AYLTON PAIVA
paiva.aylton@terra.com.br
Lins, SP
(Brasil)
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A humildade
Indagou Allan
Kardec: “Perante
Deus, são iguais
todos os homens?
Responderam os
Mentores
Espirituais:
“Sim, todos
tendem para o
mesmo fim e Deus
fez suas leis
para todos.
Dizeis
frequentemente:
O sol luz para
todos e
enunciais assim
uma verdade
maior e mais
geral do que
pensais.” (1)
Comentou Kardec
após a resposta:
“Todos os homens
estão submetidos
às mesmas leis
da Natureza.
Todos nascem
igualmente
fracos, acham-se
sujeitos às
mesmas dores e o
corpo do rico se
destrói como o
do pobre. Deus a
nenhum homem
concedeu
superioridade
natural, nem
pelo nascimento,
nem pela morte.
Todos, aos seus
olhos, são
iguais”.
Na questão
seguinte há o
esclarecimento:
“Deus criou
iguais todos os
Espíritos, mas
cada um destes
vive há mais ou
menos tempo, e,
conseguintemente,
tem feito maior
ou menor soma de
aquisições. A
diferença entre
eles está na
diversidade dos
graus da
experiência
alcançada e da
vontade com que
obram, vontade
que é o
livre-arbítrio.
Daí o se
aperfeiçoarem
uns mais
rapidamente do
que outros, o
que lhes dá
aptidões
diversas”.
Com esses
conceitos
poderemos
entender, então,
que a humildade
consiste em
termos
consciência das
nossas
possibilidades e
limitações, das
nossas
qualidades e
defeitos.
Essa consciência
é importante
para podermos
viver em paz e
serenidade.
A Dra. Elaine
Aldrovandi, em
seu livro(2),
dá algumas
“dicas” para a
conscientização
e vivência da
humildade.
Escreve ela:
"1. Respeite
opiniões,
ideias,
pensamentos e
convicções
alheias. Exponha
sua maneira de
pensar, mas não
a imponha a quem
quer que seja.
Dê sua opinião e
esteja disposto
a ouvir a
opinião dos
outros;
reconheça que os
outros podem
estar certos.
2. Ouça com
serenidade as
críticas que
lhes fazem,
extraindo delas
o que houver de
bom para seu
aperfeiçoamento
e descarte
tranquilamente o
que não lhe
serve, sem
revolta,
inconformação,
mágoas e
ressentimentos,
entendendo a
oportunidade que
a crítica lhe
oferece para
evoluir, pois
nem sempre você
consegue
enxergar suas
falhas e seus
defeitos, e não
se sinta
diminuído por
não ser
perfeito. Todos
têm defeitos.
3. Jamais
menospreze quem
quer que seja.
Hoje você está
acima, amanhã
poderá estar
abaixo dos
demais. Hoje
você comanda,
amanhã poderá
ser comandado.
Lembre-se: como
filhos de Deus,
irmãos uns dos
outros. Quando
retornarmos à
pátria
espiritual,
nossos títulos,
cargos e bens
não irão
conosco.
Portanto
cumprimente com
um sorriso
aberto todos
aqueles que lhe
servem no dia a
dia: a
empregada, o
motorista de
ônibus, o
taxista, o gari,
o jardineiro,
seus familiares,
seu colega de
trabalho. Trate
a todos de forma
respeitosa. Não
seja simpático
apenas com seu
chefe ou com
quem possa lhe
dar algo em
troca. Mostre
seus talentos
sem abafar os
dos outros. Suba
na vida sem
pisar em
ninguém”.
Em
prosseguimento
ela aponta
algumas práticas
no exercício da
humildade, e
que, por questão
de espaço,
colocarei apenas
algumas:
· Aceite
a vontade de
Deus (ou seja:
as suas Leis),
mas faça a sua
parte.
· Aprenda
com os outros
sem perder a
própria
identidade e
conviva com as
diferenças,
respeitando-as.
Ofereça o que há
de melhor em
você sem se
impor a ninguém.
O humilde
procura viver a
realidade, o
orgulhoso é
dominado pela
fantasia.
Bibliografia:
(1)
Kardec, Allan –
O Livro dos
espíritos, Ed.
FEB.
(2)
Aldrovandi,
Elaine – Oito
Semanas para
mudar sua vida.
Ed. EME.