Atualmente
discute-se muito
sobre segurança,
mortes no
trânsito,
drogas, balas
perdidas e
tantas outras
formas de
violência.
São assuntos
que, claro,
devem ser sempre
debatidos pela
sociedade em
geral para que
os números
diminuam e possa
o Homem
peregrinar por
este planeta da
maneira mais
tranquila
possível.
Entretanto, não
obstante a
violência que
elimina o corpo
físico do
indivíduo, há
outro tipo de
violência que a
meu ver é mais
maléfica à
criatura: a
violência
espiritual, a
que mata o
Espírito, a que
arrebenta vidas
por séculos e
séculos.
Por conta de
minha atividade
profissional
venho
percebendo: o
que mais mata as
pessoas não é a
violência física
(claro, ela
também mata),
mas a violência
espiritual que
pode ser
resumida numa
palavra:
Crueldade.
Sim, se um tiro
mata o corpo, se
um motorista
embriagado ceifa
vidas, não se
pode esquecer
que a crueldade
mata o espírito.
A palavra cruel
dita a uma
criança
sucessivas
vezes, por
exemplo, pode
matar seu
espírito para
muitas
existências...
Vocês dirão: O
Espírito não
morre!
É? Tem certeza
que o Espírito
não morre? Claro
que morre; morre
de crueldade.
Não podemos ser
matadores de
Espíritos!
A questão de
número 208 de O
livro dos
Espíritos afirma
que os pais
exercem uma
influência muito
grande sobre a
alma infantil,
sendo, pois,
responsáveis por
educá-la nos
caminhos do bem.
Ampliando um
pouco mais,
compreende-se
que a influência
entre os
Espíritos não se
dá apenas na
relação pais e
filhos, mas de
forma geral e
sistêmica.
Estamos todos
conectados neste
Universo real e
virtual!
Ou seja, ao
estabelecermos
contato com
outras pessoas
estamos
influenciando e
sendo
influenciados,
independentemente
da idade
biológica.
Gozações e
piadas de mau
gosto, por
exemplo, feitas
sucessivas vezes
com um amigo
adulto pode,
obviamente,
influenciá-lo a
considerar-se um
ser à parte na
criação.
Muitos suicídios
começam por aí.
E, não pense que
exagero, caro
leitor, basta
pesquisar o que
se encontra por
trás do
autoextermínio e
verificará o que
aqui afirmo.
Portanto, jamais
joguemos lama
nos outros, isto
é cruel de nossa
parte.
Melhor a palavra
que dá vida, que
anima o espírito
de disposição,
que incentiva o
outro a
prosseguir em
sua jornada, se
possível,
feliz...
Porém, voltando
às crianças, eu
lido com elas
diariamente e
tenho visto a
importância do
reforço positivo
em seus
desenvolvimentos.
É necessário dar
vida ao Espírito
e não tirar-lhe
o brilho dos
olhos e a
vontade de viver
com alegria.
Percebo que,
naquelas
pequeninas almas
velhas, a falta
de brilho nos
olhos é em
decorrência de
uma frase
absurda ou um
comentário
maldoso dito
sucessivas vezes
a elas.
E isto, claro,
vem aos poucos
matando o seu
espírito, a sua
vontade de
viver.
E, infelizmente,
muitos pequenos
crescem doentes,
enfermos da
alma, repletos
de traumas, sem
brilho nos
olhos, sem
vontade de viver
por conta da
violência que
ficou impressa
em seu espírito.
Por isso digo
que o Espírito
morre, não no
sentido literal
da morte, mas
morre para a
vida ao levar
uma existência
apática, sem
brilho, sem cor.
Ah, se
tivéssemos ideia
real da força
das palavras,
pensaríamos
muito antes de
“matar o
Espírito”.
E, sejamos
sinceros, para o
Espírito retomar
a vida depois de
ser morto pela
crueldade humana
vai um tempo
grande, mas
muito grande
mesmo, não raro,
leva várias
existências para
tornar a
viver...
Pensemos nisto
com carinho...