Tua religião
Em muitas
ocasiões,
perguntas se ela
é realmente a
melhor. Não
precisas, porém,
de largar
comparações.
Faze o exame da
própria fé.
Se, nas crises
da vida, quando
suplicas
concessões
especiais, em
teu benefício, a
tua religião te
ensina que todas
as criaturas são
filhas do
Criador, sem que
te seja lícito
exigir qualquer
privilégio na
Criação...
Se, nas
atribuições de
merecimento,
quando rogas
favores
particulares
para aqueles que
te desfrutam os
caprichos do
afeto, a tua
religião te
aconselha a
respeitar o
direito dos
outros...
Se, nas invasões
da mentira,
diante das
perturbações que
se distendem por
gases
envenenados,
quando te
inclinas,
naturalmente,
para onde te
predisponham os
ventos da
simpatia, a tua
religião te
confere a
precisa força
moral para
aceitar a
verdade...
Se, no jogo dos
interesses
materiais,
quando tentações
numerosas te
induzem a
trapacear, em
nome da
inteligência,
com vantagens
pessoais
manifestas, a
tua religião te
mostra o caminho
do dinheiro
correto, sem
afastar-te do
suor no trabalho
e da
responsabilidade
no esforço
próprio...
Se, nos dias
amargos de
humilhações,
quando o orgulho
ferido te sugere
desespero e
revide, a tua
religião te
recomenda
humildade e
abnegação com a
desculpa
incondicional
das ofensas e
esquecimento de
todo mal...
Se, nas horas de
angústia,
perante a morte
que paira,
inevitável,
sobre a fronte
dos entes
queridos, quando
a separação
temporária te
impele ao
desânimo e à
rebeldia, a tua
religião te
assegura a
certeza da
imortalidade da
alma,
sustentando-te a
paciência e
iluminando-te as
esperanças...
Se a tua
religião
considera a
felicidade do
próximo acima de
tua felicidade,
convertendo-se
em serviço
incessante no
bem, sob a
inspiração da
justiça, a tua
religião é e
será sempre uma
luz verdadeira
para o caminho,
conduzindo-te a
alma, degrau de
entendimento e
trabalho, para
as esferas
superiores.
Se te declaras
em ação na
Doutrina
Espírita,
efetivamente, a
tua religião não
pode ser outra.
E se dúvidas te
avassalam o
pensamento em
matéria de
crença e
conduta,
preconceitos e
tradições, entra
no mundo de ti
mesmo e indaga
da própria
consciência qual
teria sido,
entre os homens,
a religião de
Jesus.
Do livro Mãos
Marcadas,
obra mediúnica
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.