FERNANDO
ROSEMBERG
PATROCÍNIO
f.rosemberg.p@gmail.com
Uberaba, MG
(Brasil)
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Passes com Jesus, sim;
mas com arrotos, não!
Oportuníssimo texto
doutrinário: “Peripécias
e Eficácias do Passe nos
Centros Espíritas”,
assinado pelo amigo do
coração: Jorge Hessen.
No tocante ao arroto,
esta questão é antiga e
de profundo mau gosto.
Um amigo meu, que se
dizia espírita, promovia
frequentes arrotos
durante os passes que
aplicava. De tanto lhe
chamarem a atenção, por
fim, desistira de tal. E
o fato é que por aqui,
em Uberaba/MG, em um
grande e muito
movimentado Centro
Espírita, parentes muito
próximos a mim, me
garantem que os arrotos
ali são uma prática
normal no decurso do
passe. Fui conferir, e
constatei a verdade. Em
respeito às normas da
casa, me calei. E é bem
possível que seus
médiuns desconheçam que
o mesmo seja
desnecessário; além de
passar uma má impressão
aos seus frequentadores
que ali se localizam
para um alívio, um
socorro, ao corpo ou ao
Espírito, das tantas
dores e dificuldades
deste mundo provacional.
O arroto, pois, me
parece uma prática não
recomendável, bem como
não autorizada, ao que
eu saiba, por nenhuma
obra que se diga ou que
se possa conceituá-la
como sendo legitimamente
espírita, e, portanto,
tal prática do arroto é
desaconselhável, e penso
seja perpetrada por
médiuns-trabalhadores de
boa vontade, porém, sem
o devido estudo de obras
sérias e aprovadas pelo
meio doutrinário
espírita, e que, por tão
aberrante procedimento,
estão revelando, bem
como aconselhando aos
jovens espiritistas de
amanhã, e aos mais
diversos frequentadores
do Centro, uma prática
que, além de ser
desnecessária, é
deselegante, deseducada,
grosseira, e,
doutrinariamente, não
recomendável.
Ora, não há coisa mais
respeitosa, e digna de
aplausos, por sua nobre
e exemplar atividade
cristã, do que
adentrarmos uma casa
espírita de passes; casa
bastante singela, mas
muito organizada, limpa
e asseada, sujeita que
está aos mais diversos
cuidados dos seus
tarefeiros:
espiritistas-cristãos.
Nela, seus humildes e
atenciosos médiuns,
receptivos à mensagem
consoladora do Mestre
Nazareno, nos recebem de
braços abertos, tão
amáveis e absolutamente
prontos a nos ouvir e a
nos compreender. Tais
médiuns, a meu ver,
estão disseminando as
bênçãos do Cristianismo
Redivivo; estão
divulgando as virtudes
de uma Espiritualidade
Benfazeja, curativa do
corpo e da Alma, nos
amenizando as milenares
feridas provacionais;
estão disseminando,
portanto, que não
estamos sós e
abandonados, e sim,
cercados de almas
amigas, simpatizantes,
familiares que já
partiram em cumprimento
aos ditames de sua
missão e que, portanto,
não morreram, mas estão
bem vivos e atuantes com
a Medicina da Alma e do
veículo somático também.
E, portanto, como
compreender que uma
reunião de tantos
predicados e tão
excelentes virtudes
possa, de quando em vez,
e, às vezes,
repetidamente, permitir
que alguns de seus
membros venham a emitir
grosseiros e estrondosos
arrotos como se
estivéssemos ao meio de
uma burlesca refeição,
de uma mesa cercada de
seres abrutalhados e
prontos para qualquer
coisa, menos a de
agradecer a Deus pela
dádiva recebida?
Ora, o arroto
barulhento, além de
grosseiro e deselegante
é incompatível com uma
associação espiritista,
onde elementos dos dois
planos estão munidos das
mais sagradas
disposições axiológicas,
éticas e cristãs, sendo
descabido a ela – como
digna associação
espiritista que é -
procedimentos alheios a
princípios de caridade,
de respeito e amor ao
semelhante carente, e
nalgumas vezes, só e
abandonado.
Passes com Jesus, sim;
mas com arrotos, não!