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Estudo Metódico do Pentateuco Kardequiano  Inglês  Espanhol

Ano 8 - N° 359 - 20 de Abril de 2014

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

 

O Céu e o Inferno

Allan Kardec

(Parte 28)
 

Continuamos o estudo metódico do livro “O Céu e o Inferno, ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, cuja primeira edição foi publicada em 1º de agosto de 1865. A obra integra o chamado Pentateuco Kardequiano. As respostas às questões sugeridas para debate encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate

A. Há Espíritos que ainda conservam, na erraticidade, as mesmas ilusões da vida terrena?

B. Por que o Espiritismo não torna perfeitos, de imediato, nem mesmo os mais fervorosos adeptos?

C. Todo sofrimento humano tem uma causa justa?

D. Os Espíritos ficam muitos séculos na erraticidade?

Texto para leitura 

243. O caso Xumene surpreende bastante pela agressividade com que esse Espírito se dirige ao seu evocador. Quando este lhe recomenda repudiar suas más tendências, Xumene lhe diz: “Não te incomodes com o que não é da tua conta; principia orando por mim, como o fazes com os outros, e depois veremos”. O evocador observou: “Se não me auxiliardes com o vosso arrependimento, a prece pouco valor poderá ter”. Xumene replicou: “Mas falando, em vez de orares, menos ainda me adiantarás”. (2a. Parte, cap. VII, Xumene.) 

244. Feita a prece, Xumene não a considerou tão útil como esperava. O Guia da médium confortou, então, a medianeira recomendando-lhe tivesse coragem e perseverança. Xumene daria trabalho, mas o triunfo no final lhe pertenceria. “Não há culpados que se não possam regenerar por meio da persuasão e do exemplo – disse o instrutor espiritual –, visto como os Espíritos, por mais perversos, acabam por corrigir-se com o tempo.” (2a. Parte, cap. VII, Xumene.)

245. Finalizando a mensagem, o mentor esclareceu: “Mesmo a contragosto, as ideias sugeridas a esses Espíritos fazem-nos refletir. São como sementes que, cedo ou tarde, tivessem de frutificar. Não se arrebenta a pedra com a primeira marretada. Isto que te digo pode aplicar-se também aos encarnados e tu deves compreender a razão por que o Espiritismo não torna imediatamente perfeitos nem mesmo os mais crentes adeptos. A crença é o primeiro passo: vem em seguida a fé e a transformação por sua vez; mas, além disso, força é que muitos venham revigorar-se no mundo espiritual”. (2a. Parte, cap. VII, Xumene.) 

246. Juliana Maria, pobre mulher que vivera da caridade pública, evocada em junho de 1864, esclareceu por que enfrentara em sua última existência a prova da pobreza. Disse ela que tal se deu para puni-la do vão orgulho com que repelia os pobres, os miseráveis. “Assim – acrescentou Juliana –, passei pela pena de talião fazendo-me a mais horrenda mendiga deste país; mas, ainda assim, como que para certificar-me da bondade de Deus, nem por todos fui repelida, e esse era todo o meu temor.” (2a. Parte, cap. VIII, Juliana Maria.) 

247. Em mensagem anterior, Juliana disse da importância da fé no tratamento dos doentes. “É preciso ter fé antes de tudo – afirmou a ex-mendiga –, pois de outro modo nada se conseguirá.” E ela advertiu: “Quando implorares permissão a Deus para que os bons Espíritos te transmitam fluidos benéficos, se não sentires um estremecimento involuntário, é que a tua prece não foi bastante fervorosa para ser ouvida”. (2a. Parte, cap. VIII, Juliana Maria.) 

248. Falando sobre sua desencarnação, informou Juliana: “Não sofri ao dar-se o meu trespasse, e sou feliz por ter cumprido a minha missão sem vacilações, resignadamente. Tornei-me útil na medida das minhas forças, evitando sempre prejudicar os meus semelhantes. Hoje recebo o prêmio e dou graças a Deus, ao nosso Divino Mestre, que mitiga o travo das provações, fazendo-nos esquecer, quando encarnados, as faltas do passado, ao mesmo tempo que nos põe no caminho almas caridosas, outros tantos auxiliares que atenuem o peso, o fardo das nossas culpas anteriores”. (2a. Parte, cap. VIII, Juliana Maria.) 

249. Comentando o caso Juliana Maria, assevera Kardec: “Aqui está um fato repleto de ensinamentos. Quem se dignar meditar sobre estas três comunicações, nelas encontrará condensados todos os grandes princípios do Espiritismo. Logo na primeira comunicação, o Espírito manifesta a sua superioridade pela linguagem; como gênio benfazejo e como que metamorfoseada, esta mulher radiante vem proteger aqueles mesmos que a desprezaram sob os andrajos da miséria. É a aplicação destas máximas evangélicas: Os grandes serão rebaixados e os pequenos serão exaltados; felizes os humildes, felizes os aflitos, porque serão consolados; não desprezeis os pequenos, porque aquele que vos parece pequeno neste mundo, pode ser bem maior do que julgais”. (2a. Parte, cap. VIII, Juliana Maria, nota de Kardec.) 

250. Max, o mendigo, que fora, cento e cinquenta anos atrás, um dos ricos e poderosos senhores numa das regiões da Baviera, percorria, durante o sono, o castelo onde reinara despoticamente, revendo-se no fausto de sua antiga fortuna. Ao despertar, sentia uma impressão de amargura e tristeza – afinal, desde os 40 anos estava paralítico e não tinha ninguém com quem falar!... Mas nunca uma só queixa se escapou de seus lábios e, ao falecer, quase centenário, havia vencido essa prova tão penosa que é a mendicância. (2a. Parte, cap. VIII, Max, o mendigo.) 

Respostas às questões propostas

A. Há Espíritos que ainda conservam, na erraticidade, as mesmas ilusões da vida terrena?  

Sim. Como se verificou com a ex-rainha do Oude, Espíritos há que conservam todos os preconceitos terrestres na plenitude da sua força, e nos quais o orgulho nada perde de suas ilusões. (O Céu e o Inferno - Segunda Parte, cap. VII, A rainha do Oude.)

B. Por que o Espiritismo não torna perfeitos, de imediato, nem mesmo os mais fervorosos adeptos?  

Não se arrebenta a pedra com a primeira marretada. Tal pensamento aplica-se aos Espíritos, estejam ou não desencarnados. A explicação não é difícil de compreender. A perfeição é fruto de um processo em que a crença é o primeiro passo, vindo em seguida a fé e, por fim, a transformação. Ocorre que, em muitos casos, é preciso que a pessoa venha revigorar-se no mundo espiritual, para assumir e, de fato, cumprir o compromisso que a levará ao objetivo final. (O Céu e o Inferno - Segunda Parte, Cap. VII, Xumene, mensagem do Guia do médium.)

C. Todo sofrimento humano tem uma causa justa?  

Sim. Todo sofrimento tem uma causa justa, porque a justiça divina jamais falha. (O Céu e o Inferno - Segunda Parte, cap. VIII, Marcelo.)

D. Os Espíritos ficam muitos séculos na erraticidade?  

Podem ficar, sim, por muito tempo na chamada erraticidade, como ocorreu com Szymel Slizgol, que permaneceu nesse estado durante três séculos e meio. (O Céu e o Inferno - Segunda Parte, cap. VIII, Szymel Slizgol, primeira pergunta.) 

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita