DAVILSON SILVA
davsilva.sp@gmail.com
São Caetano do
Sul, SP
(Brasil)
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O mal está em
nós mesmos, daí
os sofrimentos
Existem certas
tempestades que
destroçam e
extenuam a alma.
Tomando-nos de
surpresa,
impiedosa
provação qual a
de um súbito
torvelinho
destrói-nos o
laborioso fruto
do trabalho
perseverante e
honesto.
Representemos as
folhas
pressionadas
pela força do
vento fero a
sede dos
sentimentos, das
emoções e da
consciência, a
experimentar
abalo,
perplexidade e
embaraço.
Tal como a
folhagem que a
ventania
destruidora
comprime, a Alma
aflige-se.
Tácita e
aturdida, a
criatura
sente-se
carecida de
arrimo, sem a
ideia do que
seja o mais
judicioso e
acertado. À
medida que se
apagam as
ilusões, ela
fixa no alto o
olhar; mas, o
céu, carregado
das nuvens da
incerteza,
esconde a
claridade
meridiana da
crença,
torturando-lhe o
coração.
Escreveu o
célebre escritor
e novelista
russo Leo
Nikolaievitch, o
conde de Tolstói
(1828/1910), ou
Leon Tolstói,
sobre a vinda de
um tempo em que
os homens
escutariam
atentamente os
apelos divinos
(não os apelos
do deus bíblico
antropomorfo) e,
em prol de si
mesmos,
esqueceriam a
guerra,
embainhariam as
espadas,
guardariam as
lanças, tempo em
que as
fortalezas, os
quartéis, os
palácios, as
prisões ficariam
vazios. “Mas
quando virá?” —
indagou de si
mesmo o
partidário da
não violência e
da abolição da
propriedade, o
também pedagogo
e autor da obra
prima: Guerra
e Paz.
Necessário se
torna mudar;
nesse caso,
mudar de
diretiva para o
verdadeiro
sentido da vida,
para a fonte
inesgotável e
eterna.
Negligenciamos
esse dom
precioso: o
poder de amar.
Tornamo-nos
incapazes de
compreender
nossos
companheiros do
ciclo
existencial, as
palavras
deixaram de ter
o sentido de
outrora, e o
tesouro de nosso
coração
corroeu-se pelas
más ações do
pensamento e da
palavra, fazendo
repetir frases
de ordem
egoísticas e de
arrogância, de
ódio e
intransigência,
de mágoa.
É por isso que,
até os dias de
hoje, a dor
continua
presente no
mundo, sem
antevermos o seu
termo, porque o
homem calou o
próprio coração,
sufocou os
preceitos
morais. O mal do
mundo reflete o
mal de cada um
de nós;
porquanto a
humanidade
inteira deve
aprender a
sofrer; só assim
nos livraremos
das misérias da
alma.
Explicou o
brilhante
Herculano Pires
em suas sábias
ilações sobre as
coisas
essenciais e
eternas, à luz
do Espiritismo,
que até a
minúscula
semente, quando
germinada, passa
pelo seguimento
da dor, graças
ao meio ambiente
onde se
encontra.
Segundo ele, os
estímulos e
desafios dos
elementos que a
cercam, um dia,
poderão torná-la
uma árvore
frondosa e
acolhedora.
“Isso, no plano
humano,
consideraríamos
como DOR”, disse
o mestre. O
processo
evolutivo é
doloroso, sim,
ao qual estamos
intrinsicamente
subordinados,
mas o que é esse
sofrimento
diante da
eternidade?...
Porém, os
bondosos
Espíritos
adiantaram que a
rapidez ou a
morosidade de
seu clímax, só
dependerá de
nós.
No início de
mais estes
primeiros meses
dos calendários
juliano e
gregoriano,
cumpramos com
maior
regularidade,
com mais afinco
as nossas
obrigações. Que
nos encorajemos
sinceramente,
agora mais que
nunca, a fazer
brilhar a nossa
própria luz
interna, para
que o prometido
reino de Deus,
anelado por
tantos, seja
construído por
nós e a partir
de nós, ainda
que diante de
novas
arremetidas da
ventania
violenta e
repentina da
existência.
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