MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil) |
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Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
8)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Quando emitimos uma
ideia, passamos a
refletir as ideias que
se lhe assemelham?
Sim. E essa ideia logo
se corporifica, com
intensidade
correspondente à nossa
insistência em
sustentá-la,
mantendo-nos, assim,
espontaneamente em
comunicação com todos os
que nos esposem o modo
de sentir. É nessa
projeção de forças, a
determinarem o
compulsório intercâmbio
com todas as mentes
encarnadas ou
desencarnadas, que se
nos movimenta no
Espírito no mundo das
formas-pensamentos.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap.
IV, pp. 44 e 45.)
B. Que consequências
podem advir da
qualidade, boa ou má,
das formas-pensamentos
em que nos movimentamos?
Substanciais na esfera
da alma, essas
construções mentais nos
liberam o passo ou o
escravizam, na pauta do
bem ou do mal de nossa
escolha. O fato se dá
porque, à maneira do
homem que constrói
estradas para a sua
própria expansão ou que
talha algemas para si
mesmo, a mente de cada
um, pelas correntes de
matéria mental que
exterioriza, eleva-se a
gradativa libertação no
rumo dos planos
superiores ou estaciona
nos planos inferiores,
como quem traça vasto
labirinto aos próprios
pés.
(Obra citada, cap.
IV, pp. 44 e 45.)
C. André Luiz diz que o
Espírito pode, na
essência, ser comparado
a um dínamo complexo.
Por quê?
Ele valeu-se dessa
imagem porque nele – o
Espírito, encarnado ou
desencarnado – se
verifica a
transubstanciação do
trabalho psicofísico em
forças
mentoeletromagnéticas,
forças essas que guardam
consigo a propriedade de
agentes emissores e
receptores,
conservadores e
regeneradores de
energia. Ele seria,
então, comparável a um
dínamo gerador, indutor,
transformador e coletor,
ao mesmo tempo, com
capacidade de assimilar
correntes contínuas de
força e exteriorizá-las
simultaneamente.
(Obra citada,
cap. V, pág. 46.)
Texto para leitura
28.
Formas-pensamentos
– Pelos princípios
mentais que influenciam
em todas as direções,
encontramos a
telementação e a
reflexão comandando
todos os fenômenos de
associação, desde o
acasalamento dos insetos
até a comunhão dos
Espíritos Superiores,
cujo sistema de
aglutinação nos é, por
agora, defeso ao
conhecimento. Emitindo
uma ideia, passamos a
refletir as que se lhe
assemelham, ideia essa
que para logo se
corporifica, com
intensidade
correspondente à nossa
insistência em
sustentá-la,
mantendo-nos, assim,
espontaneamente em
comunicação com todos os
que nos esposem o modo
de sentir. É nessa
projeção de forças, a
determinarem o
compulsório intercâmbio
com todas as mentes
encarnadas ou
desencarnadas, que se
nos movimenta no
Espírito no mundo das
formas-pensamentos,
construções substanciais
na esfera da alma, que
nos liberam o passo ou
no-lo escravizam, na
pauta do bem ou do mal
de nossa escolha. Isso
acontece porque, à
maneira do homem que
constrói estradas para a
sua própria expansão ou
que talha algemas para
si mesmo, a mente de
cada um, pelas correntes
de matéria mental que
exterioriza, eleva-se a
gradativa libertação no
rumo dos planos
superiores ou estaciona
nos planos inferiores,
como quem traça vasto
labirinto aos próprios
pés. (Cap. IV, pp. 44
e 45.)
29. Dínamo
espiritual –
Ainda mesmo que a
Ciência na Terra, por
longo tempo, recalcitre
contra as realidades do
Espírito, é imperioso
convir que, no comando
das associações
atômicas, sob a
perquirição do homem,
prevalecem as
associações inteligentes
da matéria mental. O
Espírito, encarnado ou
desencarnado, na
essência, pode ser
comparado a um dínamo
complexo, em que se
verifica a
transubstanciação do
trabalho psicofísico em
forças
mentoeletromagnéticas,
forças essas que guardam
consigo, no laboratório
das células em que
circulam e se
harmonizam, a
propriedade de agentes
emissores e receptores,
conservadores e
regeneradores de
energia. Para que nos
façamos mais
simplesmente
compreendidos,
imaginemo-lo como sendo
um dínamo gerador,
indutor, transformador e
coletor, ao mesmo tempo,
com capacidade de
assimilar correntes
contínuas de força e
exteriorizá-las
simultaneamente.
(Cap. V, pág. 46.)
30. Gerador
elétrico –
Recordemos que um motor
se alimenta da corrente
elétrica, fornecida
pelos recursos atômicos
do plano material. E
para simples efeito de
estudo da transmissão de
força mediúnica, em que
a matéria mental é
substância básica,
lembremo-nos de que a
chamada força
eletromotriz nasce do
agente que a produz em
circuito fechado.
Afirmamos que o gerador
elétrico é uma fonte de
força eletromotriz,
entretanto, não nos
achamos à frente de uma
força automática, mas
sim de uma
característica do
gerador, no qual a
energia absorvida, sob
forma particular, se
converte em energia
elétrica. O aparelho
gerador, no caso, não
plasma correntes
elétricas e sim produz
determinada diferença de
potencial entre os seus
terminais ou extremos,
facultando aos elétrons
a movimentação
necessária. Figuremos
dois campos elétricos
separados, cada um deles
com cargas de natureza
contrária, com uma
diferença de potencial
entre eles.
Estabelecido um fio
condutor entre ambos, a
corrente elétrica se
improvisa, do centro
negativo para o centro
positivo, até que seja
alcançado o justo
equilíbrio entre os dois
centros, anulando-se,
desde então, a diferença
de potencial existente.
Se desejamos manter a
diferença de potencial a
que nos referimos, é
indispensável interpor
entre ambos um gerador
elétrico, por intermédio
do qual se nutra,
constante, o fluxo
eletrônico entre um e
outro, de vez que a
corrente circulará no
condutor, em vista do
campo elétrico existente
entre os dois corpos.
(Cap. V, pp. 46 e 47.)
Glossário
Dínamo -
Máquina rotativa que
converte energia
mecânica em elétrica.
Elétron -
Partícula fundamental na
constituição dos átomos
e moléculas, portadora
da menor quantidade de
carga elétrica livre que
se conhece, com massa
igual a 1/1837 vezes a
massa do próton.
Fluxo -
Ato ou modo de fluir.
Corrente, curso de
fluido, em um conduto de
tráfego, numa rua etc.
(Lê-se: flucso.)
Força eletromotriz
– Eletr. Tensão elétrica
entre os terminais de
uma fonte de energia
elétrica que está
funcionando em condições
de reversibilidade.
[Abrev.: f.e.m.]
Gerador -
Máquina que transforma
energia mecânica em
elétrica, produzindo uma
corrente contínua ou
alternada. Circuito que
tem por fim produzir uma
corrente ou uma tensão
com características
predeterminadas.
Indução -
Ato ou efeito de
induzir.
Indução eletromagnética
- Estabelecimento de uma
força eletromotriz num
circuito por efeito da
variação de um fluxo
magnético que o
atravessa.
Telementação
- Exercício ou operação
mental a distância.
Transubstanciação -
Mudança duma substância
em outra. Palavra
adotada na Igreja
Católica, sobretudo a
partir da filosofia
escolástica, para
explicar a presença real
de Jesus Cristo no
sacramento da
Eucaristia, pela mudança
da substância do pão e
do vinho na de seu corpo
e de seu sangue.