Palavras aos
enfermos
Neio Lúcio
Toda enfermidade
do corpo é
processo
educativo para a
alma.
Receber, porém,
a visitação
benéfica entre
manifestações de
revolta é o
mesmo que
recusar as
vantagens da
lição, rasgando
o livro que
no-la transmite.
A
dor física,
pacientemente
suportada, é
golpe de buril
divino
realizando o
aperfeiçoamento
espiritual.
Tenho encontrado
companheiros a
irradiarem
sublime luz do
peito, como se
guardassem
lâmpadas acesas
dentro do tórax.
Em maior parte,
são irmãos que
aceitaram, com
serenidade, as
dores longas que
a Providência
lhes destinou, a
benefício deles
mesmos.
Em compensação,
tenho sido
defrontado por
grande numero de
ex-tuberculosos
e ex-leprosos,
em lamentável
posição de
desequilíbrio,
afundados muitos
deles em charcos
de treva, porque
a moléstia lhes
constituiu tão
somente motivo à
insubmissão.
O
doente
desesperado é
sempre digno de
piedade, porque
não existe
sofrimento sem
finalidade de
purificação e
elevação.
A
enfermidade
ligeira é aviso.
A
queda violenta
das forças é
advertência.
A
doença
prolongada é
sempre renovação
de caminho para
o bem.
A
moléstia
incurável no
corpo é
reajustamento da
alma eterna.
Todos os
padecimentos da
carne se
convertem, com o
tempo, em
claridades
interiores,
quando o enfermo
sabe manter a
paciência,
aceitando o
trabalho
regenerativo por
bênção da
Infinita
Bondade.
Quem sustenta a
calma e a fé nos
dias de aflição,
encontrará a paz
com brevidade e
segurança,
porque a dor, em
todas as
ocasiões, é a
serva bendita de
Deus que nos
procura, em nome
d´Ele, a fim de
levar a efeito,
dentro de nós, o
serviço da
perfeição que
ainda não
sabemos
realizar.
Do livro
Através do Tempo,
obra mediúnica
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.