Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
28)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Que fato se dá no
segundo dia do
tratamento hipnótico?
Nesse dia o paciente se
confiará com mais
facilidade à vontade
orientadora que o
dirige. Bastar-lhe-á,
então, o reencontro com
o hipnotizador para
entrar no reflexo
condicionado, pelo qual
começa a automatizar o
ato de arrojar de si
mesmo as próprias forças
mentais, impregnadas das
imagens de saúde e
coragem que ele mesmo
recorporifica no
pensamento, recordando
os apelos recebidos na
véspera. E assim procede
o enfermo, no mesmo
regime de
condicionamento, até que
a contemplação de um
simples objeto que lhe
tenha sido presenteado
pelo magnetizador, com o
fim de ajudá-lo a
liberar-se de qualquer
crise, na linha de
ocorrências da moléstia
nervosa de que se haja
curado, será o
suficiente para que se
entregue à hipnose de
recuperação por sua
própria conta.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap. XIV,
pp. 97 e 98.)
B. A medida acima
descrita explica o
suposto poder curativo
de certos objetos e dos
chamados talismãs?
Sim. Essa medida explica
o fato mencionado, que
pode ser interpretado
como reflexo
condicionado específico,
visto que, sem a
presença do
hipnotizador, suscetível
de imprimir novas
modalidades à onda
mental de que tratamos,
o objeto aludido servirá
– particularmente nesse
caso – como reflexo
determinado para o
refazimento orgânico.
(Obra citada, cap. XIV,
pp. 97 e 98.)
C. O que André Luiz
chama de
automagnetização?
A automagnetização se dá
quando o paciente, mesmo
não tendo contato com o
hipnotizador, prossegue
interessado no progresso
de suas conquistas
espirituais e consegue,
à custa de esforço, por
intermédio da profunda
concentração das
energias mentais, na
lembrança dos fenômenos
a que se consagrou junto
ao magnetizador, cair em
hipnose ou letargia,
catalepsia ou
sonambulismo,
afastando-se do
envoltório carnal, em
plena consciência, para
entrar em contacto com
entidades encarnadas ou
desencarnadas de sua
condição ou para
provocar por si mesmo
certa categoria de
fenômenos físicos,
mediante a aplicação de
energia acumulada. Nesse
caso, a própria vontade
dele, parcial ou
integralmente separado
do corpo somático,
exerce determinada ação
sobre as células físicas
e extrafísicas,
estabelecendo
acontecimentos
inabituais para o mundo
rotineiro dos cinco
sentidos. (Obra
citada, cap. XIV, pág.
99.)
Texto para leitura
88. Objetos e
reflexos específicos
– No segundo dia do
tratamento hipnótico, o
paciente se confiará com
mais facilidade à
vontade orientadora que
o dirige. Bastar-lhe-á,
então, o reencontro com
o hipnotizador para
entrar no reflexo
condicionado, pelo qual
começa a automatizar o
ato de arrojar de si
mesmo as próprias forças
mentais, impregnadas das
imagens de saúde e
coragem que ele mesmo
recorporifica no
pensamento, recordando
os apelos recebidos na
véspera. E assim procede
o enfermo, no mesmo
regime de
condicionamento, até que
a contemplação de um
simples objeto que lhe
tenha sido presenteado
pelo magnetizador, com o
fim de ajudá-lo a
liberar-se de qualquer
crise, na linha de
ocorrências da moléstia
nervosa de que se haja
curado, será o
suficiente para que se
entregue à hipnose de
recuperação por sua
própria conta. Essa
medida, que explica o
suposto poder curativo
de certas relíquias
materiais ou dos
chamados talismãs da
magia, pode ser
interpretada como
reflexo condicionado
específico, visto que,
sem a presença do
hipnotizador, suscetível
de imprimir novas
modalidades à onda
mental de que tratamos,
o objeto aludido servirá
– particularmente nesse
caso – como reflexo
determinado para o
refazimento orgânico, em
certo sentido. (Cap.
XIV, pp. 97 e 98.)
