Ao viajante da fé
Cruz e Souza
Vara o trilho espinhoso,
estreito e duro,
E embora te magoe o
peito aflito,
Torturado na sede do
Infinito,
Guarda contigo o amor
sublime e puro.
Martirizado, exânime e
inseguro,
Ninguém perceba a
angústia de teu grito.
Sangrem-te os pés nos
serros de granito,
Segue, antevendo a
glória do futuro.
Lembra o Cristo de Luz,
grande e sozinho,
E, entre as sarças e as
pedras do caminho,
Sobe, olvidando o
báratro medonho...
Somente sobe ao Céu
ilimitado
Quem traz consigo,
exangue e torturado,
O próprio coração na
cruz do sonho.
Do cap. 46 do livro
Instruções Psicofônicas,
obra ditada por
Espíritos diversos por
intermédio de Francisco
Cândido Xavier.
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