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Joias da poesia contemporânea
Ano 7 - N° 350 - 16 de Fevereiro de 2014

 
 
 

Ao viajante da fé 

Cruz e Souza

 

Vara o trilho espinhoso, estreito e duro,

E embora te magoe o peito aflito,

Torturado na sede do Infinito,

Guarda contigo o amor sublime e puro.

 

Martirizado, exânime e inseguro,

Ninguém perceba a angústia de teu grito.

Sangrem-te os pés nos serros de granito,

Segue, antevendo a glória do futuro.

 

Lembra o Cristo de Luz, grande e sozinho,

E, entre as sarças e as pedras do caminho,

Sobe, olvidando o báratro medonho...

 

Somente sobe ao Céu ilimitado

Quem traz consigo, exangue e torturado,

O próprio coração na cruz do sonho.

 

Do cap. 46 do livro Instruções Psicofônicas, obra ditada por Espíritos diversos por intermédio de Francisco Cândido Xavier.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita