Como mencionamos na edição
passada, em termos
gramaticais, sujeito é o
termo da oração que dá
suporte a uma afirmação
expressa pelo predicado.
Considera-se que o sujeito é
indeterminado quando
existe na oração um elemento
ao qual o predicado se
reporta, mas não é possível
identificar quem é ou quem
são esses elementos.
Exemplos:
·
Dizem que vai chover.
·
Falam maravilhas desse
jogador.
·
Falavam de tudo no
congresso.
·
Precisa-se de técnicos em
computação.
Nos quatro exemplos não se
sabe qual é o sujeito da
oração. Quem disse que vai
chover? Quem falou
maravilhas do jogador? Quem
falava de tudo no congresso?
Existem, em nosso idioma,
duas maneiras de tornar
indeterminado o sujeito:
1ª – colocando o verbo na
terceira pessoa do plural,
sem conotação com nenhum
termo antecedente.
Exemplos:
·
Criaram muita expectativa em
torno da Copa do Mundo.
·
Inventaram muitas coisas a
respeito do candidato.
·
Disseram que vem coisa brava
por aí.
·
Hoje bem cedo tocaram a
campainha lá de casa.
2ª – acrescentando o pronome
se a um verbo
flexionado na terceira
pessoa do singular.
Exemplos:
·
Necessita-se de costureiras.
·
Falou-se de tudo na reunião.
·
Neste país precisa-se de
governantes honestos.
O pronome se, em tais
casos, funciona como índice
de indeterminação do
sujeito. É preciso, porém,
cuidado para não confundir
essa função com a exercida
pela chamada partícula
apassivadora, porque neste
último caso há sempre na
oração um sujeito
determinado, como veremos
oportunamente.
*
Respondendo à pergunta
formulada na semana passada,
eis entre parênteses o
sujeito de cada uma das
orações abaixo:
·
Eu e você iremos juntos. (Eu
e você)
·
Chuvas fortes e pródigas
anunciaram o verão. (Chuvas)
·
Decorreram alguns dias de
paz. (Dias de paz)
·
Vendeu-se a pá. (A pá)
·
Aí lhe surgiram dias de
plena ventura. (Dias de
plena ventura)
·
A muitos amigos encontrei
felizes. (Eu)
·
O ar campestre é saudável.
(O ar campestre)
·
Foram à luta Pedro e Tiago.
(Pedro e Tiago)
·
A paisagem era ali
tranquila. (A paisagem)