89. Circuito
magnético e circuito
mediúnico – Se o
paciente, depois de
curado, prossegue
submisso ao
hipnotizador,
sustentando-se entre
ambos o intercâmbio
seguro, dentro de algum
tempo ambos se
encontrarão em circuito
mediúnico perfeito. A
onda mental do
magnetizado, reeducada
para a extirpação da
moléstia anteriormente
apresentada, terá
atendido ao
restabelecimento da
região em desequilíbrio,
mostrando-se, agora,
sadia e harmônica para
os serviços da troca, na
hipótese do continuísmo
de contacto. Voltando-se
diariamente para o
magnetizador que, a seu
turno, diariamente a
influencia, e
devidamente ajustada ao
cérebro em que se apoia,
do ponto de vista da
resistência do campo,
passará a refletir a
onda mental da vontade a
que livremente se
submete, absorvendo-lhe
as inclinações e os
desígnios. Verificam-se
aí os mais avançados
processos de
telementação, inclusive
o desdobramento
controlado, pelo qual o
passivo, ausente do
corpo físico, sob a
indução preponderante do
hipnotizador, apenas
verá e ouvirá de acordo
com a orientação
particular a que se
sujeita. É o estado de
permuta magnética
aperfeiçoada, em que o
passivo, na hipnose ou
na vigília, transmite
com facilidade as
determinações e
propósitos do mentor, na
esfera das suas
possibilidades de
expressão. (Cap. XIV,
pp. 98 e 99.)
90.
Automagnetização
– Ainda há que apreciar
uma ocorrência
importante. Se o
hipnotizador não mais
tem contacto com o
passivo e se o passivo
prossegue interessado no
progresso de suas
conquistas espirituais,
este consegue, à custa
de esforço, por
intermédio da profunda
concentração das
energias mentais, na
lembrança dos fenômenos
a que se consagrou junto
ao magnetizador, cair em
hipnose ou letargia,
catalepsia ou
sonambulismo,
afastando-se do
envoltório carnal, em
plena consciência, para
entrar em contacto com
entidades encarnadas ou
desencarnadas de sua
condição ou para
provocar por si mesmo
certa categoria de
fenômenos físicos,
mediante a aplicação de
energia acumulada, com o
que se explicam as
ocorrências do
faquirismo oriental, nas
quais a própria vontade
do operador, parcial ou
integralmente separado
do corpo somático,
exerce determinada ação
sobre as células físicas
e extrafísicas,
estabelecendo
acontecimentos
inabituais para o mundo
rotineiro dos cinco
sentidos. (Cap. XIV,
pág. 99.)
Glossário
Catalepsia -
Estado mórbido, ligado à
auto-hipnose ou à
histeria, caracterizado
por enrijamento dos
membros,
insensibilidade,
respiração e pulsos
lentos, e palidez
cutânea.
Hipnose
– Psiq. Estado mental
semelhante ao sono,
provocado
artificialmente, e no
qual o indivíduo
continua capaz de
obedecer às sugestões
feitas pelo
hipnotizador. Fig.
Modorra, sonolência,
torpor.
Hipnoterapia
– Tratamento de uma
doença por meio do
hipnotismo. Psicoterapia
que facilita a sugestão,
a reeducação ou a
análise por meio da
hipnose.
Indução
– Ato ou efeito
de induzir.
Induzir
– Instigar, incitar,
sugerir, persuadir.
Causar, inspirar,
incutir. Inferir,
concluir, deduzir.
Revestir, guarnecer,
indutar. Mover, levar,
arrastar. Mover, levar,
arrastar. Fazer cair ou
incorrer. Praticar a
indução.
Reflexo condicionado
– Psicol.
Resposta condicionada.
Sonambulismo
- Estado ou doença do
sonâmbulo.
Sonâmbulo
- Diz-se de pessoa que
anda, fala e se levanta
durante o sono;
noctâmbulo. Diz-se de
pessoa que age
automaticamente, de
maneira desconexa. Que
não tem nexo;
disparatado.
Telementação
- Exercício ou operação
mental a distância.