em nosso meio, sem nos abandonar por um momento sequer. A Terra é estância de provas e de purificação, e a mediunidade de aqui se encontra para atender à alta finalidade de auxiliar e socorrer os que sofrem, confirmando a imortalidade da alma e preparando o advento da Nova Era que se aproxima, quando o mal baterá definitivamente em retirada. O calvário dos médiuns é, pois, todo assinalado de luz e de amor. (Calvário de Luz, pp. 140 e 141.)

83. A influência do meio é grande nos fenômenos mediúnicos - O meio ambiente exerce insuspeitadas predisposições e efeitos nos seres vivos, alterando-lhes a constituição ou preservando-a. Embora o meio sociocultural seja consequência da ação do homem, torna-se-lhe fator de vigorosos efeitos no comportamento, o que tem levado muitas pessoas a concluir “que o homem é o produto do meio”, salvo, naturalmente, as inevitáveis exceções. É compreensível, pois, que a influência do meio moral e emocional seja prevalente nos fenômenos mediúnicos. Além da influência do médium, em decorrência de seus componentes íntimos, o psiquismo do Grupo responde por grande número de resultados nos cometimentos da mediunidade. Do ponto de vista moral, os membros que constituem o Núcleo atraem, por afinidade, os Espíritos que lhes são semelhantes, em razão da convivência mental já existente entre eles. Onde quer que se apresentem os indivíduos, aí também estarão seus consócios espirituais. A simples mudança de lugar por pessoa não altera o tipo das companhias que a assessoram. De igual modo, o caráter da experiência mediúnica e a seriedade ou interesse frívolo que lhe é dedicado produzem natural intercâmbio com Entidades equivalentes. Daí não se ter o direito de transferir para o médium a responsabilidade total pela ação exercida pelos Espíritos, assim como pela qualidade moral e cultural dos que por ele se comunicam. O médium é um indivíduo sensível a determinadas influenciações do Mundo Espiritual, ao mesmo tempo receptivo a certas ondas mentais que procedem dos homens, e, não raro, produzem fenômenos de telepatia, com correspondente resposta anímica aos apelos vigorosos ou aos impulsos-determinações que lhe são dirigidos. (Influência do meio e do médium, pp. 143 e 144.)

84. As intenções doentias do médium afastam os Espíritos dignos - De bom alvitre, pois, que todo aquele que pretende exercer a mediunidade, estude e exercite os seus recursos de captação e registro, sem precipitação nem vaidade, considerando-se sempre como sendo instrumento frágil e vulnerável, a requisitar cuidados contínuos e constante disciplina. A ansiedade, a agitação nervosa ou estado depressivo e as intenções doentias do médium produzem-lhe bloqueios compreensíveis, afastando da sua companhia os Espíritos dignos, que deixam o lugar aos inescrupulosos e vadios, sempre interessados em prejudicar e gerar desconforto, dando curso à conduta a que se acostumaram na Terra... O hábito de interiorização deve, além disso, constituir a forma eficaz para que o médium anule as interferências estranhas e insistentes que buscam penetrar na sua tela mental com o propósito de predominar em relação à influência dos desencarnados. As leituras salutares, o cultivo dos bons e nobres sentimentos, as ações de benemerência e vinculação com o pensamento divino, graças à oração de recolhimento, inspiradora, abrem-lhe as portas da percepção, facilitando o intercâmbio seguro, do qual resultam efeitos bonançosos e edificantes para ele próprio como para os outros. Cabe, desse modo, ao médium sincero, sobrepor, às influências do meio onde opera, as suas conquistas pessoais, gerando em sua volta uma psicosfera positiva quão otimista, sob todos os aspectos própria à execução do compromisso a que se dedica. Como não pode ele antever o meio no qual exercitará a mediunidade, cabe-lhe conduzir o seu clima psíquico favoravelmente ao evento, fornecendo os elementos hábeis para os resultados benéficos. (Influência do meio e do médium, pp. 144 e 145.) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita