VLADIMIR POLÍZIO
polizio@terra.com.br
Jundiaí, SP
(Brasil)
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A Páscoa
As passagens da
“Bíblia”, ou
“Livro da Lei”,
ou “Livro
Sagrado”, ou
ainda, do
‘”Velho ou
Antigo
Testamento”,
como é chamado
esse conjunto de
registros que
traz em seu
conteúdo fatos e
relatos
históricos e
religiosos, é
considerado,
também, como a
“Bíblia
Hebraica”.
São citações que
encerram um
período
considerado por
grande parte da
humanidade como
o início da
civilização
humana na Terra,
suas lutas,
comportamentos,
leis, domínios e
servidões.
Portanto, os
assuntos
relatados no
Velho Testamento
não se
enquadram, a
nosso ver, com
os postulados
apregoados na
implantação da
Era Cristã,
iniciada a
partir do
nascimento de
Jesus, âncora e
balizamento
desse advento, o
Cristianismo.
Em 1681 foi
feita a primeira
tradução da
Bíblia para a
língua
portuguesa, cujo
feito se deve ao
escritor e padre
português João
Ferreira de
Almeida, que
posteriormente
declinou da fé
católica em
favor do
Calvinismo.
Convém lembrar
que a festa da
Páscoa é um
acontecimento
que, para os
espíritas, não
tem sentido
religioso.
Porém, para o
povo judeu que
segue as
tradições do
Velho
Testamento, com
justa razão,
essa passagem
faz sentido. Os
judeus respeitam
os cinco
primeiros
livros, que são
considerados
como escritos
por Moisés.
Esses livros
são, pela ordem:
Gênesis, Êxodo,
Levítico,
Números e
Deuteronômio. Os
demais livros
não são levados
em conta por
muitos deles.
É nesse tempo,
em Êxodo,
Capítulo 23,
versículos de 14
a 19, que se
celebram três
festas que são
cobradas pelo
povo, dentre
elas, a Páscoa.
A Páscoa (Pesach)
foi instituída,
então, nesse
período da
história para
festejar a
liberdade da
escravidão a que
esse povo estava
submetido,
quando nos
domínios do
Egito, fato
ocorrido no mês
de abril.
Quando Jesus
esteve na Terra,
afirmou
vivamente que
“não mudaria a
Lei”. Se assim
afirmou, foi em
razão das
transformações
drásticas que
introduziu no
entendimento
religioso, as
quais deveriam
estar provocando
protestos e
descontentamento
no âmbito das
sinagogas, em
razão dos
conflitos entre
as novas
orientações e os
centenários
textos hebreus.
Ora, se Jesus
disse que “não
mudaria a Lei”,
mas todas as
leis da
disciplina
social e
religiosa
existentes foram
mudadas, importa
que Ele não
estivesse se
referindo às
leis terrenas,
mas, sim, às
Leis Divinas,
eternas e
imutáveis. Assim
considerando,
qualquer
tentativa de
associar fatos
ou doutrinas
inscritas no
Velho Testamento
não poderá ser
acolhida como
natural,
justamente em
razão da
transformação
radical
apresentada. Da
penosa Lei de
Talião, onde
prevalecia o
olho por olho e
dente por dente,
Jesus pregou o
amor
incondicional ao
próximo,
ensinando que
devia oferecer a
face direita
aquele que
recebesse
agressão na
esquerda. Dos
Dez Mandamentos
constantes do
Livro Êxodo,
Jesus
restringiu-os em
apenas dois,
dizendo ainda
que nesses dois
estariam
incluídos toda a
lei e os
profetas.
Para os
cristãos, e não
estamos
excluídos, pois
somos
cristãos-espíritas,
além de não
dizer respeito
aos ensinos de
Jesus, a data
pode ser
considerada como
uma oportunidade
e pretexto para
que se
consumasse a
traição ao
Mestre Divino,
quando foi
preso,
humilhado,
martirizado e,
por fim,
crucificado,
pela vontade
popular que
assim preferiu
em benefício de
um homicida que
a história
registrou como
sendo ‘Barrabás’.
Com esse gesto
dos judeus de
permitir o
sacrifício de
quem trouxe a
Boa Nova ao
mundo,
entendemos que a
maioria decide
sempre, como foi
decidido, mas
nem sempre
vence, pois a
vitória está na
razão de
alcançar o
triunfo com
êxito brilhante
em qualquer
campo de ação. E
não foi o que
houve.
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