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O Espiritismo responde
Ano 8 - N° 359 - 20 de Abril de 2014
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 



Em carta dirigida a esta revista e publicada nesta mesma edição, uma leitora pergunta-nos:

  1. Uma pessoa que cometeu erros pode pedir nesta mesma vida uma expiação para seus males?
  2. Qual é a punição para uma pessoa colérica?

Aprendemos no Espiritismo que o homem nem sempre é punido, ou punido completamente, na sua existência atual, mas não escapa jamais às consequências de suas faltas.

Kardec escreveu no cap. V, item 7, d´O Evangelho segundo o Espiritismo, o texto abaixo:

“Os sofrimentos devidos a causas anteriores à existência presente, como os que se originam de culpas atuais, são muitas vezes a consequência da falta cometida, isto é, o homem, pela ação de uma rigorosa justiça distributiva, sofre o que fez sofrer aos outros. Se foi duro e desumano, poderá ser a seu turno tratado duramente e com desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer em humilhante condição; se foi avaro, egoísta, ou se fez mau uso de suas riquezas, poderá ver-se privado do necessário; se foi mau filho, poderá sofrer pelo procedimento de seus filhos, etc. Assim se explicam pela pluralidade das existências e pela destinação da Terra, como mundo expiatório, as anomalias que apresenta a distribuição da ventura e da desventura entre os bons e os maus neste planeta. Semelhante anomalia, contudo, só existe na aparência, porque considerada tão só do ponto de vista da vida presente. Aquele que se elevar, pelo pensamento, de maneira a apreender toda uma série de existências, verá que a cada um é atribuída a parte que lhe compete, sem prejuízo da que lhe tocará no mundo dos Espíritos, e verá que a justiça de Deus nunca se interrompe.” (Grifamos.)

A doutrina espírita nos ensina, porém, que a expiação pode ser evitada, ou minorada, pelas ações nobres que praticarmos, conforme nos foi ensinado pelo apóstolo Pedro no capítulo 4 de sua primeira epístola: “Antes de tudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre a multidão dos pecados”. (Cf. 1ª Epístola de Pedro, 4:8.)

Quanto à primeira pergunta formulada pela leitora, o correto, pois, não seria solicitar expiação, mas sim procurar reparar com a prática do bem o que houver feito de errado, vencendo com isso as inclinações infelizes, o que pode ser conseguido por qualquer pessoa, desde que tenha para isso vontade.

Com efeito, ensina a questão 909 d´O Livro dos Espíritos:

909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? “Sim, e, frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre vós fazem esforços!”

Quanto à segunda pergunta, a pessoa colérica é, sem dúvida nenhuma, a primeira vítima da cólera que não consegue reprimir, conforme podemos verificar nos textos adiante reproduzidos:

1.) Disse Clara, confirmando a impropriedade da cólera: "Sim, indiscutivelmente, a cólera não aproveita a ninguém, não passa de perigoso curto-circuito de nossas forças mentais, por defeito na instalação de nosso mundo emotivo, arremessando raios destruidores, ao redor de nossos passos... Em tais ocasiões, se não encontramos, junto de nós, alguém com o material isolante da oração ou da paciência, o súbito desequilíbrio de nossas energias estabelece os mais altos prejuízos à nossa vida, porque os pensamentos desvairados, em se interiorizando, provocam a temporária cegueira de nossa mente, arrojando-a em sensações de remoto pretérito, nas quais como que descemos quase sem perceber a infelizes experiências da animalidade inferior". E Clara aduziu, de forma peremptória: "A cólera, segundo reconhecemos, não pode e nem deve comparecer em nossas observações, relativas à voz. A criatura enfurecida é um dínamo em descontrole, cujo contacto pode gerar as mais estranhas perturbações". (Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, obra psicografada por Chico Xavier; cap. XXII, págs. 137 e 138.) (Grifamos.)

2.) Reportando-se à cólera, disse um Espírito protetor: "Pesquisai a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelham ao bruto, fazendo-vos perder o sangue-frio e a razão; pesquisai e, quase sempre, deparareis com o orgulho ferido. Que é o que vos faz repelir, coléricos, os mais ponderados conselhos, senão o orgulho ferido por uma contradição? Até mesmo as impaciências, que se originam de contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da importância que cada um liga à sua personalidade, diante da qual entende que todos se devem dobrar. Em seu frenesi, o homem colérico a tudo se atira: à natureza bruta, aos objetos inanimados, quebrando-os porque lhe não obedecem. Ah! se nesses momentos pudesse ele observar-se a sangue-frio, ou teria medo de si próprio, ou bem ridículo se acharia! Imagine ele por aí que impressão produzirá nos outros. Quando não fosse pelo respeito que deve a si mesmo, cumpria-lhe esforçar-se por vencer um pendor que o torna objeto de piedade. Se ponderasse que a cólera a nada remedeia, que lhe altera a saúde e compromete até a vida, reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima. Mas, outra consideração, sobretudo, deveria contê-lo: a de que torna infelizes todos os que o cercam. Se tem coração, não lhe será motivo de remorso fazer que sofram os entes a quem mais ama? E que pesar mortal se, num acesso de fúria, praticasse um ato que houvesse de deplorar toda a sua vida! Em suma, a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede se faça muito bem e pode levar à prática de muito mal. Isto deve bastar para induzir o homem a esforçar-se pela dominar. O espírita, ao demais, é concitado a isso por outro motivo: o de que a cólera é contrária à caridade e à humildade cristãs. (O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec; capítulo IX, item 9.) (Grifamos.)

3.) O instrutor Alexandre asseverou: "Nas moléstias da alma, como nas enfermidades do corpo físico, antes da afecção existe o ambiente. Ações produzem efeitos, sentimentos geram criações, pensamentos dão origem a formas e consequências de infinitas expressões. Cada um de nós é responsável pela emissão das forças lançadas em circulação nas correntes da vida. A cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a perigosos germens psíquicos na esfera da alma. E, qual acontece no terreno das doenças do corpo, o contágio nas enfermidades da alma é fato consumado, desde que a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleçam ambiente propício. Os homens, sobretudo os pais terrestres, com raríssimas exceções, são os primeiros a agir em prejuízo da saúde espiritual da coletividade. Entre abusos do sexo e da alimentação, desde os anos mais tenros, nada mais fazíamos que desenvolver as tendências inferiores, cristalizando hábitos malignos. Não é, pois, de admirar tantas moléstias do corpo e degenerescências psíquicas". (Missionários da Luz, de André Luiz, obra psicografada por Chico Xavier; cap. 4, págs. 38 e 39.) (Grifamos.)

Evidentemente, conforme dito acima, os males que, devido à cólera, acometerem outras pessoas enquadram-se no rol dos atos infelizes que deveremos reparar e certamente expiar, em face da lei de causa e efeito que rege os destinos humanos.

Quando isso se dará? Em alguns casos, pode ocorrer já na presente existência, porque, como ninguém certamente ignora, todos nós recebemos da vida o que damos a ela.


 
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