ARTHUR BERNARDES DE OLIVEIRA
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Guarani, MG (Brasil)
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Algumas ideias
Começamos, outro dia, em
nossa casa Espírita,
Guarani, MG, um programa
de estudo que eu chamei
de “Consolidação do
conhecimento de
conceitos doutrinários”.
Nós somos espíritas
porque acreditamos em
certos princípios que os
Espíritos nos ditaram.
Precisamos, pois,
conhecer esses
princípios. São
conceitos que formam o
conjunto doutrinário.
Nossa doutrina tem
conceitos plenamente
definidos. Nós
precisamos conhecê-los
para divulgá-los às
pessoas que amamos.
Meu pai dizia: - “Todos
os pais querem o melhor
para seus filhos. A
melhor roupa, a melhor
escola, o melhor
emprego, a melhor
esposa, enfim, tudo que
é importante na vida de
todos nós”. E
perguntava: - “Existe
coisa mais importante do
que a doutrina espírita?
Por que não a passar,
então, para nossos
filhos?”
Mas aí eu pergunto: -
Como passar para eles
aquilo que não
conhecemos bem ou, pior,
que conhecemos mal?
Essa, a nossa
preocupação. Estudamos
na primeira reunião o
significado de
“livre-arbítrio”. Ficou
alguém com alguma
dúvida? Parece que não.
Pelo menos ninguém se
manifestou.
Hoje – dizíamos nós, na
reunião seguinte, vamos
estudar a morte, essa
coisa terrível que
apavora as pessoas. Por
que as pessoas se
assustam tanto e sofrem
também tanto? Porque não
a conhecem.
A morte está inserida em
uma das leis naturais ou
divinas, a lei de
destruição. É lei. Todos
os seres vivos morrem.
Nascem, vivem,
reproduzem-se e morrem.
Ninguém escapa. É da
lei... Todo mundo sabe.
Mas ninguém quer morrer.
Por quê? Porque a vida é
boa? Porque a vida na
Terra nos torna felizes?
Porque aqui não há
miséria, fome, traição,
violência, desigualdade,
corrupção? Por quê?
Porque Deus ao nos dar a
vida deu-nos também um
poderoso instinto: o
instinto de
sobrevivência. Todos os
seres vivos possuem esse
instinto. Nenhum ser
vivo quer morrer.
Nós vivemos num mundo
constituído por duas
espécies de seres: seres
vivos ou orgânicos e
seres sem vida ou seres
inorgânicos.
Os seres vivos são
chamados seres orgânicos
porque todos eles
dispõem de órgãos
responsáveis pela
manutenção da vida. A
vida é mantida por uma
energia renovável que
definimos como “fluido
vital”. A palavra fluido
era usada até o século
dezenove como definição
de uma energia que não
se conhecia bem. O calor
era definido como fluido
calórico; a energia
elétrica, como fluido
elétrico, o magnetismo
como fluido magnético.
Porque Kardec o usou nós
o utilizamos ainda com
esse significado. Daí,
água fluidificada, passe
fluídico ou magnético,
energia espiritual ou
fluidos espirituais etc.
E lembre-se: a palavra é
fluido e não fluído.
Acento é no “u” e não no
“i”.
Pois bem, os órgãos
mantêm e renovam o
fluido vital, essa
energia que mantém a
vida. Quando esses
órgãos perdem a
capacidade de funcionar,
a vida perde energia ou
desaparece. É a morte.
Mas os seres vivos não
são apenas “fluido
vital” e “corpo
material”. Há em todos
os seres vivos um
princípio, uma força,
uma energia que a morte
não elimina. Porque esse
princípio não depende
desse fluido que os
órgãos produzem.
Por isso eles não morrem
quando os órgãos
materiais perdem sua
função. É o princípio
espiritual que sai de um
corpo que morre para
animar outro corpo que
desabrocha.
Quando nascemos, todos
nós trazemos um projeto
de vida, uma tarefa, uma
obrigação e um tempo
para executá-los. E,
lógico, uma carga
inicial de energia vital
que se recompõe ou se
renova pelo sistema de
manutenção da vida.
Finda a tarefa, ou não,
esgotado o tempo, temos
que retornar ao plano de
onde viemos. É a morte.
Como bem assinala Kardec
em O Livro dos
Espíritos, a morte é
simplesmente a volta ao
lugar de onde vivemos
para novas aquisições e
preparação para novas
tarefas.
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