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Ano 8 - N° 365 - 1° de Junho de 2014

 
 

 

O que pensamos sobre polêmicas


Todas as vezes em que se estabelece alguma polêmica no meio espírita, notam-se nas pessoas, leitores ou não de nossa revista, duas ordens de ideias.

Há quem entenda que toda polêmica num periódico espírita deve ser repelida, porque as polêmicas, segundo esse pensamento, não levam a lugar nenhum e podem causar um certo desconforto e mesmo animosidade entre os debatedores.

Conquanto minoritária, a outra corrente de pensamento vê, sim, relevância nas polêmicas, quando construtivas, seguindo aí o exemplo de Allan Kardec, que afirmou que havia um gênero de polêmica a que jamais recuaria: a discussão séria dos princípios espíritas. Aliamo-nos, evidentemente, a este grupo, com a expressa condição de que a discussão não resvale para a agressão ou a ofensa a instituições ou pessoas.

Recentemente, como o leitor certamente sabe, discutiu-se nesta revista a questão da evolução do princípio espiritual e a participação do reino mineral nesse processo. Mostrou-se na ocasião que não existe consenso entre os estudiosos espíritas e foi exatamente por isso que a revista acolheu, em datas diversas, a publicação de textos que evidenciaram claramente o antagonismo das ideias com relação ao tema, deixando ao leitor que tire suas conclusões, se entender que existem na literatura espírita subsídios inquestionáveis para tanto.

Um colaborador desta revista levantou, dias atrás, uma questão interessante: – Por que dar ênfase a um tema claramente polêmico quando há tantos outros a requerer a nossa atenção?

Com efeito; não há como discordar dessa observação, visto que, no caso citado, encontramo-nos diante de uma discussão que não apresenta realmente prioridade nenhuma, muito parecida, por sinal, com a que envolve a identidade do Espírito de Verdade, que não tem, do mesmo modo, a importância que alguns lhe dão.

No episódio recente, é bom que o leitor saiba que a discussão pertinente à participação do reino mineral no processo evolutivo foi suscitada por uma leitora.

Ao redigir o texto que foi publicado em resposta à pergunta da leitora, ciente da divergência de pensamento no tocante ao assunto, apoiamo-nos naquilo em que existe consenso entre os autores espíritas que trataram do assunto, consenso esse que – repetimos – não se verifica no tocante à participação do reino mineral no processo evolutivo.

Cremos que, com o que foi publicado, estamos diante de um assunto vencido, pelo menos no tocante a esta revista, conquanto reconheçamos que, do ponto de vista doutrinário, a questão não esteja fechada. 




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita