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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 366 - 8 de Junho de 2014

FERNANDO ROSEMBERG PATROCÍNIO
f.rosemberg.p@gmail.com
Uberaba, MG (Brasil)

 
 
 


Cientista e filósofo
de si mesmo


(Breve estudo de reforma íntima)


Óbvio que o conhecimento do Espiritismo fora fundamental para o que se propõe o breve conteúdo do presente texto, ou seja: o de sermos um conhecedor, um cientista de nós mesmos com todas as suas implicações filosóficas, encetando, com isso, a tão propalada Reforma Íntima. E o fato é que em tempos já bem percorridos, propunha grande sábio da antiguidade: “Homem, conhece-te a ti mesmo”.

A frase sugere-nos, via introspecção, análise mais acurada de nós mesmos, do nosso interior, pela observação de nossos valores, conceitos, afetos, sentimentos, peculiaridades que, por sua vez e na maioria das vezes, se contrapõem numa luta intestina apreciável, em que o Ser se encontra em contínua batalha consigo próprio, com sua controvertida personalidade.

Isso, porém, não é algo muito novo dentre nós: Paulo, o apóstolo, também se combatia, guerreava com duas personalidades distintas dentro de si, retratando e compondo em sua unidade psíquica uma forma dúbia de ser: uma inferior e outra superior debatendo-se e impondo suas próprias razões. Num caso: razões pretéritas (já vividas e assimiladas), e noutro: futurísticas (a serem consolidadas), no qual o conhecimento espírita, mostrando-nos suas causas, auxilia o aprendizado e o aperfeiçoamento do Espírito, alçando-o da matéria aos píncaros celestiais.

Mas vejamos um pouquinho de Paulo e consideremos sua identidade com nós mesmos, com suas conquistas encetadas e as novas a serem consolidadas por lentas e longas experienciações e consequentes progressos, se outra vez não quedarmos por nossa incúria e fragilidade:

“Não consigo entender nem mesmo o que eu faço; pois não faço aquilo que eu quero, mas aquilo que não quero”. E, mais adiante, declara: “Não faço o bem que quero, e sim o mal que não quero”. (Cf. Romanos, cap. 7, vv. 15 a 18.)

Eis aí, pois, a luta intestina de todos nós humanos, ou Espíritos reencarnados neste mundo provacional. Queremos, intimamente, evoluir, alçar degraus do passado em nosso presente, objetivando realizações futuras, estas, já agora sendo trabalhadas para a sua consolidação. Trata-se da luta de treva versus luz, de ignorância versus sabedoria, em suma: do mal versus bem, em que o passado quer nos reter no passado (subconsciente), mas o presente almeja conquistar o futuro (superconsciente), que nos alça para cima, enquanto o passado quer permanecer como conquista já efetivada, pronta e acabada dentro de nós mesmos. Óbvio que da íntima luta contraditória (tese, antítese e síntese – em nós mesmos), o futuro triunfa sempre, conquanto nossos arrastamentos contrários. Estes, por fim, cedem por meio da expiação, pois que o ser, na dor, reconhece o homem velho dentro de si e, por fim, se deixa levar pelos impulsos irresistíveis do homem novo, inevitável conquista do progresso espiritual. 

Portanto, se queremos evitar a dor, façamos – como cientistas e filósofos de nós mesmos –  o estudo analítico e perquiridor de nossa intimidade e, como bons filósofos, tratemos de identificar suas raízes e suas causas, que, afinal, estão impressas na tessitura indelével do subconsciente que se revela pelos nossos atos, identificando nossos defeitos, estigmas, mazelas, desvios comportamentais; e, como cristãos redivivos, tratemos de nós mesmos, cuidemos de nossas feridas com o lenitivo do amor, pelo exercício de uma vida nova, reta, axiológica e moralizadora, fazendo esforços para subir, pois que, para descer, nem é preciso esforçar-se, mas vejamos que, no caminho para o plano da responsabilidade, na certa arcaremos com reveses inevitáveis.

A semeadura é livre, mas a colheita obrigatória...

Em nosso estágio atual, pode-se dizer que a evolução caracteriza-se por uma gradativa conquista do superconsciente, nível superior da personalidade humana. Com as experiências do passado, o esforço e a vontade derivados do presente, e com as ideias superiores que promanam de nossos maiores, damos ininterrupto curso de melhoras e de progressos espirituais. Daí resulta a imperiosa necessidade da reencarnação, em que o ser recapitula, experimenta, corrige-se e se aprimora, consolidando paulatinamente seus dotes universais.

Constata-se com isso que os citados planos mentais (subconsciente, consciente e superconsciente) são verdadeiras fontes de conhecimento de que o homem deve servir-se para o seu aprimoramento espiritual. Para impossibilitar a estagnação, e tampouco outras quedas do Espírito, creio que o equilíbrio está em permitir que o passado interfira em nosso presente, na proporção exata em que este, por sua vez, não se extravie das orientações superiores que promanam do superconsciente, dos nossos maiores espirituais.

O homem pode, pois, ser um cientista e um filósofo de si mesmo, esquadrinhando-se a si próprio, observando-o, barrando seus impulsos menos nobres, aplacando suas tempestades e, portanto, cuidando de suas feridas, ascendendo para Jesus. Isso, noutros termos, é Reforma Íntima ou, se o quisermos, é Ressurgimento Espiritual.

Temos, portanto, em nós mesmos, em nossa própria consciência, uma luta intestina constituindo diálogo científico e filosófico com nós próprios, cuja contradição – e aqui evoco as teses hegelianas – provoca o surgimento de algo novo, que é a síntese, situação nova de um processo evolutivo considerável. Graficamente demonstrando: o presente (antítese) contradiz o passado (tese), nascendo daí o futuro (síntese), para novas contradições.

Explicitando melhor: a síntese de tudo quanto somos constituídos, intelectualmente e moralmente, traduz verdadeira batalha interior, que entretanto se transforma em nova tese, que, por sua vez, é contraposta por nova antítese, cuja síntese, daí formada, não paralisa, mas prossegue avante enquanto disso precisarmos, do que concluímos que, num contexto geral, tudo muda e se modifica, transformando e retificando a humanidade inteira.

Resumindo: somos suscetíveis de Reforma Íntima e de progresso no trabalho de nós mesmos, para o Bem, para o Amor Universal; os que ficarem para trás serão corrigidos em outros mundos, inferiores a este, que, ao evoluir, cumpre sua marcha ascensional, porque esse é também o seu destino.


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita