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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 352 - 2 de Março de 2014

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 
 

A selvageria e o século XXI


755 – Como se dá que no seio da civilização mais avançada se encontrem seres algumas vezes tão cruéis quanto os selvagens? (L.E.) -

"Como sobre uma árvore carregada de bons frutos, encontram-se os que não chegam a termo. São, se o queres, selvagens que não têm da civilização senão o verniz, lobos perdidos no meio das ovelhas. Espíritos de uma ordem inferior e muito atrasados podem se encarnar entre os homens avançados, na esperança de eles mesmos avançarem."


A revista VEJA, em sua edição 2361, de 19 de fevereiro de 2014, página 29, sob o título Algo de podre nisso?, traz a reportagem de uma girafa sacrificada e esquartejada para virar comida de outros animais em zoológico da Dinamarca. Passemos a uma pequena reprodução do texto em questão: “Há países onde assaltantes queimam vítimas vivas ou tribos rivais se esquartejam mutuamente. Na Dinamarca, a crise do momento foi causada por uma girafa. Jovem demais para se tornar reprodutor e geneticamente muito próximo de outros espécimes, Marius foi sacrificado no zoológico de Copenhague e fatiado em pedaços enviados aos leões locais como refeição especial. Tudo na frente de um público composto por adultos e crianças, como uma aula ao vivo do mundo animal. Um abaixo-assinado endossado por 27000 pessoas e reações furiosas não abalaram a direção do zoológico”.

Tal conduta que optou pela eutanásia de um animal comporta alguns questionamentos:

1.º) não havia outra opção do que eutanasiar o animal, como por exemplo, transferi-lo para outro zoológico? Ou a opção mais fácil e econômica era matar?

2.º) esse ato era necessário ser realizado em público diante de crianças, inclusive? O que terá ficado arquivado nessas mentes pequeninas? Que matar é o mais prático a fazer quando um ser vivo não interessa mais ou está causando problemas? Que pensarão mais tarde essas crianças dos velhos acamados ou das próprias crianças deficientes físicas ou mentais?

Ensina-nos Joanna de Ângelis que somente a educação consegue libertar o ser, por fundamentar-se no conhecimento e no dever para com a Vida, a sociedade e o próprio cidadão. Será que foi isso que aquelas crianças aprenderam ao presenciar ao vivo o que foi feito ao pobre e indefeso animal?

Continua Joanna a nos ensinar sobre a educação, afirmando que ela, a educação, é valioso instrumento para o trabalho de construção da pessoa feliz, que se torna, por sua vez, uma viva lição da vida para as demais, que seguem na retaguarda. Através da execução da girafa teriam os seus autores passado essa ideia para aquelas crianças, futuros cidadãos de amanhã?

Raul Teixeira, em seu livro Minha família, o mundo e eu, ensina que devemos evocar na convivência com os filhos amados a grandeza da paz. Levá-los a avaliar as consequências de um mundo assinalado pela pacificação. Que devemos trabalhar com esses filhos a distinção entre o pacifismo – que é virtude atuante, corajosa e lúcida – e a passividade – que é a máscara com que a covardia e a omissão costumam se ocultar, inconsequentes. Dessa maneira, continua Raul, legaremos à nossa prole a herança da consciência harmoniosa.

Se havia crianças presentes no ato da execução do animal, evidentemente que os pais também deveriam estar presentes. Será que com essa atitude esses pais ensinaram os conceitos de paz aos seus filhos ou o conceito de que a morte é uma solução mais prática e mais econômica para enfrentarmos determinados problemas da existência?

Será que não é por isso que assaltantes queimam suas vítimas ainda vivas? Que estupros acontecem? Que sequestros são perpetrados com a maior frieza? Que latrocínios inundam as notícias de jornais e canais de televisão? Que educação tiveram na infância as pessoas que assim procedem? Quais os valores que lhes foram passados sobre a Vida?

Ah! – dirão muitos – A girafa é apenas um animal! Não. No animal transita um princípio imortal criado pelo mesmo Deus que nos criou. A esse princípio imortal foi dado por Ele o direito de viver para evoluir. E se vivemos gemendo de mãos estendidas para os Espíritos superiores nos momentos de nossas dores e dificuldades, o que temos feito para auxiliar aqueles que caminham à nossa retaguarda como os animais, nossos irmãos mais jovens? Ou será que nos cremos muito inteligentes e capazes de ludibriar a Lei que a todos vigia e dá a cada um segundo as obras praticadas?

Ensina Raul Teixeira no mesmo livro citado anteriormente que devemos vitalizar no âmago dos nossos rebentos abençoados a reverência ao Criador dos mundos e dos seres. Como ensinar nossas crianças a reverenciarem a Deus se desrespeitamos e agredimos com crueldade as criaturas dos reinos menores?

Educar é a arte de forjar sentimentos baseados na ética do Amor!

Quanta sujeira moral deverá ser banida desse planeta de provas e expiações para que o mundo de regeneração nele encontre guarida!

Ou será que os homens já merecem esse mundo novo apesar das crueldades manifestadas nas selvagerias de suas atitudes?
 

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita