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Estudando a série André Luiz
Ano 7 - N° 351 - 23 de Fevereiro de 2014
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


Mecanismos da Mediunidade

André Luiz

(Parte 8)

Damos prosseguimento ao estudo sequencial do livro Mecanismos da Mediunidade, obra de autoria de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1960 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Quando emitimos uma ideia, passamos a refletir as ideias que se lhe assemelham?

Sim. E essa ideia logo se corporifica, com intensidade correspondente à nossa insistência em sustentá-la, mantendo-nos, assim, espontaneamente em comunicação com todos os que nos esposem o modo de sentir. É nessa projeção de forças, a determinarem o compulsório intercâmbio com todas as mentes encarnadas ou desencarnadas, que se nos movimenta no Espírito no mundo das formas-pensamentos. (Mecanismos da Mediunidade, cap. IV, pp. 44 e 45.)

B. Que consequências podem advir da qualidade, boa ou má, das formas-pensamentos em que nos movimentamos?

Substanciais na esfera da alma, essas construções mentais nos liberam o passo ou o escravizam, na pauta do bem ou do mal de nossa escolha. O fato se dá porque, à maneira do homem que constrói estradas para a sua própria expansão ou que talha algemas para si mesmo, a mente de cada um, pelas correntes de matéria mental que exterioriza, eleva-se a gradativa libertação no rumo dos planos superiores ou estaciona nos planos inferiores, como quem traça vasto labirinto aos próprios pés. (Obra citada, cap. IV, pp. 44 e 45.)

C. André Luiz diz que o Espírito pode, na essência, ser comparado a um dínamo complexo. Por quê?

Ele valeu-se dessa imagem porque nele – o Espírito, encarnado ou desencarnado – se  verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Ele seria, então, comparável a um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tempo, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente. (Obra citada, cap. V, pág. 46.)

Texto para leitura 

28. Formas-pensamentos – Pelos princípios mentais que influenciam em todas as direções, encontramos a telementação e a reflexão comandando todos os fenômenos de associação, desde o acasalamento dos insetos até a comunhão dos Espíritos Superiores, cujo sistema de aglutinação nos é, por agora, defeso ao conhecimento. Emitindo uma ideia, passamos a refletir as que se lhe assemelham, ideia essa que para logo se corporifica, com intensidade correspondente à nossa insistência em sustentá-la, mantendo-nos, assim, espontaneamente em comunicação com todos os que nos esposem o modo de sentir. É nessa projeção de forças, a determinarem o compulsório intercâmbio com todas as mentes encarnadas ou desencarnadas, que se nos movimenta no Espírito no mundo das formas-pensamentos, construções substanciais na esfera da alma, que nos liberam o passo ou no-lo escravizam, na pauta do bem ou do mal de nossa escolha. Isso acontece porque, à maneira do homem que constrói estradas para a sua própria expansão ou que talha algemas para si mesmo, a mente de cada um, pelas correntes de matéria mental que exterioriza, eleva-se a gradativa libertação no rumo dos planos superiores ou estaciona nos planos inferiores, como quem traça vasto labirinto aos próprios pés. (Cap. IV, pp. 44 e 45.)

29. Dínamo espiritual – Ainda mesmo que a Ciência na Terra, por longo tempo, recalcitre contra as realidades do Espírito, é imperioso convir que, no comando das associações atômicas, sob a perquirição do homem, prevalecem as associações inteligentes da matéria mental. O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tempo, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente. (Cap. V, pág. 46.)

30. Gerador elétrico – Recordemos que um motor se alimenta da corrente elétrica, fornecida pelos recursos atômicos do plano material. E para simples efeito de estudo da transmissão de força mediúnica, em que a matéria mental é substância básica, lembremo-nos de que a chamada força eletromotriz nasce do agente que a produz em circuito fechado. Afirmamos que o gerador elétrico é uma fonte de força eletromotriz, entretanto, não nos achamos à frente de uma força automática, mas sim de uma característica do gerador, no qual a energia absorvida, sob forma particular, se converte em energia elétrica. O aparelho gerador, no caso, não plasma correntes elétricas e sim produz determinada diferença de potencial entre os seus terminais ou extremos, facultando aos elétrons a movimentação necessária. Figuremos dois campos elétricos separados, cada um deles com cargas de natureza contrária, com uma diferença de potencial entre eles.  Estabelecido um fio condutor entre ambos, a corrente elétrica se improvisa, do centro negativo para o centro positivo, até que seja alcançado o justo equilíbrio entre os dois centros, anulando-se, desde então, a diferença de potencial existente. Se desejamos manter a diferença de potencial a que nos referimos, é indispensável interpor entre ambos um gerador elétrico, por intermédio do qual se nutra, constante, o fluxo eletrônico entre um e outro, de vez que a corrente circulará no condutor, em vista do campo elétrico existente entre os dois corpos. (Cap. V, pp. 46 e 47.)

Glossário

Dínamo - Máquina rotativa que converte energia mecânica em elétrica.

Elétron - Partícula fundamental na constituição dos átomos e moléculas, portadora da menor quantidade de carga elétrica livre que se conhece, com massa igual a 1/1837 vezes a massa do próton.

Fluxo - Ato ou modo de fluir. Corrente, curso de fluido, em um conduto de tráfego, numa rua etc.   (Lê-se: flucso.)

Força eletromotriz – Eletr. Tensão elétrica entre os terminais de uma fonte de energia elétrica que está funcionando em condições de reversibilidade. [Abrev.: f.e.m.] 

Gerador - Máquina que transforma energia mecânica em elétrica, produzindo uma corrente contínua ou alternada. Circuito que tem por fim produzir uma corrente ou uma tensão com características predeterminadas.

Indução - Ato ou efeito de induzir.

Indução eletromagnética - Estabelecimento de uma força eletromotriz num circuito por efeito da variação de um fluxo magnético que o atravessa.

Telementação - Exercício ou operação mental a distância.

Transubstanciação - Mudança duma substância em outra. Palavra adotada na Igreja Católica, sobretudo a partir da filosofia escolástica, para explicar a presença real de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia, pela mudança da substância do pão e do vinho na de seu corpo e de seu sangue.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita